- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Algumas pessoas possuem autonomia funcional reduzida e capacidade de autocuidado afetada, necessitando do auxílio de terceiros. Logo, os cuidadores buscam proporcionar melhor qualidade de vida a esses indivíduos. Cuidar em domicílio é um aprendizado constante, baseado nas necessidades físicas e biológicas de quem está sendo cuidado, de acordo com seu nível de dependência. Eis que o papel do cuidador se torna importante. Mediante visitas domiciliares, o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) de Taió notou que muitos cuidadores taioenses apresentavam as mesmas dificuldades em relação ao manejo da pessoa cuidada, à rotina de trabalho, às frustrações, aos sofrimentos, entre outros. A maioria deles não possuíam informações e orientações necessárias para a realização adequada dos cuidados. Isso evidencia a importância da atuação dos profissionais da saúde no sentido de orientar e treinar habilidades específicas, buscando o aperfeiçoamento e estimulando a formação de um grupo de apoio.
Aperfeiçoar as técnicas e abordagens de cuidado dos cuidadores formais e informais de Taió. Facilitar o exercício das suas atividades. Aumentar a qualidade de vida dos cuidadores e das pessoas cuidadas. Desenvolver o senso crítico e raciocínio lógico. A atividade compreendeu 10 encontros, mediados por um profissional da saúde e uma enfermeira, acompanhados pelo coordenador da oficina. A equipe foi composta por dois fisioterapeutas, nutricionista, fonoaudióloga, dentista, assistente social, médica, farmacêutica e seis enfermeiras, além da assistente social do centro de referência em assistência social de Taió. As abordagens foram teórico-práticas, baseadas no guia prático do cuidador, fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos cuidadores. Os espaços para questionamentos foram importantíssimos, lapidando os conhecimentos. Ao final de cada encontro, os participantes registravam suas reflexões acerca dos assuntos abordados. Concluindo, receberam um certificado de participação.
Os participantes relataram estar mais críticos aos acontecimentos diferentes com a pessoa cuidada, saber quando procurar auxílio dos profissionais de saúde, aprender termos técnicos importantes e manter a autonomia da pessoa cuidada. Disseram que o trabalho foi facilitado com as técnicas aprendidas e aperfeiçoadas, sentindo-se valorizados através importância que lhes era dada pelos profissionais da saúde. Mencionaram que o aprendizado servia para a própria promoção de saúde, prevenção de doenças e aumento de qualidade de vida. A construção de vínculos entre os cuidadores e a equipe multiprofissional foi relevante. A união pode auxiliar inclusive fora da oficina, com a troca de contatos, auxílios e experiências. O apoio aos cuidadores é fundamental na conservação de saúde de pessoas com algum grau de incapacidade. Quando realiza esse cuidado de forma aprimorada e orientada, promove o aumento da sua qualidade de vida e das pessoas que necessitam dos seus préstimos. Todos os envolvidos se beneficiaram com a oficina do cuidado. Essa estratégia de educação em saúde é considerada uma tecnologia leve de cuidado multiprofissional, a que pode ser replicada em outras localidades.
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