Até 2020 não havia o setor de imunização do município de Sumé, cidade situada no Cariri Paraibano que está alocado na 5° região de saúde do estado. As ações de imunização até então eram coordenadas pela Vigilância Epidemiológica municipal, com a chegada da campanha de vacinação contra covid-19 em 2021 o município entendeu que deveria ser criado uma coordenação para realização dessas vacinações de forma organizada, o setor ainda está em fase de desenvolvimento, sob uma nova gestão, também fomos pressionados e entender a importância das vacinações de rotina, no sentido de tentar alcançar as metas que são impostas. Com a diminuição do caos causado pelo vírus Sars-CoV-19 em meados de 2022 o estado se voltou para ações de multivacinação no intuito de aumentar o índice de vacinação de rotina com o “Vacina Mais Paraíba”, Sumé seguiu as recomendações e aderiu a esses dias D, que levaram a um aumenta na taxa de vacinação de rotina, como esperado.
A percepção de que os ACS estavam fazendo falta ao não participar da campanha da forma como deve ser feita, fazendo listas que permitam ter meio controle da informação de vacinados e ainda não vacinados, assim como atuando na promoção a saúde tratando da importância da vacinação nas casas das pessoas.
Na campanha de vacinação contra poliomielite de 2022 houve um erro por parte do setores de Imunização e Atenção Primária à Saúde que só foi possível perceber quando a campanha já havia iniciado. Tinha sido decidido pela coordenação de APS que não haveria a necessidade dos agentes comunitários de saúde fazerem listas nominais de todas as crianças das suas áreas que se encaixavam na faixa etária para tomar a vacina VIP e VOP contra poliomielite, ao invés disso as responsáveis pelas seis unidades básicas de saúde criaram listas a partir dos relatórios de vacinação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), como os dados da Campanha são registrados de forma consolidada no novo SI-PNI seria impossível saber quais crianças tomaram a doses da campanha já que não tinha tais dados no PEC. Após estranhar a baixa adesão até então, apesar da ampla divulgação da campanha o setor de imunização tomou ciência do que estava acontecendo e então alinhamos junto a coordenação de APS que a partir daquele momento todos ACS deveriam fazer estas listas nominais, assim como realizar busca ativa, tanto das crianças que ainda não haviam se vacinado como das que já haviam se vacinado para que pudessem dar baixa na lista e dedicar os esforços àquelas faltantes. Depois de ter inserido de fato os ACS nessa campanha, observamos o aumento diário na quantidade de crianças que eram vacinadas e em poucos dias alcançamos a meta de 95% das crianças, e posteriormente ultrapassamos, chegando a mais 100%.
Para que as vacinações sejam efetivas e para que possam gerar resultados positivos todos os agentes devem estar nos processos de vacinação, seja no planejamento, na organização, na divulgação ou na execução. Quando o município conseguiu ajustar a isso a vacinações começaram a dar mais resultados em relação as metas, ainda assim é um setor novo onde ainda está entender os pontos fortes e os pontos fracos, assim como o perfil da população e postura em relação as vacinas. Percebemos que ainda existem algumas fragilidades, como por exemplo não conseguir inserir redes de apoio da sociedade civil no processo de vacinação e não conseguir reverter totalmente a situação de recusa vacinal. Consideramos como uma de nossas principais potências a capacidade mobilizar os profissionais que de alguma forma estão ligado ao setor de imunização em prol da vacinação e a de forte de divulgação através dos veículos acessíveis aos munícipes.
R. João Sabiá, 95 - Sumé, PB, 58540-000, Brasil
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