O Grupo de Apoio ao Emagrecimento – Comendo Emoções, nasce da experiência em ver que as mulheres sentem a necessidade de serem cuidadas. Nesses grupos, encontramos mulheres com grandes responsabilidades e grandes cargas. A partir disso, começamos a vincular a falta de autoconhecimento e ansiedade extrema com sua forma de comer e de se relacionar fisicamente consigo mesmas.
Os grupos são destinados às Unidades Básicas de Saúde, facilitados pela Equipe eMulti, onde temos um total de dez unidades (contando unidade e subunidade). A maior aceitação é nas Subunidades de Vila Adelaide e Boa Esperança, dois bairros localizados distantes do centro da cidade, com dificuldade de acesso devido ao reduzido horário de ônibus.
Areal é uma cidade localizada na região Centro-Sul Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2022, é de 11.828 habitantes e com 32 anos de emancipação política. A saúde do município conta com 5 unidades básicas de saúde e 5 subunidades, todas contempladas com o trabalho da eMulti.
A eMulti do município é composta por um educador físico, um assistente social, um fisioterapeuta, dois nutricionistas e dois psicólogos, totalizando sete profissionais. A equipe atual inicia o trabalho em julho de 2022. Desde então, a demanda de cuidados em todas as áreas do município só aumenta. Em um contexto de transição pandemia/pós-pandemia, o adoecimento relacionado ao isolamento social e interrupção (sem previsão de retorno) do cuidado que antes era oferecido, como grupos de atividade física, devido à demanda gerada pela covid só faz aumentar as questões de base psicológica, nutricional, médica etc. da população.
Com isso, após entender as demandas e conhecer cada Unidade Básica de Saúde como única, são realizados trabalhos grupais voltados para o autoconhecimento físico, psicológico e emocional. Desde o início do trabalho oferecido pela equipe, é notado um volume muito grande de encaminhamentos, mas falando especificamente dos que chegam à nutrição, são em sua maioria mulheres na faixa dos 30 a 60 anos, com sobrepeso ou obesidade e que, além dessas queixas, ainda existe a presença da ansiedade como fator chave do consumo inconsciente de alimentos. Tendo em vista esse panorama e pensando em diminuir as filas de espera, surge o interesse e desejo de criar um projeto que sirva de apoio à população e que ao mesmo tempo forneça informações relacionadas à saúde, com um cuidado continuado e geração de vínculo com a equipe. E pelo olhar da saúde mental, mulheres com idades de 30 a 60 anos, chegam com demandas relacionadas a sobrecarga emocional e de trabalho, falta de autoconhecimento, dificuldade no autocuidado por não entender a importância que ele tem em seu contexto de vida, ansiedade extrema e sintomas depressivos.
Sendo assim, a princípio, o projeto criado é um grupo para a comunidade em geral (adultos – homens e mulheres) com uma reunião por mês, chamado EU NO CONTROLE (esse nome é pensado com o objetivo de estimular o autoconhecimento através de práticas de saúde para os processos de doença – mental e físico – que atingem a comunidade, portanto, proporcionando não somente uma maior autonomia, mas também a prevenção de possíveis agravos), com intuito de entender a relação da alimentação com as questões psicológicas, suas emoções e autocuidado, além do autoconhecimento e entendimento dos alimentos, funcionamento do intestino e a importância das atividades físicas regulares. No início, o grupo começa bem, porém com o passar do tempo a adesão das pessoas diminui e o mesmo acontece com pelo menos mais um grupo, como o SER MULHER (voltado para o cuidado da saúde da mulher de modo geral, mas com foco em autocuidado e autoconhecimento, junto com a relação alimentar).
Em junho de 2024, vendo que a demanda por assistência ainda é grande e que alguns problemas têm relação com estresse e ansiedade extremos, as pessoas sem saber como lidar com essas situações relacionadas à emoção, veem no consumo de alimentos com alto teor de açúcar branco e gorduras uma forma de gerenciamento/recompensa (com a visão do “eu mereço”), sedentarismo e excesso de peso, levando essas pessoas ao adoecimento (físico e mental). À vista disso, o grupo é retomado. Dessa vez, são reformuladas as diretrizes do projeto e as ações com os participantes. Sendo assim, o grupo é destinado apenas para mulheres, onde se deve ter o compromisso da participação no grupo. É realizada uma inscrição com ajuda das Agentes Comunitárias para que haja o compromisso em estar no grupo, limites de faltas são acordados e é inserido como estímulo uma premiação para quem se desenvolvesse melhor dentro do grupo, com requisitos de participação, perda de medida e peso, entendimento psicológico de si mesma e com uma premiação física no final dessa “competição”.
No momento em que o grupo estava sendo implantado, estava iniciando a implantação física do CAPS I, Centro de Atenção Psicossocial Patrícia Monteiro, um sonho que era para 2025, começa sua implantação em 2024 através de muita luta, e em 13 de dezembro de 2024, é inaugurado de forma física, para nos auxiliar no andamento do Grupo de Apoio ao Emagrecimento – Comendo as Emoções. Desde antes da conquista pelo CAPS, através da Coordenadora da Saúde Mental do Município, aprendemos a trabalhar de forma integrada e constante com as RAPS do Município para melhora desses pacientes com sofrimento psíquico e de forma itinerante o CAPS começa o seu trabalho junto com a eMulti. Trazendo esse cuidado para o grupo, trabalhamos a questão de autoimagem, ansiedade e relação com o alimento, corpo e mente. Entendendo a presença de Transtornos Alimentares presentes no grupo, articulando com assuntos referentes à fome física e emocional, o processo de digestão dos alimentos, assimilação do corpo, ansiedade, atividade física e alimentação. A relação do emagrecimento/imagem corporal relacionado com o sofrimento psíquico das participantes vem com a intenção de incentivo, cuidado e informação. São mulheres em faixas etárias diversas, passando por diferentes momentos de suas vidas e que devido ao local onde moram não chegam artifícios o suficiente para incentivo ao seu cuidado, portanto a maneira e assuntos abordados no grupo irão auxiliar e informar o seu cuidado e desenvolvimento. Assuntos como sexualidade, saúde da mulher, menopausa, emagrecimento, relação de fome emocional e fome biológica, ansiedade, depressão, sobrepeso e obesidade.

Percebendo então que o grupo irá cuidar e manejar muito mais do que somente os agravos gerados pela alimentação dessas mulheres, conseguimos envolver toda a equipe eMulti e demais profissionais da Rede nesse projeto, com auxílio de Médicos, Enfermeiras, Agentes Comunitárias de Saúde e com base em informações buscamos trabalhar a modificação desse cenário.

O grupo de Vila Adelaide com 27 inscrições no total e finalizando com 5 participantes. No Quilombo de Boa esperança com 22 inscrições no total e finalizando com 21 participantes. Para UBS com maior adesão foi proposta uma “competição” de emagrecimento, porém o principal intuito da criação desse projeto é apoiar e estimular a comunidade a adotar hábitos de vida saudáveis, aprender a lidar e gerenciar as emoções, empoderamento dessas mulheres com conhecimento sobre temas relacionados à saúde feminina como um todo, isso através de três encontros ao mês com duração de 3 meses. O Quilombo de Boa Esperança possuiu resultados satisfatórios com maior perda ponderal entre todas as usuárias, com maior destaque para 3 mulheres e as demais com manutenção e/ou uma perda ponderal menor. Devido a reforma estrutural da UBS por ora, houve a pausa das atividades, retomando o projeto em 7 de abril de 2025 com a Ação do Dia Mundial da Saúde realizado pela equipe eMulti e retorno no território no dia 14 de abril de 2025, onde está programado oficina culinária com degustação e bate papo.

Observar e conhecer ao máximo as demandas das unidades de saúde com potencial para geração de vínculo, a experiência apresentada possuiu maior êxito nas localidades mais afastadas do centro da cidade (consideradas rurais) e/ou com difícil acesso, infelizmente esses lugares apresentam enorme carência de projetos sociais que beneficiem a população local. Atividades em grupo que envolver educação em saúde, convício social com geração de autocuidado poderá apresentar resultados satisfatórios.

Principal

Hortência Albino Bonato e Taila Sâmea Leite Gonçalves Palhares

nutri.hortenciabonato@gmail.com

Nutricionista e Piscicóloga

Coautores

Hortência Albino Bonato e Taila Sâmea Leite Gonçalves Palhares

A prática foi aplicada em

Areal

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Hortência

Conta vinculada

25 mar 2025

CADASTRO

25 mar 2025

ATUALIZAÇÃO

02 set 2024

inicio

Condição da prática

Andamento

Situação da Prática

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