Segundo a estimativa do IBGE (2018), Cunha Porã, município situado ao oeste de Santa Catarina, possui 11.053 habitantes. Para o controle do mosquito Aedes aegypti, além do próprio setor, Cunha Porã conta com a integração dos agentes comunitários de saúde, vigilância sanitária, secretaria de obras, vigilância epidemiológica, atenção básica (Estratégia da Saúde da Família – ESF), educação, bombeiros, polícia militar, defesa civil, técnicos da Secretaria do Estado da Saúde (SES), entidades privadas e sociedade civil organizada da sala de situação. O presente trabalho justifica-se pelo fato de que Cunha Porã, no ano de 2018, apresentava um alto índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti. Sendo relatadas as experiências vivenciadas através das ações de intersetorialidade, como na contenção da doença chikungunya, quando ocorreu surto isolado e na força tarefa, que foi de fundamental importância no controle do mosquito Aedes Aegypti no município.
Relatar as experiências adquiridas na integração intersetorial da força tarefa, no controle do Aedes aegyti e contenção da doença chikungunya, a fim de servir como base para outros municípios colocarem em prática nas suas ações, conforme a sua realidade. Bloqueio de transmissão da chikungunya em fevereiro de 2018, o primeiro caso de chikungunya importado foi registrado e dois casos autóctones. Devido ao grande número de focos e elevado risco de epidemia, foi necessário sensibilizar as ESFs e hospital, e realizar plantões com equipe de bloqueio para contenção da doença, além da aplicação de ultra baixo volume. Força-tarefa: devido ao alto índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti e casos de chikungunya, viu-se a necessidade de mobilizar uma força-tarefa, com aproximadamente 80 profissionais das Secretarias Municipal de Saúde e de Obras, defesa civil e bombeiros, formando equipes que trabalharam em pontos diferentes, aéreo (drone) e terrestre, percorrendo todo perímetro urbano.
A integração intersetorial foi positiva na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e na contenção da doença chikungunya, cessando com um caso importado e dois autóctones. A força-tarefa, em 2018, foi exitosa, pois nos meses que a antecederam, de 01 de janeiro a 08 de abril haviam sido registrados 131 focos, num período de 3 meses. A partir da força-tarefa, de 09 de abril até 31 de dezembro foram registrados 58 focos, num período de 9 meses. Ou seja, houve diminuição de 55,7% no número de focos. as comunidades religiosas se sensibilizaram, organizando mutirão de limpeza nos cemitérios, retirando todos os vasos de flores, prevenindo a ocorrência de novos focos. A integração intersetorial é fundamental no controle do Aedes aegypti e deve ser feita de forma contínua, pois trouxe resultados positivos em curto prazo de tempo, observado na redução do número de focos resultante da força-tarefa e no controle da doença chikungunya. Destaca-se a utilização de drone, indispensável para a visualização de depósitos elevados, antes imperceptíveis.
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