A população de adolescentes representa cerca de 16% da população total. Esse grupo etário é o que menos frequenta os serviços de saúde e historicamente não tem tido a necessária atenção à saúde. Considerando as características dessa população e a necessidade de estimular uma aproximação entre os trabalhadores da saúde e os adolescentes, entendeu-se que esses trabalhadores deveriam ir ao encontro dos adolescentes onde eles estivessem, ou seja, na escola. Considerando as notas técnicas MS 04/2017 – o direito dos adolescentes serem atendidos nas UBS desacompanhados dos pais ou responsáveis e as ocasiões em que é necessária a presença de pais ou responsáveis, atendimento em saúde bucal de adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis nas unidades básicas de saúde e o direito de acesso à saúde, construiu-se o projeto chamado Acolhimento Referenciado de Adolescentes na Atenção Básica Considerando o Direito de Acesso à Saúde.
Conscientizar adolescentes sobre o direito de frequentar Unidades Básicas de Saúde (UBS), acompanhados de responsáveis ou não, uma vez que esse é o local adequado para que eles se informem sobre saúde, prevenção de doenças e agravos em saúde. A primeira etapa: formação de trabalhadores das UBS escolhidos para o “Acolhimento Referenciado de Adolescentes na Atenção Básica Considerando o Direito de Acesso à Saúde”. Segunda etapa: reprodução da formação nas UBS, para os demais trabalhadores. Terceira etapa: encontro dos trabalhadores capacitados para o acolhimento, com os adolescentes, nas escolas. Instrumento de apoio utilizado: “Guia Curtindo uma Adolescência Saudável”. Conjunto de informações básicas sobre prevenção de doenças e promoção de saúde com o objetivo de aproximação entre os adolescentes e os trabalhadores da saúde. O guia trazia na sua contracapa o nome do profissional de saúde acolhedor para que o adolescente soubesse quem procurar na UBS.
Como resultado, podemos destacar o nosso principal objetivo que foi o aumento da frequência de adolescentes nas unidades básicas de saúde. Destacamos, também, o atendimento do chamado que fizemos aos trabalhadores de saúde de ativamente irem ao encontro dos adolescentes nas escolas para estabelecerem essa aproximação. Os momentos que se seguiram foram muito recompensadores para as equipes de saúde de uma forma muito subjetiva, mas que possibilitaram avanços significativos na atenção à saúde de adolescentes. A alta rotatividade de trabalhadores e a resistência de alguns para o trabalho com adolescentes exige que se faça formações constantes. Os fundamentos das notas técnicas estabelecidas e baseadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dissiparam as práticas antigas e inadequadas. O projeto pretende manter o trabalho de busca dos adolescentes permanentemente, pois a cada ano temos uma nova geração de crianças passando a adolescentes que precisam ser orientados.
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