- Educação, Informação e Comunicação em Saúde
Larissa Cristina Carneiro Ribeiro
- 15 abr 2024
A circulação concomitante do vírus da dengue, chikungunya e zika em vários municípios brasileiros produziu mudanças no cenário epidemiológico das Arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, ampliando e tornando mais complexo os desafios ao controle. O Município de Fortaleza é parte deste contexto. A Dengue é endêmica em Fortaleza desde o ano de 1986, desse ano até 2017 foram confirmados 314.784 casos da doença dos quais 268 evoluíram para óbito. A Chikungunya foi introduzida no ano de 2015 e nestes três anos já foram confirmados 80.803 casos e 170 óbitos. A Zika é considerada uma emergência em saúde publica, no biênio 2015-2016 foram confirmados 55 casos da Síndrome Congênita do Zika. Para o enfrentamento desse cenário o município de Fortaleza instituiu por meio do decreto 13.995/2017 o Comitê Intersetorial de Controle das Arboviroses, com o objetivo de promover ações intersetoriais e estabelecer responsabilidades por setores específicos que extrapolam o setor saúde, mas que tem impacto direto na redução dos criadouros, na prevenção e controle do Aedes aegypti, consequentemente no número de casos. No ano de 2017 o Comitê Intersetorial de Controle das Arboviroses manteve reuniões periódicas com a participação ativa de todos os setores e instituições envolvidas, momento em que era apresentada uma avaliação do cenário epidemiológico e definido estratégias por áreas. A Secretaria de Educação trabalhou com o “Selo escola Amiga da Saúde” e o “Detetive Marcelinho contra Aedes”. A estratégia Dia D de combate ao mosquito envolveu as instituições publicas com destaque para os setores de Educação e da Saúde. Nesse dia, sempre as quintas-feiras, eram realizadas inspeções nas unidades de saúde e escolas. Blitz sanitárias com notificação de 283 locais e autuação dos imóveis reincidentes de focos geradores, Operação Quintal Limpo para remoção e redução dos criadouros inservíveis, Senhora Faxina, projeto pioneiro da Secretaria Regional 01, envolvendo mais de 12.0000 idosos, Criação de 123 Brigadas nas instituições públicas e privadas, palestras e exposição do ciclo biológico do vetor, a Agência de Fiscalização de Fortaleza, passou a adotar como rotina em seus procedimentos a supervisão e exigências em relação ao encontro e eliminação dos criadouros no comércio da cidade, por outro lado a Secretaria de Conservação de Serviços Públicos, intensificou a coleta de lixo e remoção dos pneus abandonados em logradouros públicos, a Secretaria de Saúde por sua vez, desenvolveu Mutirões em bairros estratégicos, concentrando toda força de trabalho em um único dia e um determinado bairro, como também o Núcleo de Mobilização Social, alcançou um total de mais de 52.000 ações educativas, atingindo um público superior a 6000.000 pessoas, essa força de trabalho diferenciada, teve início em abril, concomitante ao maior número de casos mensais, junto com o mês de maio (43.712), essas intervenções contribuíram para a relevante redução de casos (87%) nos meses subsequentes, junho a julho. A atuação do Comitê Intersetorial de controle das Arboviroses promoveu a articulação entre as diversas politicas publicas da gestão, possibilitando intervenções ampliadas, sustentáveis e integrativas que contribuíram para redução das condições favoráveis a reprodução do Aedes aegypti.
Promover ações intersetoriais e estabelecer responsabilidades por setores específicos que extrapolam o setor saúde, mas que tem impacto direto na redução dos criadouros, na prevenção e controle do Aedes aegypti, consequentemente no número de casos.
A atuação do Comitê Intersetorial de controle das Arboviroses promoveu a articulação entre as diversas politicas públicas da gestão, possibilitando intervenções ampliadas, sustentáveis e integrativas que contribuíram para redução das condições favoráveis a reprodução do Aedes Aegypti.
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