- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Itabira, cidade mineira com 119 mil habitantes, sede de região de saúde possui uma rede arrojada de serviços públicos de saúde, contemplando a rede materno infantil nos três níveis de atenção. São 31 equipes da ESF para assistência às gestantes de risco habitual e às crianças. A atenção secundária garante assistência gineco/obstétrica para todas as gestantes a partir da 36ª semana. Atendimento às gestantes e recém-nascido de alto risco além de consultas pediátricas. A rede terciária conta com SAMU e pronto socorro municipal, duas maternidades, uma filantrópica, que atende a saúde suplementar e particular com um banco de leite para todas as gestantes do município. A maternidade municipal para atenção ao parto de risco habitual e referência para intercorrências obstétricas. Essa rede garantiu nos 2 últimos anos a redução expressiva da taxa de mortalidade materna e infantil no município, ao contrário do cenário nacional.
Apresentar o impacto positivo na redução da mortalidade infantil como resultado do investimento da gestão local na atenção qualificada e humanizada ao pré-natal, parto, puerpério e puericultura. A investigação de óbitos materno, fetal e infantil é realizada desde 2006 com seu contínuo monitoramento. A Atenção Primária à Saúde (APS) adota protocolo “Mãe Itabirana” assegurando 13 consultas de pré-natal, exames trimestrais, imunização, classificação de risco, consulta “mãe-bebê” até 10º dia pós-parto, consulta puerperal e puericultura. A partir da 36ª semana, são também acompanhadas por gineco-obstetra na policlínica. As gestações de risco são encaminhadas ao CEAE para acompanhamento multiprofissional e exames especializados. Em meados de 2016, foi inaugurada a maternidade municipal, cobrindo acima de 80% dos NV do município, com equipe de plantão 24 horas, protocolo de assistência ao parto priorizando o parto natural, reformulação da atuação da enfermagem obstétrica.
A Taxa de mortalidade infantil (TMI) caiu 48,9% de 2016 a 2017 (6,98/1000), continuando declínio de 11,17% de 17 a 18 (6,2/1000). O componente neonatal precoce apresentou a maior queda de 16 para 17-45,3%, passando de 6,4 para 3,5/1000. Houve redução da taxa em todas as faixas de peso ao nascer, em especial entre Itabira, a TMI alcançou patamar de 1º mundo, sobretudo decorrência da queda do componente neonatal precoce nos últimos 2 anos, resultado da reorganização da rede de cuidados: pré-natal e parto com práticas baseadas em evidências, redução das taxas de cesariana e de prematuridade, melhoria da assistência pré-natal, ao RN e à criança, demonstrando que gestão comprometida com o SUS determina a modificação do cenário alcançando os objetivos do desenvolvimento sustentável no Brasil.
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