Percepções dos residentes da implantação da residência multiprofissional em saúde mental autogerida no município de Apucarana (PR)

O objetivo deste estudo é refletir sobre a construção deste projeto em uma autarquia de saúde, apontando e refletindo sobre as facilidades e dificuldades deste processo. A técnica para a coleta das subjetividades foi a do grupo focal, que, segundo Kitzinger (2011), baseia-se numa entrevista em grupo na qual a interação configura-se como parte integrante do método. No processo, os encontros grupais possibilitam aos participantes explorarem seus pontos de vista, a partir de reflexões sobre um determinado fenômeno social. Para chegarmos aos objetivos do estudo foi realizado um grupo focal com seis residentes. Para a análise do material coletado foi utilizada a análise de discurso, que segundo Pêcheux (1997) compreende considerar a interdiscursividade, ou seja, uma fala individual é carregada de vários sujeitos e de um contexto histórico e ideológico. Na categoria das potencialidades, encontramos seis categorias- Residência e revisão de conceitos.

A implantação de um programa novo de uma pós-graduação em uma instituição de ensino superior é sempre precedida de uma construção prévia e histórica. Vale ressaltar o prestígio que a instituição deve ter na área e no tema, a capacitação teórico-prática dos seus docentes, bem como a disposição estrutural para conceber novos cursos. Trazendo para o contexto de uma autarquia de saúde, que por natureza não é uma instituição de ensino, essa tarefa é mais árdua, porém também gratificante. A residência multiprofissional em saúde mental foi implantada junto a outros programas (residência multiprofissional em atenção básica e residência em enfermagem obstétrica ênfase em Rede Cegonha por meio da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, através do Edital, nº 12, de de 2015, que pela primeira vez permitiu que serviços de saúde não vinculados a uma instituição de ensino pudessem abrir residências profissionais).

Muito já se construiu durante este tempo da implantação da residência, porém ainda há desafios a serem superados. Algumas ações não temos governabilidade por hora, outras precisam de pactuações a curto e médio prazos como o alinhamento da proposta da residência e os desejos/vontades dos preceptores/gestores. Por fim, essa modalidade de aprendizagem em serviço só é possível graças ao envolvimento de diversos atores heterogêneos e singulares (tutores, preceptores, usuários, familiares e demais trabalhadores) e sua disposição em compartilhar sua capacidade técnica e afetiva.

Principal

Francieli Nogueira Smanioto

jackeline.aristides@gmail.com

Coautores

Francieli Nogueira Smanioto

A prática foi aplicada em

Apucarana

Paraná

Sul

Esta prática está vinculada a

Prefeitura Municipal de Apucarana (PR)

R. Miguel Simião, 69 - Centro, Apucarana - PR, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Francieli Nogueira Smanioto

Conta vinculada

04 out 2022

CADASTRO

01 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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