Finalidade: capacitar os profissionais das unidades básicas de saúde de Porto dos Gaúchos a fim de humanizar a assistência promovendo a universalidade do acesso, equidade e integralidade na atenção prestada. Para implementação do protocolo de acolhimento com classificação de risco nas unidades básicas, se fez necessário primeiramente a adesão de toda a equipe multiprofissional a fim de se organizar o processo de trabalho. Para tanto, propôs-se um curso de capacitação profissional com base nas reflexões das práxis de acolhida, escuta e atendimento aos usuários possibilitando aos profissionais repensar suas condutas, buscando novas estratégias de intervenção. A proposta é a implantação de uma oficina de reciclagem do aprendizado a cada seis meses, assim como a execução de pesquisa avaliativa de satisfação dos usuários e trabalhadores. Análise da caixa de sugestões após a realização da capacitação observou-se uma redução significativa de reclamações da população sobre a escuta inicial. A capacitação de acolhimento deve ser contínua, fazendo com que o profissional se auto avalie e se coloque no lugar de usuário para que possa cada dia estar melhorando o seu atendimento realizando a classificação de risco de cada paciente e assim prestando uma escuta inicial de qualidade.
A atenção básica, enquanto um dos eixos estruturantes do SUS, vive um momento especial ao ser assumida como uma das prioridades do Ministério da Saúde e do governo federal. Entre os seus desafios atuais, destacam-se aqueles relativos ao acesso e acolhimento, e à efetividade e resolutividade das suas práticas possibilitando a organização dos serviços oferecidos a partir da avaliação de classificação de risco e maximizando o acesso do usuário ao seu ponto de atenção. O padrão de acolhida aos usuários e aos trabalhadores na unidade de saúde, surge como um grande desafio: humanizar o atendimento a partir da escuta e da relação de confiança que se estabelece entre o usuário e a equipe de saúde. Com o auxílio de protocolo preestabelecido, orienta-se o atendimento de acordo com o nível de complexidade, identificando o risco/vulnerabilidade/necessidade do usuário, considerando as dimensões subjetivas, biológicas e sociais do adoecer. Capacitar os trabalhadores atuantes é uma estratégia que atende à Política de Educação Permanente, sendo referenciado pela importância do acolhimento nas práticas cotidianas de profissionais de saúde, vindo ao encontro do processo ensino aprendizagem presente nas ações de saúde desenvolvidas na Atenção Básica.
A estratégia de acolhimento com classificação de risco (ACCR) consiste em ações de atenção e gestão nas unidades de saúde favorecendo a construção de relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde. Além disso, possibilita avanços na aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do SUS como uma política pública essencial para a população brasileira.
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