Gestão da Atenção Básica: apoio institucional como estratégia para o fortalecimento

Um dos maiores desafios no SUS tem sido inovar as práticas de gestão. Dentre as iniciativas e inovações, está o apoio institucional. É um modo complementar para realizar coordenação, planejamento, supervisão e avaliação do trabalho em equipe, agindo de forma interativa e não impositiva, articulando os objetivos institucionais aos saberes e interesses dos trabalhadores e usuários. A atuação dos apoiadores visa o acompanhamento do processo de trabalho das equipes de saúde da família (eSFs) por meio de ferramentas que contribuem na discussão e reflexão. A cogestão como base do apoio institucional pressupõe um modo de agir mais dialogado por parte da organização, visando reformular o modo tradicional de fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. Portanto, é com a participação em reuniões da unidade que o apoiador fomenta reflexões e promove a articulação na rede. Torna-se parte das equipes e atua para romper as barreiras burocráticas, auxiliando os profissionais nos desafios enfrentados.

Este relato de experiência tem como objetivo demonstrar que o apoio institucional promove a melhoria do acesso e da qualidade da assistência valoriza as eSF e fortalece o vínculo entre instituição, equipe e população. O apoio institucional iniciou juntamente com o primeiro ciclo do PMAQ. O início contou com a participação de quatro apoiadores, um médico, um cirurgião dentista e duas enfermeiras da SMS. Esse grupo se dividia entre as 8 equipes de eSF do município e reunia-se sempre que necessário. Atualmente, o grupo é composto por duas enfermeiras, uma cirurgiã-dentista, uma farmacêutica e um nutricionista, alguns dos profissionais, inclusive, são integrantes do Nasf-AB. Esses profissionais organizam-se e estão presentes nas reuniões mensais das eSFs das quais são apoiadores, oportunizando discussões democráticas, além de realizarem uma reunião mensal entre si. Mesmo distantes, estão sempre à disposição das equipes por meio eletrônico e via telefone.

Inserção dos apoiadores nas atividades da eSF, como as reuniões de equipe, coma discussão das dificuldades que a equipe enfrentava para concretização do cuidado/assistência, não somente da realidade local, mas também as intersecções com os demais pontos da rede, como hospitais, Caps e outros, contribuindo para o fortalecimento das RAS e resolutividade. Aproximação da gestão com as eSF, fortalecendo o vínculo e entendimento da realidade local. Fortalecimento na tomada de decisão das equipes frente à realidade do território e necessidades locais. Favorecimento da análise ampliada dos indicadores de saúde, oportunizando o planejamento. Melhoria nos indicadores de saúde e de acesso. Realização de mostra de experiências exitosas no município. A experiência revelou-se inovadora e potente para a integração da gestão com as eSF, estreitando laços, reafirmando compromissos e fortalecendo a eSF. Reformulou o modo tradicional de fazer gestão e contribuiu para a construção de práticas produtoras de mudanças nos modelos de atenção e gestão da saúde. Considera-se relevante a continuidade da experiência de modo a aperfeiçoar a capacidade de análise dos processos de trabalho e de elaboração de projetos de melhoria das práticas de saúde.

Principal

Lígia Hoepfner

farmasaude@pomerode.sc.gov.br

Coautores

Geliandro Fidelis Ribeiro, Maira Beatriz Kamke Herzog, Marisa Calissi, Michaela Reimer Dopona

A prática foi aplicada em

Pomerode

Pomerode

Pomerode

Santa Catarina

Sul

Esta prática está vinculada a

Prefeitura Municipal de Pomerode (SC)

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Marcos Bonmann

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

08 jul 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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