- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Silva Jardim, cidade considerada de pequeno porte, possui 21.349 habitantes, segundo estimativa do IBGE/2013 e localiza-se a 110 km da capital Rio de Janeiro. Possui rede assistencial de saúde municipal, o SUS é composto por: uma Policlínica para atendimento de urgência e emergência, dezesseis unidades básicas de saúde, com 9 equipes de estratégia de saúde da família, alcançando 100% de cobertura da atenção básica. Ambulatório de especialidades, uma clinica de fisioterapia própria e duas conveniadas, dois Laboratórios de Análise Clínica conveniados, um Ambulatório Ampliado de Saúde Mental, um Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) tipo 1 e duas residências terapêuticas. Neste município, as ações das estratégias intersetorias são realizadas em parceria com toda rede de cuidado existente na cidade.
A realidade local torna-se relevante para o modelo de articulação, e como forma de garantir a qualidade de vida, o acesso e o cuidado integral e humanizado, busca-se unir todos os setores existentes no município mensalmente, através de uma reunião denominada reunião de rede a fim de discutir diretrizes, métodos e propostas na condução de problemas complexos que impõe a necessidade de ações intersetoriais. Busca-se como estratégia de procedimento problematizar o assunto, trazendo à tona alguns dos obstáculos e críticas relativos à participação da atenção básica, saúde mental, assistência social, educação, justiça, conselho tutelar, segurança, cultura, entre outras. Desenvolvendo estratégias e ações intersetoriais envolvendo a atuação de diferentes sujeitos e serviços sociais, que, por meio de saberes, poderes e vantagens possam resolver problemas complexos, construindo uma nova concepção de planejamento, execução e controle dos serviços prestados.: As variáveis consideram as ações da busca da construção da parceria do trabalho de modo intersetorial que signifique superar a fragmentação do conhecimento, do saber e da prática buscando a unidade e a diversidade para melhor compreensão da realidade.
Esta experiência tem como principal finalidade destacar a importância da intersetorialidade, que pode ser definida como a integração de diversos saberes e experiências de diferentes sujeitos e serviços sociais que contribuem nas decisões de processos administrativos, clínicos e sociais para o enfrentamento de problemas complexos, com ações voltadas aos interesses coletivos que melhoram a eficiência da gestão política e dos serviços prestados.
É preciso estar ciente de que nada aconteceu de potente pela simples junção de diferentes setores convocados por conta de uma situação problemática ou com a simples delegação de responsabilidade de um setor para o outro. Foi possível encontrar não só a partilha de conhecimentos e de experiências, mas, sobretudo, um compromisso de fato, pois uma rede não pode ser meramente protocolar. Por isso a importância da intersetorialidade para o enfretamento dos problemas e das desigualdades em saúde. Procura-se avaliar a mudança de paradigmas, de concepções, de práticas e de valores, para que o processo fragmentado seja alterado para a forma intersetorial, envolvendo, também, a população que vivencia o problema na busca de soluções compartilhadas.
Avenida Oito de Maio - Reginópolis, Silva Jardim - RJ, Brasil
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