Equidade no SUS por meio da articulação regional: saúde mental indígena

O relato de experiência envolve as temáticas de saúde mental na população indígena, sob o olhar da CT-Raps na Região Nordeste de Santa Catarina. Os atores envolvidos são os técnicos de saúde da CT-Raps regional, os moradores da aldeia, mediados pelos técnicos de um Polo Base (PB). A primeira ação foi uma reunião técnica na casa de reza da aldeia (Opy). Após uma apresentação afetuosa de boas-vindas do coral da aldeia, cada participante se apresentou de forma sucinta e o cacique continuou explicando e caracterizando a aldeia. Em cerca de 2.500 hectares de extensão, convivem, plantam e distribuem cerca de quarenta pessoas, entre homens, mulheres e crianças de 11 famílias. Ao tratar das questões que envolvem a saúde mental da comunidade indígena, diversos tópicos permearam a conversa, ampliando a visão quanto às demandas e ao significado de saúde mental para esta população, a importância do território, as questões de espiritualidade e a importância da alimentação cultura indígena para saúde mental. A CT-Raps, a partir do contato direto com tais fatores de adoecimento psíquico do indígena, dispôs-se como mediadora de ações considerando as necessidades dessa população. Após este encontro inicial, o contato com a aldeia se estreitou e foram desenvolvidos novos diálogos e estratégias direcionadas pela equidade, garantindo direito de o indígena exercer sua cultura de forma plena no SUS.

A população indígena enfrenta risco de extinção física e cultural, expropriação de seu território e ameaça a seus saberes, sistemas econômicos e organização social. Essas situações trazem profundas repercussões no campo da saúde. Entender a importância dos fatores de adoecimento trazidos pela população se faz urgente. Questões centrais pontuadas foram as políticas de demarcação de terra e pertencimento intimamente ligados aos aspectos de saúde mental

A possibilidade de estabelecer um acesso equânime e integral para os indígenas aos serviços de saúde e outros dispositivos do território, depende de apoio à Secretaria Especial de Saúde Indígena, em articulação permanente a favor das comunidades indígenas do território, e olhar sensível às especificidades destas populações sobre o processo de saúde e doença.

Principal

Eloisa de Lacerda

eloisa_lacerda@hotmail.com

Coautores

Eloisa de Lacerda

A prática foi aplicada em

Balneário Barra do Sul

Santa Catarina

Sul

Esta prática está vinculada a

Secretaria Especial de Saúde Indígena

R. Joaquim João Luiz, 216 - Centro, Balneário Barra do Sul - SC, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Eloisa de Lacerda

Conta vinculada

02 jun 2023

CADASTRO

20 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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