- Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Ana Amélia Machado Duarte
- 24 abr 2024
O envelhecimento populacional, a transição epidemiológica e a crise do modelo de atenção à saúde têm exigido esforços dos gestores e profissionais de saúde no intuito de buscar alternativas efetivas para atender às necessidades de saúde da população. Frente a essa necessidade, o ministério da saúde integrou em 2013 o Programa Melhor em Casa à Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do SUS, tendo como principais objetivos: evitar internações hospitalares desnecessárias, humanizar o cuidado aos pacientes e promover o cuidado pós-internação. No município de Itapajé (CE), o programa funciona desde 2014, composto por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e fisioterapeuta. A proposta desse estudo se justiça pela importância dada ao envelhecimento da população e ao aumento da demanda de saúde. Em consequência, faz-se necessário um estudo que evidencie a relevância desse programa para a real e efetiva implementação dele por parte dos gestores e profissionais de saúde.
Relatar a experiência da equipe multiprofissional em atendimentos do Programa Melhor em Casa na cidade de Itapajé (CE). Quanto aos objetivos específicos, destaca-se evidenciar a importância desse serviço para os usuários e suas implicações na vida. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, baseado na vivência da equipe multiprofissional do programa melhor em casa. O relato baseia-se nas vivências e experiências dos pesquisadores e refere-se ao período de 2017 a 2019, no município de Itapajé (CE). O programa preconiza atendimento ao usuário que apresenta problemas de saúde que o impossibilite o acesso aos serviços de saúde do seu território. A demanda recebida provém da referência da Estratégia Saúde da Família (ESF). Atualmente, existem cerca de 100 pacientes onde são realizados os procedimentos necessários para seus cuidados, a exemplo de curativos, manutenção de sondas, solicitação e coleta de exames, terapia farmacológica, além do referenciamento a outros serviços.
Podemos perceber a atenção domiciliar evita internações, como também a superlotação dos hospitais, diminuindo índices de infecções, merecendo uma atenção especial por todos os benefícios que ela gera. Observamos também que os profissionais que atuam no programa desenvolvem a humanização profissional, despertando olhares mais sensíveis às peculiaridades de cada ser. É notória também a influência positiva na qualidade de vida das pessoas, gerando conforto, melhorando o estado emocional, garantindo a integralidade do cuidado e, sem dúvida, é um aliado essencial para Estratégia Saúde da Família (ESF) que funciona como porta de entrada e trabalha sempre integrada à atenção domiciliar e que organizadas beneficiam a vida de inúmeros usuários. A atenção domiciliar possibilita uma maior interação entre o paciente e os profissionais envolvidos, aumentando a aceitação dos familiares e agilizando o processo de recuperação. O trabalho multiprofissional é uma das bases para a mudança do modelo de assistência à saúde. Portanto, percebeu-se a importância da contribuição de outros profissionais da equipe de saúde para a resolução e melhoria dos pacientes.
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