Missão Velha (CE): diagnóstico, monitoramento e ações do Programa Municipal de Imunização; reconstrução e resiliência na melhoria dos indicadores vacinais

Missão Velha, estado do Sul Ceará, população média de 36 mil habitantes, 17 UBSs, 100% cobertura de atenção básica em saúde, sala de vacinação e todas as unidades básicas de saúde, está inserido nesse atual contexto: baixas coberturas vacinais. Mediante este cenário, realizamos análise de indicadores, monitoramento, definição de ações e estratégias, dias D extras de vacinação, educação permanente mais fortalecida, veiculação nas mídias sociais e revisto processo de trabalho conseguindo uma melhoria excelente , atingindo dois indicadores de vacina (BCG e Pneumo) e aumento percentual em todos os outros indicadores de rotina e até quatro anos.

A partir dos resultados da Pesquisa ImunizaSUS e da reflexão sobre os problemas e desafios das ações de imunização, identificar e apontar os mais relevantes para o aumento das coberturas vacinais no município ou região de saúde. O município de Missão Velha é acidentalmente extenso fazendo divisa com mais de seis cidades e uma zona rural grande e íngreme, tendo desde cultivo da banana ou área de aproximação com a chapada do Araripe o que dificulta o acesso e, algumas épocas do ano. Desafios mais encontrados: negacionismo, hesitação, funcionamento inadequado das salas de vacinação, dispensação do imunobiológico e dos insumos em números insuficientes, cadastros dos vacinadores desatualizados, dificuldade em digitação nos vários sistemas de informação, parte da equipe recém admitidos no serviço. A estratégia nacional do ImunizaSus nos traz uma realidade paradoxal ao que o país estava acostumado a realizar e nos fez despertar uma necessidade de mudança imediata e busca novamente por maiores coberturas vacinais e menores riscos de retorno de algumas doenças imunopreveniveis da infância. O projeto estruturou-se em três pilares: educação, comunicação e pesquisa e nos direcionou para diminuir a hesitação vacinal resgatando nossa expertise no tema, tendo impacto positivo por ter conduzido teoria e prática e ter trazido o problema para ser resolvido junto com as três esferas despertando a corresponsabilidade do ato de vacinar.

Reuniões para discutir diagnóstico, monitoramento, avaliação com assessorias e coordenadores e diretora do hospital no qual compilamos um documento norteador no qual estabelecemos metas e parâmetros desejáveis e fomos fortalecendo seu checklist: 1- Criação pela Secretaria de Comunicação Social da rural da vacina para chamar atenção e realizar vacinação extramuros. 2- Monitoramento mensal das crianças por território e microarea e busca ativa. 3- Treinamento e atualização com enfermeiros e técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. 4- Monitoramento das crianças que estão em dias de fazer a vacina com o pin PEC e busca ativa 5- Descentralização das vacinas de covid para todas as unidades básicas de saúde. 6- Chamamento e mutirão para atualizar vacinas covid. 7- Campanha de atualização nos registros vacinais. 8- Campanhas extra de dias D. 9- Trabalho de educação em saúde com os pais de alunos e escola sobre importância da vacinação. 10- Avaliação dos cartões de vacinas das crianças que estão matriculada no município. 11- Webnários sobre ImunizaSus. 12- Forte veiculação nas mídias sociais e nas rádios sobre a importância da vacinação 13- Busca ativa pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) nominalmente. 14- Acréscimo de uma enfermeira a mais para cooperar com as vacinas de rotina. 15- Fortalecimento de informações sobre disponibilidade de vacinas. 16- Equipe para fazer extramuros semanalmente. 17- Contratação e monitoramento com várias oficinas. 18- Implantação do núcleo de epidemiologia hospitalar. 19- Reabertura da sala de vacinação do hospital e seu devido acesso. 20- Parcerias com educação e assistência social no fortalecimento da importância do calendário vacinal está atualizado.

A gestão mudou em treze de agosto de 2021 e muito pretensiosamente articulou-se essa movimentação interna e desprendimento de muita força e energias para mudar o cenário municipal que estava atropelado e a população esperando e pressionando pela vacinação contra covid-19 e em meio a esse turbilhão agregaram-se novos trabalhadores do SUS com experiências e nova vivencias culminando um melhor resultado encontrado. Em análise do gráfico observamos que BCG e Pneumo menor de 1 ano atingimos metas preconizadas, BCG tivemos aumento de mais de 700%. Saímos de 13% para 93%. Todos os imunos tivemos aumentos percentuais que variam de 108% a 151% . Nossa população de menor de um ano modificou-se e mesmo assim mantivemos números absolutos maiores comparados entre o ano de 2021 e 2022. A oscilação de aumento percentual na rotina de zero ao primeiro ano de vida foi de 108 a 700% Dois imunos atingimos as metas, outros 3 ficamos acima de 90% cobertura, outros cinco imunos acima de 80% cobertura e os imunos com metas mais baixas tivemos desabastecimentos gerais nacionais e estaduais

Principal

Edilasy Barbosa Mariz

Coautores

Edilasy Barbosa Mariz

A prática foi aplicada em

Missão Velha

Ceará

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde

Missão Velha, CE, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

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ideiasus@gmail.com

23 dez 2023

CADASTRO

08 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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