Nossa ação se pauta no desenvolvimento de variadas atividades voltadas a transmissão do conhecimento da importância do elemento vegetal nas práticas religiosas tradicionais de matriz africana, em específico de origem bantu, na promoção e na atenção à saúde. A partir de palestras em diferentes espaços religiosos, sociais, pedagógicos e científicos. Desde 1993 promovemos palestras, oficinas e cursos nas casas de candomblés de diferentes raízes, buscando divulgar as propriedades das folhas, das raízes e das sementes de um rico universo de espécies. Os candomblés de origem bantu foram os primeiros a se relacionarem com o bioma das Américas e do Caribe no processo diaspórico atlântico negro, por isso esse segmento do candomblé é considerado o detentor de maior conhecimento acerca das plantas. Foram eles os que primeiramente se relacionaram com os donos da terra, os indígenas do Novo Mundo e também os primeiros na prática das substituições simbólicas necessárias na continuação de suas liturgias sagradas. Além de proferirmos palestras e oficinas em casas de candomblé que demandam nossa contribuição temos a prática de disseminarmos o conhecimento da folha e distribuirmos mudas de diferentes espécies aos que nos visitam nas funções religiosas do nosso abassá/inzo (templo). Temos a prática de oferecer os que nos dão a honra de sua presença um exemplar de determinada espécie sagrada. Com este ato buscamos valorizar as folhas e contribuir com outras inzo disponibilizando elementos importantes na afirmação de nossa tradição. Outro vetor de atuação é a nossa participação em equipamentos pedagógicos quando convidados, proferindo palestras em escolas, colégios e universidades. Em nossas ações buscamos transmitir valores civilizatórios afro-brasileiros milenares que relacionam a cura da alma com a cura do corpo. A partir do conhecimento da natureza, das plantas em específico, protagonizamos a saúde da nossa comunidade tradicional e dos que nos procuram. Desde os anos 90, já percorremos inúmeros terreiros inclusive fora do estado com palestras e atividades com as ervas também em instituições publicas com Universidade Federal Fluminense (UFF), Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, dentre outras as universidades Unipaz (DF), Uniabeu (RJ).

Sediados no bairro Imperador/Vila Nova, Nova Iguaçu, nossa comunidade é composta majoritariamente por residentes da Baixada Fluminense, região onde graças à ausência de uma Saúde Pública eficaz que dê conta das questões básicas como saneamento público, nutrição, atenção e promoção a saúde. Composto majoritariamente por afrodescendentes, podemos observar a prevalência de determinadas doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial, anemia falciforme, dentre outras enfermidades. A prática dominante de saúde fundada na alopatia, desconsidera a contribuição a ser desenvolvida pelas plantas medicinais na atenção à saúde. Nosso público alvo tem baixo poder aquisitivo e tem dificuldades em adquirir remédios receitados pelos profissionais de saúde, valendo dizer que muitas plantas possuem princípios ativos que poderiam ser utilizadas no tratamento de determinadas enfermidades.

Orientação a gestores para o uso da prática como segundo plano.

Principal

Roberto Braga

r.braga2@yahoo.com.br

Coautores

Roberto Braga

A prática foi aplicada em

Nova Iguaçu

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Instituição

Rua Machado de Assis, no 10 - Imperador, Nova Iguaçu - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Roberto Braga, Tata Luazemi

Conta vinculada

02 jun 2023

CADASTRO

12 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

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