- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
A experiência da integração da atenção básica e a vigilância em saúde no município de Barra de Santana (PB), população estimada em 8.249 habitantes, distribuída quase totalmente na zona rural. Essa integração iniciou-se em 2010, mas sem avanços. Em 2018, houve uma evolução significativa. Este trabalho mostra vantagens e benefícios para os profissionais da saúde e população, que são acompanhados por equipes integradas e qualificadas. Conforme a Portaria 2.436/2017, a atenção básica e vigilância em saúde devem trabalhar integradas, de modo que identifiquem os problemas de saúde e planejem o processo de trabalho em conjunto. Nas atividades específicas dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, são realizadas ações de promoção, de prevenção de doenças e agravos prevalentes, identificando e registrando situações de importância epidemiológica de forma individual e coletiva, buscando parcerias e recursos que possam potencializar essa integração.
Mostrar como está ocorrendo a integração entre atenção básica e vigilância em saúde no município de Barra de Santana (PB), destacando os benefícios trazidos por ela para os profissionais de saúde, para a população e para a gestão. O primeiro passo para a integração acontecer foi reunir as coordenações de atenção básica e vigilância em saúde no mesmo ambiente de trabalho, aproximando a vigilância em saúde das equipes de atenção básica, onde os agravos/doenças detectados em suas áreas são informados diariamente. Os profissionais tem acesso direto a elas, aumentando assim as notificações necessárias para alimentar os sistemas de informação e traçar um perfil epidemiológico próximo da realidade, além de facilitar a rapidez na busca ativa, quando for o caso, partindo para a ação de forma integrada no território. São realizadas reuniões mensais de planejamento e programadas ações da atenção básica e vigilância em saúde em suas áreas, buscando soluções alternativas.
O resultado esperado seria a redução da infestação do Aedes aegypti que no 2º LIA/2018 resultou em 14,5, um índice extremamente alto, com risco de epidemia das arboviroses relacionadas. A partir dai, vimos a necessidade de intensificar essa integração e ampliá-la com mais ações da atenção básica. Foram realizadas reuniões com os agente comunitário de saúde (ACS) e de agente de combate às endemias (ACE) e toda a equipe, sobre o problema e planejadas estratégias de ação em busca de soluções emergentes que provocassem mudanças de comportamento e participação ativa da população. O resultado foi satisfatório. Começamos a observar outros pontos relevantes como o vínculo que foi criado entre as estratégias e hoje é uma realidade. Podemos ver os demais profissionais interagindo com a vigilância. Concluímos que essa integração foi uma das iniciativas mais exitosas para o município. como resultado tivemos o 1º LIA de 2019, com resultado de 1,7, melhor em 07 anos. Esse trabalho deve ser contínuo e não pode retroceder, pois essas ações foram integradas em busca de resultados que impactem na saúde da população.
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