A expansão do processo matricial no município de Volta Redonda: uma experiência exitosa

No cotidiano da Atenção Primária em Saúde (APS) é comum a presença de mulheres nas diversas faixas de idade. Nem sempre as consultas são para a finalidade de atenção a saúde da mulher e sim para doenças crônicas, situações agudas ou até para cuidado de outro ente do domicilio. Segundo trabalho publicado por Lima et. al. (2015) ainda há uma defasagem na resolutividade das principais queixas e na oportunização do cuidado na saúde da mulher. Estruturado por Gastão Wagner Campos (1999), o processo matricial tem como objetivo um cuidado colaborativo e uma construção de uma proposta de intervenção em um olhar pedagógico-terapêutico. Para Gonçalves et al.(2011), o matriciamento poderá utilizar de diversos instrumentos, como interconsultas, visita domiciliar conjunta, grupos, educação permanente, abordagem familiar entre outros para atingir seus objetivos a depender da equipe de trabalho. Conforme propõe Figueiredo e Campos (2009), o apoio matricial não deve ser confundido como uma consulta intinerante com o especialista, mas sim deve ser entendido como uma forma de empoderamento dos profissionais de saúde e uma oportunidade de adquirir novas habilidades e conhecimentos.

Pensando na crescente demanda pelo atendimento em saúde da mulher e a necessidade constante de processos de educação continuada para capacitar os profissionais da APS, visando garantir a resolutividade, o município de Volta Redonda adotou o processo matricial em ginecologia e obstetrícia para médicos e enfermeiros.

Desde o inicio da expansão do processo matricial em Saúde da Mulher, em 2022, os profissionais foram acompanhando mensamente através do sistema, o número de encaminhamentos para a atenção especializada, demonstrando uma redução gradual dos encaminhamentos para ginecologia e mastologia, com melhoria da estratificação de risco. Na obstetrícia, a fila de espera tornou-se imediata, pois a sistematização do cuidado, melhora o reconhecimento de fatores de risco que possam prejudicar o desfecho materno fetal.
Com um processo matricial contínuo, o município ganhou profissionais reguladores, dessa forma semanalmente ambas as filas são revistas e reguladas, favorecendo o acesso a pacientes com necessidade de exames de alto custo.
A sistematização do cuidado, melhora ainda, a aderência da paciente ao uso da APS, melhorando o vínculo dessa com o profissional alocado no seu território, melhorando assim os indicadores locais e promovendo a autonomia e empoderamento dos profissionais.

Principal

Tássio de Faria Huguenin

tassioaps@gmail.com

Apoio médico

Coautores

Tássio de Faria Huguenin, Vanessa de Lima Huguenin, Juliana Monteiro Ramos Coelho, Isabella Fudisaki Blachessen, Hélia Paula Maia Brum, Stella Maris Gomes de Amorim, Anna Clara Belmudes Figueiredo, Mariana de Oliveira Marinho , Marcelo Mota Nogueira, Gabrielly Ferreira, Lais Cabett

A prática foi aplicada em

Volta Redonda

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Rua São João Batista, 35 - Niterói, Volta Redonda - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Tássio de Faria Huguenin

Conta vinculada

19 fev 2024

CADASTRO

05 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

01 fev 2022

inicio

Condição da prática

Andamento

Situação da Prática

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