Redução da mortalidade infantil: papel da gestão comprometida na organização da atenção materno infantil no município de Itabira (MG)

Itabira, cidade mineira com 119 mil habitantes, sede de região de saúde possui uma rede arrojada de serviços públicos de saúde, contemplando a rede materno infantil nos três níveis de atenção. São 31 equipes da ESF para assistência às gestantes de risco habitual e às crianças. A atenção secundária garante assistência gineco/obstétrica para todas as gestantes a partir da 36ª semana. Atendimento às gestantes e recém-nascido de alto risco além de consultas pediátricas. A rede terciária conta com SAMU e pronto socorro municipal, duas maternidades, uma filantrópica, que atende a saúde suplementar e particular com um banco de leite para todas as gestantes do município. A maternidade municipal para atenção ao parto de risco habitual e referência para intercorrências obstétricas. Essa rede garantiu nos 2 últimos anos a redução expressiva da taxa de mortalidade materna e infantil no município, ao contrário do cenário nacional.

Apresentar o impacto positivo na redução da mortalidade infantil como resultado do investimento da gestão local na atenção qualificada e humanizada ao pré-natal, parto, puerpério e puericultura. A investigação de óbitos materno, fetal e infantil é realizada desde 2006 com seu contínuo monitoramento. A Atenção Primária à Saúde (APS) adota protocolo “Mãe Itabirana” assegurando 13 consultas de pré-natal, exames trimestrais, imunização, classificação de risco, consulta “mãe-bebê” até 10º dia pós-parto, consulta puerperal e puericultura. A partir da 36ª semana, são também acompanhadas por gineco-obstetra na policlínica. As gestações de risco são encaminhadas ao CEAE para acompanhamento multiprofissional e exames especializados. Em meados de 2016, foi inaugurada a maternidade municipal, cobrindo acima de 80% dos NV do município, com equipe de plantão 24 horas, protocolo de assistência ao parto priorizando o parto natural, reformulação da atuação da enfermagem obstétrica.

A Taxa de mortalidade infantil (TMI) caiu 48,9% de 2016 a 2017 (6,98/1000), continuando declínio de 11,17% de 17 a 18 (6,2/1000). O componente neonatal precoce apresentou a maior queda de 16 para 17-45,3%, passando de 6,4 para 3,5/1000. Houve redução da taxa em todas as faixas de peso ao nascer, em especial entre Itabira, a TMI alcançou patamar de 1º mundo, sobretudo decorrência da queda do componente neonatal precoce nos últimos 2 anos, resultado da reorganização da rede de cuidados: pré-natal e parto com práticas baseadas em evidências, redução das taxas de cesariana e de prematuridade, melhoria da assistência pré-natal, ao RN e à criança, demonstrando que gestão comprometida com o SUS determina a modificação do cenário alcançando os objetivos do desenvolvimento sustentável no Brasil.

Principal

Rosana Linhares Assis Figueiredo

saude.gabinete@gmail.com

Coautores

Heloisa Helena Martins, Thereza Cristina Oliveira Andrade Horta, Cibele Rosa, Lauana Matosinhos,

A prática foi aplicada em

Itabira

Minas Gerais

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Rosana Linhares Assis Figueiredo

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

02 jul 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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