A Fitoterapia, prática ancestral baseada no uso de plantas medicinais para prevenção e tratamento de doenças, tem ganhado cada vez mais, espaço na saúde pública e na rotina de muitas pessoas. Entre as diversas formas de aplicação, o consumo de chás se destaca como uma das abordagens mais acessíveis e eficazes, proporcionando benefícios terapêuticos por meio da infusão de ervas com propriedades medicinais. A experiência com fitoterápicos na forma de chá envolve mais do que simplesmente ferver água e adicionar folhas ou raízes. Ela carrega consigo um conhecimento tradicional, muitas vezes passado por gerações, sobre combinações, dosagens adequadas e momentos ideais de consumo. Além disso, a ciência moderna tem se dedicado a investigar e comprovar os efeitos dos compostos presentes nas plantas, permitindo um maior embasamento na recomendação e uso responsável dos chás para diversas condições de saúde.
Esse universo do chá fitoterápico proporciona uma interação direta entre a natureza e o bem-estar humano, promovendo relaxamento, alívio de sintomas e até mesmo a prevenção de doenças. No entanto, seu uso requer atenção e conhecimento adequado, pois algumas ervas podem ter contraindicações ou interações com medicamentos convencionais. Dessa forma, a integração entre saberes tradicionais e científicos se torna essencial para garantir a segurança e eficácia dessa prática. Daí a intenção do projeto “Vamos Tomar um Chá”?.
Objetivo Geral:
Incentivar hábitos saudáveis por meio do uso correto dos Chás Terapêuticos, fortalecendo o vínculo entre os pacientes e os profissionais de saúde, reforçando sua relevância como complemento ao tratamento convencional.
Objetivos Específicos:
Promover a prática de educação em saúde sobre dosagens recomendadas, interações medicamentosas, contraindicações e melhores formas de preparo para maximizar os benefícios dos chás;
Incorporar os chás terapêuticos ao atendimento dos pacientes nas unidades de saúde das comunidades rurais, como consumo consciente e contribuir para hábitos mais saudáveis na prevenção de doenças.
Demonstrar a importância do saber popular e das práticas ancestrais no uso de ervas medicinais, buscando uma integração entre tradição e ciência.
O projeto foi intitulado: “Vamos tomar um chá?” Está sendo desenvolvido em comunidades rurais, onde existe uma população abrangente de 462 pessoas devidamente cadastradas no prontuário eletrônico-PEC. Deu-se início em janeiro de 2025, com a participação de toda equipe composta por enfermeira, médica, técnicos de enfermagem, recepcionistas, agentes de saúde e auxiliar de serviço gerais, onde todos tiveram as informações sobre o projeto, a escolha dos chás, sendo escolhido um tipo de chá por mês (Camomila, Erva Doce, Endro, Capim Santo, Canela, Hortelã, Folha da Laranja) e tudo de informação sobre este, o alerta para uso correto, seus benefícios, contra indicações e como preparar este chá de maneira saudável.
O projeto de chás terapêuticos na UBS rural de São José do Sabugi demonstra a relevância da fitoterapia como um complemento eficaz no cuidado à saúde, integrando conhecimentos tradicionais e científicos para promover o bem-estar da população. A iniciativa contribui para a ampliação das alternativas terapêuticas disponíveis, reforçando a importância da abordagem holística na atenção à saúde.
A implementação do projeto de chá terapêutico na unidade de saúde trouxe impactos positivos tanto para os pacientes quanto para a equipe profissional envolvida. Os resultados podem ser divididos em três principais dimensões: eficácia no tratamento complementar, adesão da comunidade e aprimoramento do conhecimento sobre fitoterapia.
1. Eficácia no Tratamento Complementar
Os pacientes que incorporaram o consumo dos chás terapêuticos relataram melhora em sintomas como ansiedade, insônia, problemas gastrointestinais e dores leves. Além disso, a observação clínica demonstrou que o uso orientado dos chás contribuiu para a redução da automedicação e do uso excessivo de fármacos sintéticos em determinados casos.
2. Adesão e Aceitação da Comunidade
A aceitação da iniciativa pela comunidade foi significativa. Muitos pacientes demonstraram interesse em aprender mais sobre as propriedades medicinais das plantas e passaram a consumir os chás de forma consciente. As palestras educativas e rodas de conversa fortalecidas pelo projeto possibilitaram um maior engajamento da população na prática do autocuidado por meio da fitoterapia.
Ao longo da implementação, observou-se que o consumo orientado de chás medicinais pode não apenas auxiliar no tratamento de diversas condições, mas também fomentar a autonomia dos pacientes e incentivar práticas de autocuidado. Além disso, a sensibilização da comunidade e a capacitação dos profissionais de saúde foram elementos fundamentais para garantir o uso seguro e adequado das plantas medicinais.
Contudo, o sucesso desse projeto depende de um acompanhamento contínuo, da avaliação dos resultados obtidos e da adaptação às necessidades da população atendida. A expansão de ações educativas e o fortalecimento da integração entre fitoterapia e medicina convencional são caminhos promissores para consolidar essa prática nas unidades de saúde.
Dessa forma, o projeto se apresenta como um modelo inovador de atenção à saúde, resgatando saberes populares e proporcionando benefícios para os pacientes e para o sistema de saúde como um todo. A continuidade dessa iniciativa pode fortalecer a valorização da fitoterapia e contribuir para um cuidado mais humanizado e acessível.
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