O papel desempenhado pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família em João Pessoa

Introdução: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) foram criados pelo Ministério da Saúde, mediante a portaria GM número 154, de 24 de janeiro de 2008. Com a função de intervir na Atenção Básica Brasileira. Atualmente regulamentados pela portaria número 2.488, de 21 de outubro de 2011, compõem-se como equipes multiprofissionais que atuam de maneira integrada com as equipes de Saúde da Família, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes de Saúde da Família. Assim, a concepção de apoio matricial do Nasf, como apoiador da estratégia de saúde da família (ESF) visa o trabalho compartilhado e a cogestão das ações, operando de forma cooperativa e interdependente sem hierarquia entre os pontos de atenção à saúde, numa constante inter-relação entre os níveis de assistência (MENDES, 2011, CAMPOS, 1999). Objetivos: o Nasf deve atuar dentro de atuar dentro de algumas diretrizes da Atenção Primária à Saúde como, por exemplo, educação permanente em saúde dos profissionais e da população, promoção de saúde, participação social, entre outros. Seu principal objetivo é apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços. Entretanto, na realidade vivenciada em João Pessoa, o Nasf adquire outra atribuição. Passa a desempenhar um papel de órgão fiscalizador da equipe de Saúde da Família, causando uma situação de conflitos entre ambas. Esta foi uma estratégia adotada pela Secretária de Saúde de João Pessoa visando a melhoria dos serviços de saúde prestados, todavia isso não acontece de fato. O que é observado é morosidade da operacionalização dos serviços de saúde. Isso se deve a carência de profissionais que as equipes multiprofissionais da UBS enfrentam que neste caso deveria ser suprido pelo Nasf. Os atendimentos que deveriam ser conjuntos na perspectiva de melhorar a gestão do cuidado e do aprendizado coletivo estão comprometidos. O apoio matricial às equipes de referência é precário prejudicando assim uma gestão compartilhada da saúde da família. Método: baseia-se em atividades vivenciadas a partir do cotidiano das Unidades Básicas de Saúde e do contato com a equipe de Saúde da Família e com as equipes multiprofissionais que compõem o Nasf, além de um estudo retrospectivo baseado na literatura científica e dados estatísticos. Resultados: A ideia sobre a potencialidade dos Nasfs operarem determinados modelos de saúde e diferentes formas de organização da rede de serviços está relacionada com o papel do Estado e com a sociedade. Dessa forma, busca-se evidenciar algumas estratégias políticas que são desenvolvidas ao longo da implementação dos Nasfs. Dentre essas estratégias, no contexto de João Pessoa, dinâmicas podem ser evidenciadas, permitindo certa flexibilidade na operacionalização dos Nasfs e contribuindo com a manutenção de determinado modelo de saúde e organização da rede de cuidado. Considerações finais: o Nasf desempenha o apoio à gestão e à atenção, sendo uma estratégia de organização das práticas de cuidado e de gestão, através de diferentes ferramentas tecnológicas, desde a pactuação de ações e metas, até a implantação da clínica ampliada, projeto terapêutico singular e projeto de saúde no território, fomentando o compartilhamento das ações das equipes e a cogestão do cuidado (BRASIL, 2009). Seu objetivo é desenvolver o trabalho compartilhado com as equipes de referências, visando a construção e ativação de espaços para comunicação, compartilhamento de conhecimentos e co-responsabilização dos casos com a ESF, sendo esta última, a equipe de referência do usuário (CAMPOS, DOMITTI, 2007). Portanto, ainda é um desafio a criação de espaços coletivos, a implementação adequada da rede de modelos assistenciais baseadas na coletividade, os espaços para adequações a diferentes modos de produzir saúde nos diferentes territórios.

Introdução: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) foram criados pelo Ministério da Saúde, mediante a portaria GM número 154, de 24 de janeiro de 2008. Com a função de intervir na Atenção Básica Brasileira. Atualmente, regulamentados pela portaria número 2.488, de 21 de outubro de 2011, compõem-se como equipes multiprofissionais que atuam de maneira integrada com as equipes de Saúde da Família, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes de Saúde da Família.

Principal

Israel Barbosa da Silva Filho

Coautores

Israel Barbosa da Silva Filho

A prática foi aplicada em

João Pessoa

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Secretária de Saúde de João Pessoa

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Israel Barbosa da Silva Filho

Conta vinculada

ideiasus@gmail.com

02 jun 2023

CADASTRO

05 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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