Quem é aquela pessoa que está deitada no leito? O que ela gosta de comer? Qual é o seu time do coração? Perguntas como essas fazem parte de um instrumento inovador de atenção à saúde no Hospital Estadual 2 de Julho, em Salvador (BA). Intitulado Prontuário Afetivo, o projeto surge como forma de humanizar e individualizar o atendimento ao paciente, especialmente, em período de longa internação ou sob cuidados paliativos. Como relata a autora da prática, Ana Carla Nunes, coordenadora da Psicologia do hospital, o paciente deixa de ser um número (ou uma patologia) e passa a ser um indivíduo com suas subjetividades, seus gostos e desejos.

A iniciativa foi idealizada pelo Serviço de Psicologia da unidade hospitalar, que elaborou junto com o setor de comunicação o próprio modelo de prontuário de saúde. As perguntas são respondidas pelo próprio paciente durante a confecção do prontuário ou pela família, em caso de impossibilidade de o paciente responder. A equipe de saúde coloca, também, no leito, fotos das pessoas mais queridas do paciente, como forma de minimizar a saudade.

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