No mês do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, a IdeiaSUS destaca práticas sobre amamentação e leite materno

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Descrição: Banco de Leite Materno / Foto: Peter Ilicciev / Acervo: Fiocruz Imagens

“Amor em cada gota doada, vida em cada gota recebida”. O slogan da campanha pelo Dia Mundial de Doação de Leite Humano de 2024, comemorado em 19 de maio, chama atenção da sociedade para o ato da doação de leite humano, como também para a importância do aleitamento materno. De acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno é capaz de reduzir em 13% a mortalidade infantil, até cinco anos de idade. Evita diarreias e infecções respiratórias, reduz os riscos de alergias, diabetes, colesterol alto, hipertensão e a chance de obesidade, leva a uma melhor nutrição. Pode salvar, por ano, mais de seis milhões de bebês em todo o mundo, reforça a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Doar é um ato de amor, pois ajuda tanto a mãe que não o tem para amamentar quanto aquelas que têm em excesso e podem ser prejudicadas com isso, pois evita a inflamação nos seios, conhecida como mastite.

Em contribuição à campanha, a Plataforma IdeiaSUS Fiocruz destaca algumas experiências inovadoras que vêm estimulando o aleitamento materno em seus territórios. Como a implantação de uma sala de amamentação em uma unidade de Saúde da Família, em Campina Grande, na Paraíba. Ou a criação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), em Taboão da Serra (SP), como forma de fortalecer as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável para crianças menores de 2 anos.

Essas e outras tantas práticas do SUS sobre aleitamento materno e, também, saúde da mulher gestante e da criança, estão reunidas no banco de práticas IdeiaSUS, acessíveis aqui.

Brasil, referência mundial em aleitamento materno

O Brasil é referência mundial em aleitamento materno, ocupando posição de destaque em relação a países de renda alta como Estados Unidos, Reino Unido e China. Possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, com 228 bancos de leite humano (BHLs) e 240 postos de coleta distribuídos em todos os estados, além da coleta domiciliar disponível em algumas unidades da federação.

Por sua relevância, o país serve de base da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), com sede no Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz). Trata-se de uma grande rede de amor, cuidado e solidariedade, em forma de doação de leite humano. É um esforço de cooperação técnica que resultou na implantação de BLHs e na colaboração com nações da América Latina, Caribe, Península Ibérica, África e, mais recentemente, países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Doação de leite materno

O leite doado aos BLHs e postos de coleta passa por um rigoroso processo de seleção, classificação e pasteurização, até que esteja pronto para ser distribuído com qualidade certificada a bebês internados em unidades de terapia intensiva neonatais. Para se tornar doadora, basta entrar em contato com o BLH mais próximo e realizar um cadastro, mediante apresentação dos últimos exames de sangue. A equipe orientará sobre a forma correta de coletar o leite, que pode permanecer congelado por 15 dias. Antes deste período, deve ser providenciada a coleta do leite a ser doado no domicílio.

Por Katia Machado (Plataforma IdeiaSUS Fiocruz), com informações do IFF/Fiocruz

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