A Rede Cegonha é uma política voltada para garantir o direito das mulheres a cuidados de saúde durante a gestação, parto, aborto e pós-parto, além de assegurar um parto seguro e o desenvolvimento saudável das crianças. A Política Nacional de Humanização (PNH), criada em 2003, busca combater problemas como o desconhecimento dos direitos das gestantes, o medo do parto e a insegurança em relação ao ambiente hospitalar, muitas vezes agravados pela disseminação de informações erradas e a violência obstétrica.
Para superar esses desafios, é necessário fortalecer os vínculos entre a Atenção Primária à Saúde e as maternidades, criando oportunidades para que as gestantes conheçam o ambiente hospitalar e a equipe que as atenderá. O projeto, implementado no Hospital Geral de Mamanguape (HGM), utiliza o Planejamento Estratégico Situacional de Carlos Matus.
O projeto se passará no ambiente da maternidade junto à equipe multiprofissional do HGM, sendo a equipe do serviço social e a enfermeira os profissionais que direcionarão as gestantes durante as visitas prévias, que antecipam o seu momento de parto, visando otimizar o conhecimento da paciente frente a assistência que irá receber o atendimento médico especializado (Obstétrico) e exames complementares (Ultrassonografias e Exames complementares), pela equipe de enfermagem e recepção da unidade hospitalar.
METODOLOGIA
Para esse projeto foi elaborado um planejamento com os gestores dos municípios e HGM, o objetivo foi definir o procedimento de acolhimento e informações durante o pré-natal nas unidades, firmando com enfermeiros a responsabilidade de conduzir desde o pré-natal até o puerpério, sendo a visita guiada um dos processos relevantes para as gestantes adquirir conhecimento prévio do ambiente em que terá o seu filho(a).
Foram coletados os dados relacioandos ás gestantes do Alto Risco do município de Itapororoca e Mamanguape, tendo sido encontrado 72 pacientes. Inicialmente, a partir dos assuntos, debates e leituras abordados em sala de aula, foi discutido e definido em grupo o tema do nosso Plano Operativo (PO), logo após foi dado início a sua elaboração. Enfatizando a importância da construção das sínteses definitivas proveniente da metodologia da espiral construtivista realizadas no referido curso de Especialização em Saúde da Família e através da assimilação e aprendizagem dos alunos.
As gestantes receberam informações através da enfermeira durante o pré-natal e a mesma foi responsável para realizar o agendamento prévio com a maternidade, a fim de definir datas para a primeira e as demais visitas de forma com que essas sejam feitas em dias da semana diferentes para que tenham conhecimento e esclarecimentos de diferentes profissionais plantonistas. O traslado foi de responsabilidade da secretaria de transporte da cidade.
CONCLUSÕES
A partir do primeiro contato com as gestantes e a equipe, foi possível notar que há uma abertura da equipe profissional para mudanças, visto que a mesma se mostrou disponível e animada para participar do projeto. As gestantes, por sua vez, mostraram-se satisfeitas com as primeiras impressões que foram geradas a partir do acolhimento inicial.
Além disso, deve esclarecer que a presença do acompanhante é garantida, indicando o movimento das maternidades no sentido de consolidar esse privilégio. Dentro dos parâmetros do SUS, a lei proporciona à parturiente o benefício de ter consigo o acompanhante de sua escolha durante todo o trabalho de parto, nascimento e pós-parto precoce.
PALAVRAS-CHAVE
Atendimento humanizado. Gestação de Alto Risco.
Identificando problemas como o medo do parto e a falta de informações sobre os serviços hospitalares. Apresentar o fluxo de atendimento e ambiência da maternidade do HGM para as gestantes e seus familiares dos municípios de Mamanguape e Itapororoca, através de visitas guiadas.
Sistematizar o fluxo de atendimento das gestantes e familiares no HGM;
• Implantar o fluxo para visita guiada;
• Desenvolver atividades de educação permanente em saúde para profissionais da APS e da maternidade.
O fluxo da maternidade do HGM facilitará a visita guiada para que as gestantes tenham um melhor direcionamento. Foram acolhidas, apresentadas na recepção e logo após foram recebidas pela Assistente Social, essa direcionou-as apresentando os profissionais dos setores descritos no fluxograma. Os profissionais esclareceram as dúvidas com uma comunicação efetiva e prontamente responderam os questionamentos relatados, seguem as dúvidas:
“Qual o momento exato para chegar até a maternidade
quando estiver tendo contrações?”
“Criança abaixo de 10 anos pode visitar a
mãe na maternidade?”
“O acompanhante pode ver o parto?”
“O teste do pezinho é feito aqui?”
A equipe da USF e maternidade foram enaltecidos pela experiência que as gestantes tiveram:
“Gostei muito! tirou minhas dúvidas.”
“O medo que eu tinha de ter meu filho, diminuiu.”
“A equipe me recebeu muito bem!”
“Quebrou todo o tabu”
“Todas as gestantes deveriam participar dessas visitas”
Nos relatos, pode-se perceber que houve mudanças a partir das intervenções realizadas e que as pacientes demonstraram satisfação em relação ao atendimento prestado pelos profissionais. Portanto, esse acolhimento torna-se essencial nesse momento e no processo de cuidados necessários para esse período.
É imprescindível que tanto os profissionais quanto as parturientes estejam cientes dos seus deveres e direitos, relatando suas queixas e sendo atendidas de forma humanizada. Com o andamento do PI, esperamos alcançar melhorias no atendimento a essas gestantes e do avanço em cuidados em saúde nas cidades participan
Rua José Francisco da Silva, 125, Itapororoca PB
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