- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Este trabalho é um relato de experiência implantada no município de Ubiratã (PR). Com população de 21.119 habitantes, estimativa IBGE 2018, mas com Sistema de Informação em Saúde atendendo aproximadamente 30 mil usuários ativos. O município conta com 8 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) com cobertura de 100 % da área urbana e rural, mais 1 equipe NASF 1, CAPS e Centro de Especialidades. Em 2017, na construção do plano municipal de saúde de Ubiratã, 2018 – 2021, após o levantamento do perfil do território, classificando a população por risco familiar, identificaram-se problemas na organização da área, com equipes sobrecarregadas atendendo dezenas de famílias de alto risco. Concomitante a esse processo, o trabalho de endemias, ainda que protocolar, não era totalmente eficaz e precisava ser otimizado, pois não refletia a vulnerabilidade do território, não considerava o vínculo familiar no seu trabalho de rotina, muito menos o risco familiar na prevenção de doenças e promoção a saúde no ambiente familiar
Apoiado legalmente pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 e entendendo que o usuário é algo único e complexo e não pode ser atendido em blocos de atenção, a secretaria de saúde promoveu a unificação das atividades de ACS e ACE, sendo essa a parte central da integração. A PNAB 2017 traz a atribuições comuns aos cargos de agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, assim, unificamos suas atribuições, atendendo a necessidade do território. O processo de trabalho considerou o período do ciclo da dengue, com vistoria dos imóveis no controle de endemias somado às visitas domiciliares, resultando no acompanhamento das famílias de maior risco e outras atividades de prevenção e promoção a saúde. Os bloqueios de casos suspeitos acontecem com agilidade devido ao maior número de agentes, sendo finalizado em tempo hábil. As informações sobre endemias e famílias são alimentadas em tempo real por tablete, por um sistema próprio, e no final do mês são exportados para o ESUS.
Integração vigilância em saúde com atenção básica, unificação do território, organização dos recursos humanos e financeiros conforme a necessidade do território, o Lira apoia a programação das ações no território, bloqueio realizado em menor tempo, criação de vínculo familiar pelos agentes de endemias .A unificação dos ACS e ACE permite a otimização do tempo de trabalho, considerando os riscos familiares e agravos sanitários para organização do processo de trabalho de prevenção e promoção da saúde, integrando as ações da atenção básica e vigilância em saúde, evitando a dicotomia do cuidado familiar no domicílio.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO