A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel fundamental no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo responsável por atuar de forma integral na prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de diversas condições de saúde, incluindo doenças crônicas e agudas. Entre as condições que requerem atenção especializada.
Entre as condições que requerem atenção especializada e contínua, as feridas, especialmente as crônicas, representam um desafio significativo para os profissionais da saúde, pela complexidade de seu tratamento e pela necessidade de acompanhamento contínuo para evitar complicações como infecções, complicações sistêmicas e até amputações.
A organização da APS para o atendimento ao paciente portador de feridas deve ser estruturada de forma que garanta um fluxo eficiente e eficaz, promovendo a qualidade do cuidado e a satisfação do paciente.
A implementação desse fluxo de atendimento facilitou a gestão do cuidado, e reduziu as complicações decorrentes das feridas, promovendo a educação dos pacientes sobre os cuidados necessários e a melhora da integração da APS com a rede de atenção a saúde.
No PSF II – Cajá, situado no município de Caldas Brandão, a equipe de enfermagem, após a implementação do fluxo de atendimento, realiza a avaliação, escolhe o tratamento adequado e orienta os pacientes sobre os cuidados necessários com as feridas, a importância da higiene, e o acompanhamento médico para garantir uma recuperação satisfatória.
Com a implementação do cuidado individualizado, tivemos como objetivo, organizar o fluxo de acompanhamento prestado pela equipe de enfermagem aos pacientes portadores de feridas,
estimular a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, conforme preconizado pela Resolução COFEN 358/2009 e melhorar a prática de atendimento diário na Atenção Primária à Saúde.
A implementação surgiu após ser observado o aumento do índice de pacientes acometidos por feridas, desorganização no processo de atendimento, dispensação de materiais de curativos sem acompanhar periodicamente a evolução do processo de cicatrização.
Com as mudanças implementadas no PSF II – Cajá, a equipe de enfermagem passou a utilizar a SAE de forma efetiva no acompanhamento dos pacientes portadores de feridas, utilizando protocolos de atendimento individualizado, garantindo cuidado contínuo e de qualidade, promovendo a cicatrização e prevenindo complicações.
Após a organização do fluxo de atendimento, foi observado a diminuição das complicações ocorridas, consequentemente, diminuindo a necessidade de hospitalizações. Também foi observado a diminuição no tempo de espera do paciente na unidade, após o uso de planilha para obter o controle da quantidade de pacientes acompanhados diariamente. Além da diminuição da quantidade de insumos utilizados após o acompanhamento rigoroso da evolução cicatricial, evitando desperdícios de materiais.
Para um processo de implementação de fluxo faz-se necessário levantamento do público, reunião de equipe para discussão do processo e bastante força de vontade para manter as mudanças e confiar que os resultados virão
Caldas Brandão, PB, Brasil
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO