No início do mês de julho, durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, marcada pela reconstrução do SUS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reunida com integrantes de seu ministério, Sônia Barros, do Departamento de Saúde Mental, e Helvécio Guimarães, secretário da Atenção Especializada, além de Fernando Pigatto, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), anunciou um incremento de R$ 200 milhões, ainda em 2023, para financiar os centros de atenção psicossocial (Caps) e os serviços residenciais terapêuticos (SRT). Segundo Trindade, em um ano, o recurso destinado pela pasta aos estados será de R$ 414 milhões.
Dessa forma, o Ministério da Saúde resgata os esforços da luta antimanicomial no Brasil. Reunimos, portanto, abaixo algumas experiências exitosas de nosso banco de práticas do SUS, cujo foco é o cuidado de pessoas com transtornos mentais e sofrimentos psíquicos, por meio dos CAPS e SRTs. Para conhecer as práticas em sua integralidade, é só clicar sobre o título de cada uma delas.
Uma abordagem de inserção e ampliação do cuidado em saúde mental, voltado a usuários que residem nos maior povoado e distrito do município de Riachão Jacuípe. O foco das ações é a promoção do cuidado e a cidadania de jovens e adultos em situação de sofrimento psíquico, que fazem uso problemático de álcool e outras drogas, bem como a realização de atividades de redução de danos, educação permanente, matriciamento e maior integração das equipe do Caps I e da atenção básica.
Sensibilizar a população, orientando-a quanto à redução do uso indiscriminado do psicotrópico como paliativo a qualquer problema de saúde. Este é o propósito da prática de Batalhas, município de Alagoas, que conta para isso com equipes multiprofissionais do Nasf e do Caps, compostas por médicos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, que usam como recursos palestras, atividades físicas, aulas de dança e outras práticas com educadores físicos voluntários.
Transferir protocolo de saúde mental na atenção básica implica movimento para a territorialização do cuidado em saúde mental, quebra de preconceito e autonomia do cuidado, evitando o modelo hegemônico de saúde. Trata-se de uma experiência que trabalha com acolhimento coletivo, classificação de risco e atendimento compartilhado. Depois da consulta, são realizadas atividades corporais, mentais e de informação sobre diversos temas, que facilitam a adesão ao tratamento. São feitas, também, visitas domiciliares e capacitação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), para uma escuta qualificada dos usuários do serviço e para o matriciamento da atenção primária.
Outras experiências sobre esta temática fazem parte da Comunidade de Práticas de Saúde Mental e Atenção Psicossocial e do Banco de Práticas da plataforma, da categoria Saúde Mental e Atenção Psicossocial.