Este projeto busca trazer reflexões sobre as tenras e difíceis dificuldades acerca de como mães de crianças atípicas vivenciam suas maternagens e ainda, quem exerce esta função após a descoberta diagnóstica. A análise ocorre de acordo com o que se observa dentre as seguintes vertentes: dificuldades de aceitação e de conhecimento sobre as patologias, especialmente àquelas do tempo moderno, que apresentam características comportamentais desafiadoras; cansaço extremo por parte dos responsáveis e, de modo especial, da mãe; e, por fim, mas tão importante quanto, o julgamento por parte da sociedade sobre àquilo que chamam de “meras birras e dissabores”. O projeto tem como objetivo incorporar dentro do município um olhar especial para as famílias atípicas, que a cada dia se mostram mais numerosas, no que se refere a saúde pública, saúde mental, fortalecimento de vínculos familiares e proteção integral à criança, sendo este último princípio fundamental da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. De modo geral consiste em uma prestação de serviços envolvendo as secretarias municipais em busca do apoio ao responsável de uma criança neurodiversa do município, considerando a rotina dessas mães, a sobrecarga da maternidade, suas lutas e sentimentos em relação ao diagnóstico e suas visões sobre seus filhos/as. Além disso, o projeto traria uma discussão de família, corpo e preconceito, considerando a sociedade capacitista, em especial no contexto que vivemos atualmente no país, especialmente no município, na busca de avanços para família e sociedade, simultaneamente. A ideia consiste também numa busca de fortalecimento de rede de Apoio, visto que a maternidade de fato não é fácil para qualquer mulher, entretanto, quando se trata de mães de pessoas com deficiência, há muito mais questões envolvidas do que apenas o ato de maternar. Em especial se tratando da solidão dessas mulheres que muitas vezes vivem para cuidar e, raramente, são cuidadas, porém, que muitas vezes poderão estar encontrando apoio através de grupo de auto incentivo, conhecimento adquirido, e troca de experiências.
1. INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
Este projeto se consubstancia em, antes de tudo, disseminar informação e buscar viabilizar um conhecimento suficiente para que haja a partir do diagnóstico atípico apoio intersetorial aos familiares entendo que a participação da família no processo terapêutico é essencial e que, por vezes, a família necessita de orientação e suporte para fazer escolhas, para se fortalecer, entre outros aspectos.
Este olhar se consubstancia sobre os vínculos familiares e suas percepções diante de um diagnóstico que, em grande parte das vezes, não é esperado. Esta ideia busca o diálogo sobre e com as mães, pais e responsáveis, buscando compreender e apoiar o maternar atípico. Entendendo que com a chegada do diagnóstico questões importantes como estigma social, falta de acolhimento, intensificação do preconceito, são fatores que fragilizam toda a estrutura e composição das famílias que tenham entre seus componentes, pessoas que apresentem alguma diversidade corporal, seja de ordem física ou mental.
O mais interessante e muitas vezes desafiante, é que muitas vezes o referido preconceito surge dos próprios pais e responsáveis, seja pela falta de entendimento ou de aceitação. De acordo com Foucault (2013), “O “anormal” é antes de mais nada um monstro moral”, que é impretado nas primícias, em muitos casos, do lar.
Como cuidar dos cuidadores das crianças atipicas de Junco do Seridó-PB
Satisfação dos participantes do grupo; fortalecimento de vínculos; fortalecimento da intersetorialidade; promoção de políticas públicas da assistência social e da saúde.
Envolver outros profissionais da atenção básica e equipe multi, realizar oficinas para educação permanente.
Junco do Seridó, PB, Brasil
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO