Práticas
- Atenção Primária à Saúde
CLAUDIANA DOS SANTOS SILVA
- 23 abr 2025
Apresentação:
A realização das pequenas cirurgias na Atenção Primária à Saúde (APS) vem garantir o acesso universal e contínuo a serviços que antes só seriam realizados em ambiente hospitalar, essa prática promove acessibilidade contribui com a prevenção de infecções cruzadas, evitando o deslocamento de usuários até as unidades hospitalares.
Atuação da estratégia da APS como porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), fortalece a relação entre profissionais e comunidade e busca melhorar a qualidade de vida, com ações voltadas as necessidades do indivíduo e da comunidade, oferecendo cuidados de forma resolutiva e humanizada. As pequenas cirurgias realizadas na APS são procedimentos de baixa complexidade, como remoção de cistos, exérese de lipoma e drenagem de abscessos.
O Caderno de Atenção Primária de número 30, intitulado Procedimentos, aborda alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos que podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), as intervenções são regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CRM), essenciais para ampliar a resolutividade da APS, reduzindo a sobrecarga de serviços especializados e promovendo maior acessibilidade e satisfação dos usuários.
OBJETIVOS:
Promover acessibilidade assistencial, através da realização de pequenas cirurgias na APS;
Diminuir as demandas do território de forma eficiente e humanizada através da realização de pequenos procedimentos cirúrgicos;
Reduzir a sobrecarga dos serviços especializados de média e alta complexidade com a realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno porte;
Contribuir com a não hospitalização através da realização de pequenos procedimentos cirúrgicos na APS;
Evitar infecções cruzadas em ambiente hospitalar;
METODOLOGIA:
A realização de ações com assistência a saúde, em territórios periféricos e distantes do grande centro, com o abjetivo de reduzir as filas de espera de procedimentos, consultas e exames, possibilitou identificar necessidades de pequenos cirurgias, a realização de tais procedimentos na área de abrangência evita o deslocamento do usuário residentes nas periferias, a fim de facilitar o acesso e promover a saúde.
A avaliação da situação clínica dos pacientes, como também a organização do ambiente para realização do procedimento é planejada entre a equipe da APS e os profissionais do centro cirúrgico do hospital de referência, que fornecem todo material de suporte técnico.
Tendo em vista o grande número de usuários que necessitam da realização dos procedimentos, que moram afastados das unidades hospitalares e possuem perfil social de baixa renda, após prescrição médica do procedimento é realizada a triagem e o agendamento, dentro do cronograma disponível, com garantia da realização em curto intervalo de tempo.
Minimizar a sobrecarga de unidades de saúde de maior complexidade através da execução de procedimentos na Atenção Primária á Saúde, agilizando e diminuindo o tempo de espera.
Facilitar o acesso da população a pequenas cirurgias, especialmente em áreas mais afastadas dos hospitais de difícil acesso ou com população de baixa renda.
No período de um ano e meio, foram realizados em média 1.600 procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, dentre eles remoção de cistos ou lipomas, realização de suturas, drenagens de abscessos, extrações de verrugas ou lesões cutâneas.
Através da realização dos procedimentos cirúrgicos na APS, foi possível garantir o acesso de forma humanizada, facilitando aos pacientes acessibilidade, além de promover a ampliação e a capacidade de resposta da APS às necessidades de saúde da população.
A realização de procedimentos dermatológicos simples, como a remoção de sinais e verrugas, constitui de grande importância e vem devolvendo a autoestima à população beneficiada, que na sua grande maioria é formada por mulheres idosas e com grande dificuldade de locomoção.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), a descentralização de serviços traz agilidade e melhoria da assistência.
A realização de pequenas cirurgias de baixa complexidade nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e policlínicas, demonstram-se fundamentais para reduzir as filas de espera e a sobrecarga dos serviços de maior complexidade, ao mesmo tempo que proporcionam cuidado integral e humanizado.
Por meio de ações planejadas, que incluem a avaliação clínica, a adequação da infraestrutura predial e o uso de práticas humanizadas, a APS tem sido capaz de atender às demandas locais de forma eficiente, promovendo equidade e acessibilidade, especialmente em regiões periféricas.
Essa abordagem favorece a saúde pública, reduz a hospitalização, evita infecções cruzadas e fortalece o vínculo entre a comunidade e os serviços de saúde locais.
Portanto, esta experiência reforça a importância de continuar investindo em estratégias que valorizem a APS como porta de entrada resolutiva e humanizada do SUS.
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