FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA:Mostrar que simples ações podem mudar o perfil de saúde de uma comunidade e que há necessidade do empenho da equipe para busca ativas de novos casos e para que os objetivos possam ser atingidos.DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: O município de Cristino Castro ainda era um dos muitos municípios do Brasil a possuir um quantitativo enorme de distúrbios mentais incubados na sociedade em que as estratégias presentes na Atenção Básica mantinham esse numero, mas não trabalhava na busca de novos casos e tratamentos adequados aos existentes. Desde Fevereiro de 2013 foi contratado um médico com Especialidade em Saúde Mental para trabalhar em conjunto com a Atenção Básica e sensibilizar toda a equipe. Os Agentes Comunitários de Saúde fizeram um levantamento na comunidade, juntamente com a equipe de enfermagem, de pessoas que apresentam, independente de tratar ou não, qualquer distúrbio mental. O quantitativo levantado foi de 84 pessoas, inicialmente com quadros mais graves, e foi montado uma estratégia de acompanhamento semanal desses pacientes com base no grau de prioridade. O enfoque maior foi na continuidade da assistência, pois sempre é um nó critico, pois a maioria dos problemas há necessidade de psicoterapia, oficinas, etc, e não somente o uso de medicamento. O Núcleo de Apoio a Saúde da Família e o Serviço de Assistência Social vieram dando suporte à manutenção da continuidade da assistência, através de seus Psicólogos, até que o projeto do CAPS do município fosse aprovado e liberado. Hoje as pessoas já fazem acompanhamento em local adequado e a Secretaria Municipal de Saúde já busca pela construção da sede própria. Todos os profissionais do município após, sensibilização da equipe que compõe o Centro de Apoio Psicossocial, passaram a ver a saúde mental como uma responsabilidade de todos e não algo que apenas requer encaminhamento. No plano de ações para saúde mental os funcionários também receberão palestras sobre os principais distúrbios mentais e motivação.INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS:Segundo Medeiros (2005 é importante ressaltar que os sofrimentos psíquicos representam quatro das dez principais causas de incapacitação em todo o mundo. Apesar de Estudos realizados no Brasil, apuraram que os pacientes com diagnóstico de transtorno mental orgânico representam entre 4 e 8% dos usuários destes serviços os números, inicialmente encontrados em nossa cidade, já muda o perfil de saúde mental do localDos 84 pacientes prioritários (mais graves) que iniciaram o tratamento de imediato, 30% já estão apenas em acompanhamento de rotina mas com bom convívio social. Os demais posteriormente foram avaliados e hoje 53 pacientes fazem acompanhamento continuo acrescentados da demanda espontânea ou encaminhada advinda de casos novos.OBSERVAÇÕES/AVALIAÇÃO/MONITORAMENTOApesar da saúde mental ser uma Política pública de obrigatoriedade nos municípios observamos a sua fragilidade e as pequenas açõ
A Legislação em Saúde Mental, no decorrer da última década, passou por importantes e significativas transformações: de um modelo assistencial centrado no hospital para um modelo de atenção diversificada, de base territorial comunitária. O processo de construção da legislação em Saúde Mental surge com o advento da Reforma Psiquiátrica, mas o mesmo não se faz apenas com leis e propostas, as mesmas precisam ser efetivamente implantadas e exercitadas no cotidiano das transformações institucionais, dos serviços e das práticas e relações interpessoais.Portanto, para trabalhar num contexto que em saúde mental esteja na prática junto às comunidades é imprescindível que os profissionais estabeleçam uma relação entre as ciências da saúde, as ciências sociais e a educação, com a finalidade de promover uma ação educativa democrática, respeitando a liberdade individual em busca do processo de conscientização (PESSANHA
Todos os municípios tem hoje, mesmo que em rede, ha possibilidade de criar estratégias como essa e ter resultados positivos e impactantes como: redução do fluxo de pacientes em retratamento dos mesmos sintomas, garantia da reinserção social, cumprimento da Política Nacional de Saúde Mental. A sugestão é fazer, antes de tudo, a sensibilização de todos os componentes da equipe e busca ativa na comunidade de quem precisa de acompanhamento.Conclui-se que com força de vontade e trabalho em equipe podemos mudar a realidade e o perfil de saúde de um município ou região, no que diz respeito à saúde mental. Com os resultados aparecendo a própria população vai dando credibilidade ao serviço prestado e passa a procurar e aceitar a assistência em saúde mental como uma estratégia solida na Atenção Básica.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO