- Promoção da Saúde
Bruno Henrique da Silva Ramos
- 18 nov 2024
Em 1998 e 1999, técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, Secretaria Municipal da Criança e Sociedade Paranaense de Pediatria, realizaram um levantamento no Instituto Médico Legal de Curitiba (IML), evidenciando um número significativo de crianças e adolescentes vítimas de violência. Também foram levantados dados de atendimento pelo SOS Criança e pelo Conselho Tutelar. A magnitude do problema, evidenciado pelo grande número de negligências, de violências física, sexual e psicológica, e os casos de abandono, apontaram para a necessidade urgente da criação e implantação de um sistema de ações integradas e intersetoriais no município de Curitiba para prevenir a violência, principalmente a doméstica e a sexual, e proteger a criança e o adolescente em situação de risco para a violência, que teve início em 2000. Em 2007, foram incluídas na notificação obrigatória os campos referentes à violência fetal e à autoagressão. No início de 2009, foi organizado um conjunto de ações integradas e intersetoriais para a vigilância e atenção às gestantes e aos lactentes em situação de vulnerabilidade por meio da identificação dos casos nas notificações e promoção de ações priorizadas e potencializadas direcionadas a essa população de risco. A) Objetivos e metas da experiência desenvolvida: contribuir, de forma integrada para a redução da violência contra a criança e o adolescente em Curitiba, principalmente no que se refere à violência doméstica e sexual, estimulando a notificação dos casos.
Redução da violência contra a criança e o adolescente, principalmente no que se refere à violência doméstica e sexual.
Esta prática já tem sido uma referência para outros municípios do Paraná, os quais acessam o protocolo da rede de proteção pelo site da prefeitura e frequentemente chamam os técnicos para assessorar a implantação da rede de proteção no município. Os técnicos também são convidados para proferir palestras de sensibilização e capacitação em outros municípios do estado e de outros estados. O diferencial da rede de proteção de Curitiba é a articulação e ação conjunta da saúde com a educação e assistência social, e a articulação com outros setores da prefeitura e fora da prefeitura.
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