- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Realizar um diagnóstico da demanda de classificação azul e verde, atendida no pronto socorro infantil Cosme Damião, em Porto Velho, com vistas a identificar os motivos que levam os usuários ambulatoriais a procurar este serviço, bem como: Identificar o perfil da demanda ambulatorial atendida no HICD.
A realização da presente experiência pautou-se na necessidade de desenvolver um estudo de intervenção, mediante a crescente demanda ambulatorial inserida no serviço de urgência e emergência do Hospital e Pronto Socorro Infantil Cosme e Damião (HICD), de gestão estadual, bem como na necessidade de identificação do perfil da demanda ambulatorial atendida na unidade hospitalar. A identificação desta clientela por meio de diagnóstico e da educação em saúde propiciou uma reeducação da comunidade ambulatorial, que procurava a porta de entrada do HICD, identificando assim os perfis e prioritariamente os motivos que levavam pais e responsáveis pelas crianças a procurarem o serviço, formatando um fluxo invertido da Rede de Atenção à Saúde da cidade de Porto Velho. Após a identificação, o projeto subsidiou algumas intervenções com foco nos problemas e nas evidências identificadas por meio deste diagnóstico.
A realização desta experiência pode ser entendida como um divisor de águas para a reorganização da RAS da criança de Porto Velho. O diagnóstico desvelou alguns pontos de estrangulamento caracterizando-se como um grande desafio para o monitoramento das ações realizadas pela AB da cidade. A fragilidade de vínculo entre as equipes de saúde da família e a comunidade, parece se conformar no principal fator de aumento da demanda ambulatorial no único hospital e pronto socorro infantil do estado, de acordo com os dados levantados. Os achados propiciaram uma ação conjunta entre os gestores do estado e do município, com o apoio do Ministério Público de Rondônia, na elaboração de um novo desenho da RAS, criando novos pontos de atendimento ambulatorial para crianças de 0 a 5 anos, bem como potencializando a educação em saúde das equipes de saúde da família. O agente Comunitário de Saúde, foi identificado como peça fundamental deste processo, na captação e sensibilização dos usuários dos bairros identificados como prioridade, para aderirem aos serviços ofertados a esta clientela nas UBS. Outro fator importante desvelado foi identificação de uma cultura social, que visualiza o HICD como a principal porta de entrada para as demandas de saúde da criança. No imaginário dos usuários entrevistados, os profissionais médicos que atuam no HICD são os únicos profissionais habilitados ao atendimento de crianças. De acordo com relatos, a não procura das UBS se deve pela ausência de pediatras nestes ambientes. Atualmente, o projeto está em sua segunda fase, contando com apoio de atores da SESAU-RO, SEMUSA, MP-RO e IES.
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