O câncer de mama apresenta grande incidência e significativos índices de morbidade e mortalidade no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, em geral, esse é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, excetuando-se os tumores de pele não melanoma. Para o ano de 2014 foram estimados 57000 casos novos, que representam uma taxa de incidência de 57,0 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2014). Se diagnosticado e tratado precocemente o câncer de mama tem, relativamente, um bom prognóstico.Apesar disso, 50% dos casos são diagnosticados tardiamente quando a doença se encontra em estádios avançados. A detecção tardia pode ser explicada pelo fato das mulheres não controlarem os fatores de risco associados à doença – obesidade e sedentarismo, não fazerem a autopalpação de forma rotineira e pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde para o alcance da cobertura adequada da população alvo no rastreamento. O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental na chance de cura da mulher e está diretamente relacionado ao acesso à informação para as pacientes. Tanto o tratamento quanto o prognóstico do câncer de mama variam de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases, o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. É importante que as mulheres mantenham-se atentas às alterações em suas mamas e reportem qualquer alteração ao profissional de saúde, reconhecendo-se desta forma, a efetividade potencial do estímulo à prática da auto palpação como estratégia complementar, não devendo esse ser utilizado como estratégia isolada de detecção do câncer de mama (INCA, 2012). O acompanhamento das mulheres com ou sem o câncer de mama deve ser feito ao longo de todo o processo de rastreamento e detecção da doença. Além disso, o apoio e cuidados devem se estender para as fases mais tardias do pós operatório, compreendendo também as complicações tardias -linfedema, restrição de movimento do ombro, dor local, aderência cicatricial e pior qualidade de vida nas mulheres. O controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, lançado pela Presidenta da República, em 2011.