- Atenção Primária à Saúde
Valmir Gomes de Souza
- 24 abr 2024
Este artigo trata da utilização do planejamento estratégico na gestão dos serviços de saúde, tendo como foco a assistência farmacêutica (AF) no município de Cedro/CE, apresentando o momento da construção e da aplicação do plano operativo (PO), utilizando-se como base o método do planejamento estratégico situacional (PES). O presente trabalho caracteriza-se como um estudo de cunho descritivo, do tipo relato de experiência, no qual, se descreve a experiência vivenciada na construção participativa do plano operativo, a partir do diagnóstico situacional com identificação dos problemas prioritários e na sua aplicação para a melhoria do serviço de saúde. A partir da causa “estrutura inadequada do serviço” e da consequência pacientes sem medicamentos, foi definido o objetivo geral: qualificar a distribuição e o acesso dos pacientes aos medicamentos essenciais nas farmácias das unidades básicas de saúde (UBS). Das ações e metas do plano operativo aplicadas na gestão da AF destacamos a aquisição de veículo exclusivo para o transporte de medicamentos, a aquisição de mobílias, computadores e centrais de ar para as Farmácias das UBS e CAF, contratação de funcionários, implantação do sistema Hórus nas farmácias, e troca de experiência no âmbito da AF através das oficinas participativas. A construção e aplicação do PO significou uma melhor utilização dos recursos disponíveis na AF do SUS, para investir na estruturação e qualificação do serviço para garantia do acesso do paciente aos medicamentos essenciais.
O problema priorizado foi: A falta de Medicamentos e o excesso de burocracia no acesso e na distribuição dos mesmos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A partir da causa convergente: estrutura inadequada do serviço e da consequência convergente: pacientes sem medicamentos, o objetivo geral definido foi Qualificar a distribuição e o acesso dos pacientes aos Medicamentos essenciais nas UBS.
A estruturação da AF se configura em um dos grandes desafios que se apresenta aos gestores e profissionais da Saúde, especialmente pela necessidade de aperfeiçoamento contínuo com busca de novas estratégias no seu gerenciamento. Reconhecemos que as oficinas participativas se constituíram em espaços para planejamento, comunicação e troca de experiência. Nesse processo foi necessário articulação e sensibilização dos participantes das oficinas, bem como da Gestora da Saúde, o Prefeito municipal, técnicos da Secretaria de Administração e o próprio Conselho de Saúde. Esse processo de construção do Plano trouxe estímulo à participação e criatividade das pessoas, motivando-as e gerando compromissos. Também produziu uma lista de problemas, causas e consequências, e suas inter-relações, que poderão ser utilizadas no futuro para a formulação de outros Planos na AF do município para a continuidade do processo de planejamento para a melhoria do acesso, na qualificação do serviço e de educação e promoção ao uso racional de medicamentos.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO