Finalidade da experiência:
No Brasil, o uso incorreto de medicamentos deve-se comumente a: polifarmácia, uso indiscriminado de antibióticos, prescrição não orientada por diretrizes, automedicação inapropriada e desmedido armamentário terapêutico disponibilizado comercialmente. O uso abusivo, insuficiente ou inadequado de medicamentos lesa a população e desperdiça os recursos públicos. O contrário dessa realidade constitui o que se denominou de uso racional de medicamentos, referindo-se à necessidade de o paciente receber o medicamento apropriado, na dose correta, por adequado período de tempo, a baixo custo para ele e para a comunidade (Brasil, 2010). Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a forma mais efetiva de melhorar o uso de medicamentos na atenção primária em países em desenvolvimento é a combinação de educação e supervisão dos profissionais de saúde, educação do consumidor e garantia de adequado acesso a medicamentos apropriados. Todavia qualquer uma dessas estratégias, isoladamente, logra impacto limitado. O sucesso terapêutico no tratamento de doenças depende de bases que permitam a escolha do tratamento medicamentoso e/ou não medicamentoso, a seleção do medicamento de forma científica e racional considerando a sua efetividade, segurança e custo, bem como a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna, a dispersão em condições adequadas e a utilização pelo usuário de forma correta. O uso racional de medicamentos contribui para melhores resultados do sistema de saúde na medida em que aumenta a satisfação dos usuários e diminui custos, pois garante uma adequada utilização dos recursos disponíveis e otimização do tratamento, por meio dos seguintes fatores: aumento da adesão do paciente à terapia proposta e uso correto.
Diante do êxito da Campanha de Coleta de Medicamentos, a Secretaria Municipal de Saúde está ampliando a coleta às farmácias comunitárias (privadas) e UBS (Unidades Básicas de Saúde) da cidade, colocando coletores seletivos. O município vai estruturar uma sala mais ampla, a Farmácia Solidária, dentro da Secretaria, com todas as condições físicas e ambientais para triagem, armazenamento e dispersão adequada dos medicamentos. Esta servirá de referência para devolução de medicamentos não mais utilizados, oriundos das residências dos cidadãos alto-rodriguenses. O uso irracional, além de gerar custos ao paciente, que pode estar sendo tratado da maneira mais adequada e assim levará mais tempo para a cura, também onera o sistema público de saúde. As pessoas tem que entender que o medicamento também é uma droga e quando usada em excesso ou com mau uso, ou seja, sem orientação de um profissional farmacêutico e/ou médico, pode trazer malefícios imensuráveis à saúde do indivíduo, podendo deixar sequelas irreparáveis a vida toda. A educação permanente aos usuários do SUS e a supervisão por parte dos profissionais de saúde com o suo e descarte adequado do medicamento deve ser um processo constante para que haja menos prejuízo à vida humana e ao meio ambiente.
Av. Angelo Varela, no 295, Alto do Rodrigues - RN, Brasil
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