PCP Conexões é um protocolo integrativo de 25 dias desenvolvido para apoiar mudanças de hábitos sustentáveis por meio da autorreflexão diária e micro-ações guiadas. Fundamentado no ciclo PDCA (Planejar-Fazer-Verificar-Agir) e adaptado a partir dos parâmetros de qualidade da ISO 9001, o protocolo incorpora conceitos do Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (Prochaska & DiClemente), escrita expressiva, neurolinguística e ciência da melhoria. Já foi implementado com mais de 360 participantes — em sua maioria mulheres — que vivenciam altas demandas emocionais, sobrecarga sensorial e rotinas fragmentadas.
A metodologia surgiu em 2020, quando a autora — após mais de uma década como executiva corporativa na área de gestão da qualidade e desenvolvimento de pessoas, liderando equipes multidisciplinares de mais de 200 profissionais — realizou uma transição de carreira e aplicou princípios de melhoria contínua à própria vida para se recuperar do burnout e da infertilidade. Dessa intersecção entre expertise de alta performance e vulnerabilidade vivida, nasceu um método estruturado e acessível, que integra rigor técnico e profundidade humana. O PCP Conexões ressignifica a lógica clássica do PDCA, de ferramenta organizacional, em um modelo de transformação pessoal, sensorial e emocional.
O protocolo se distancia de modelos lineares e masculinos (como a “Jornada do Herói de 21 dias”) e acolhe dinâmicas cíclicas, intuitivas e sensoriais das rotinas femininas — especialmente relevantes em contextos de cuidado, tarefas domésticas e múltiplas demandas. Respeita os ritmos individuais enquanto promove ação consistente por meio de pequenas práticas diárias.
Os participantes interagem com estímulos diários (em vídeo, texto ou caderno de atividades) voltados a fomentar a escuta interna, a autoconsciência e a presença corporal. Cada dia inclui uma breve reflexão escrita (aprox. 15 minutos), ajudando-os a formular microcompromissos pessoais e a mudar seu comportamento de forma gradual. Não é necessário treinamento prévio ou formação avançada — apenas letramento básico e abertura para a auto-observação.
Desenhado como uma tecnologia social leve, o protocolo pode ser implementado em diversos contextos: programas comunitários de saúde, escolas públicas, casas-abrigo para mulheres, iniciativas de bem-estar corporativo e serviços de saúde mental. Seu caráter de baixo custo, escalabilidade e linguagem acessível o torna um forte candidato à aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente por meio de facilitadores capacitados ou agentes comunitários de saúde.
Baixa adesão a programas de mudança de estilo de vida devido à falta de personalização e apoio emocional.
Altos índices de burnout, ansiedade e insônia relacionados a rotinas desorganizadas e sobrecarga sensorial.
Sobrecarga de mulheres em funções de cuidado, sem tempo ou ferramentas estruturadas para o autocuidado.
Escassez de metodologias acessíveis e de baixo custo para mudança de comportamento nos sistemas públicos de saúde.
Dificuldade em sustentar compromissos relacionados à saúde sem pressão externa ou supervisão clínica.
Fragmentação entre intervenções técnicas e a experiência vivida, sobretudo em comunidades em vulnerabilidade.
O protocolo PCP Conexões já contou com mais de 360 participações em 18 edições guiadas, com diversos indivíduos optando por repetir a experiência em diferentes contextos de vida. Cada ciclo representa uma jornada estruturada de transformação de hábitos, baseada em reflexão diária e prática corporal. Mais de 80% dos participantes relatam manter as rotinas do protocolo após os 25 dias iniciais.
Principais resultados incluem:
Adoção de atividade física regular após anos de inatividade.
Eliminação de até 14kg sem dietas restritivas.
Recuperação de padrões saudáveis de sono e redução de sintomas de ansiedade.
Retorno a atividades profissionais e acadêmicas após exaustão emocional ou burnout ligado ao cuidado.
Fortalecimento da tomada de decisão, autorregulação e organização do tempo.
Maior clareza emocional, autonomia e práticas sustentáveis de autocuidado.
O protocolo tem se mostrado especialmente eficaz para indivíduos sem acesso a terapia ou programas estruturados, em especial mulheres que acumulam múltiplas responsabilidades em ambientes emocionalmente exigentes.
Recomendações:
Realizar projetos-piloto em Unidades Básicas de Saúde, com agentes comunitários ou facilitadores treinados.
Integrar o protocolo em programas de saúde mental e promoção da saúde, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Utilizar o caderno de atividades e materiais diários como ferramentas educativas de baixo custo para fomentar autonomia e continuidade.
Promover a formação de facilitadores entre profissionais da educação, saúde pública e serviços sociais para ampliar o alcance.
Desafios:
Resistência institucional a metodologias híbridas que combinam estrutura científica com subjetividade e práticas sensoriais.
Escalonar o protocolo sem perder profundidade e personalização.
Superar paradigmas culturais sobre como hábitos são formados e sustentados, especialmente em populações sobrecarregadas.
Garantir acompanhamento contínuo sem criar dependência clínica ou exigir infraestrutura complexa.
PCP Conexões is a 25-day integrative protocol designed to support sustainable habit change through daily self-reflection and guided micro-actions. Rooted in the PDCA (Plan-Do-Check-Act) cycle and adapted from ISO 9001 quality parameters, the protocol incorporates concepts from the Transtheoretical Model of Behavior Change (Prochaska & DiClemente), expressive writing, neurolinguistics, and improvement science. It has been implemented with over 360 participants—primarily women—who experience high emotional demands, sensory overload, and fragmented routines.
The methodology emerged in 2020, when the author—after more than a decade as a corporate executive in the field of quality management and people development, leading multidisciplinary teams of over 200 professionals—transitioned careers and applied continuous improvement principles to her own life to recover from burnout and infertility. From this intersection of high-performance expertise and lived vulnerability, a structured and accessible method was born, integrating technical rigor with human depth. PCP Conexões reframes the classic PDCA logic from an organizational tool into a personal, sensory, and emotional transformation model.
The protocol moves away from masculine, linear models (such as the “21-day Hero’s Journey”) and embraces the cyclical, intuitive, and sensory dynamics of feminine routines—especially relevant in domestic, caregiving, and multitasking contexts. It respects individual rhythms while promoting consistent action through small, daily practices.
Participants engage with daily prompts (via video, text, or workbook) designed to foster internal listening, self-awareness, and embodied presence. Each day includes a short written reflection (approx. 15 minutes), helping them formulate personal micro-commitments and gradually shift their behavior. No previous training or advanced education is required—just basic literacy and openness to self-observation.
Designed as a light social technology, the protocol can be implemented in a range of contexts: community health programs, public schools, women's shelters, corporate well-being initiatives, and mental health services. Its low-cost, scalable nature and language accessibility make it a strong candidate for application within Brazil’s Unified Health System (SUS), especially through trained facilitators or community health agents.
- Low adherence to lifestyle change programs due to lack of personalization and emotional support.
- High rates of burnout, anxiety, and insomnia related to disorganized routines and sensory overload.
- Overload of women in caregiving roles with no structured time or tools for self-care.
- Scarcity of accessible, low-cost methodologies for behavior change in public health systems.
- Difficulty sustaining health-related commitments without external pressure or clinical supervision.
- Fragmentation between technical interventions and lived experience, especially in underserved communities.
The PCP Conexões protocol has had over 360 participations across 18 guided editions, with several individuals choosing to repeat the experience in different life contexts. Each cycle represents a structured journey of habit transformation, grounded in daily reflection and embodied practice. More than 80% of participants report continuing the protocol's routines after the initial 25-day experience.
Key outcomes include:
- Adoption of regular physical activity after years of inactivity.
- Elimination of up to 14kg in weight without restrictive diets.
- Recovery of healthy sleep patterns and reduction of anxiety symptoms.
- Return to professional and academic activities after emotional exhaustion or caregiving burnout.
- Strengthened decision-making, self-regulation, and time organization.
- Increased emotional clarity, autonomy, and sustainable self-care practices.
- The protocol has proven especially effective for individuals without access to therapy or structured programs, particularly women managing multiple responsibilities in emotionally demanding environments.
Recommendations:
- Pilot the protocol in Primary Health Units through trained community health agents or facilitators.
- Integrate the protocol into mental health and health promotion programs, particularly for women in vulnerable situations.
- Use the workbook and daily materials as low-cost educational tools to encourage autonomy and continuity.
- Promote facilitator training among professionals in education, public health, and social services to expand reach.
Challenges:
- Institutional resistance to hybrid methodologies that combine scientific structure with subjectivity and sensory practices.
- Scaling the protocol while maintaining depth and personalization.
- Overcoming cultural paradigms around how habits are formed and sustained, especially in overburdened populations.
- Ensuring continuous follow-up without clinical dependence or complex infrastructure.
