Lançado em 2023 pela RD Saúde, a maior rede de farmácias do Brasil, o Farol atua para reduzir desigualdades em saúde nas periferias urbanas por meio de um modelo integrativo e comunitário. Localizado em Capão Redondo, zona sul de São Paulo, atende as comunidades de Jardim Lídia e Jardim Maracá, regiões com alta vulnerabilidade social e acesso limitado a serviços de saúde.
Como negócio social de impacto, Farol combina estratégia empresarial e missão social, reinvestindo lucros para sustentar e expandir suas operações. O projeto visa:
Ampliar o acesso a práticas de saúde integrativa e complementar em populações vulneráveis;
Desenvolver modelo replicável de atenção comunitária que combine conhecimento tradicional e expertise farmacêutica;
Fortalecer redes territoriais de saúde em colaboração com o SUS.
Desenvolvimento Cronológico
2019: Revisão estratégica da RD Saúde.
2020: Introdução de conceitos de negócios sociais.
2021–2022: Estudos de viabilidade e design conceitual.
2023: Definição estratégica e engajamento comunitário inicial.
2024: Inauguração da Casa Farol e início dos serviços.
2025 (Q1–Q2): Consolidação, coleta de dados e refinamento do modelo.
O modelo Farol opera em duas linhas principais: saúde mental e manejo da dor crônica, integradas em quatro eixos:
Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI): yoga, meditação, aromaterapia, fitoterapia, grupos de apoio e oficinas educativas, alinhadas a diretrizes da OMS e políticas públicas brasileiras (PNPIC/SUS).
Farmácia Integrativa (“Núcleo Farma”): orientação sobre plantas medicinais, medicamentos OTC, ferramentas de autocuidado e protocolos integrativos.
Engajamento Comunitário e Ativação Social: círculos de escuta, parcerias com escolas e unidades de saúde, oficinas de liderança comunitária.
Jornada Individual de Cuidado: avaliação inicial, plano de cuidado personalizado, acompanhamento e transição para atividades grupais e comunitárias.
População e Equipe
Mulheres, cuidadoras e lideranças comunitárias são o público-alvo. A equipe multidisciplinar inclui naturopatas, farmacêuticos, enfermeiros, assistentes sociais e educadores em saúde, com parcerias da Associação Monte Azul e profissionais do SUS.
Principais Desafios
Acesso limitado à saúde mental nas periferias
Alta prevalência de dor crônica sem opções adequadas
Fragmentação entre práticas comunitárias e sistema formal de saúde
Baixo investimento público em promoção da saúde
Barreiras estruturais para adoção de hábitos saudáveis
Desafios regulatórios e culturais em parcerias público-privadas
Quantitativos (Q2 2025): 3.211 participações em atividades grupais; 210 planos de cuidado iniciados (75% adesão); NPS 97; satisfação média 9,8/10; 65% relataram melhora na qualidade de vida; 83% melhoras em saúde mental/dor.
Qualitativos: testemunhos espontâneos, retenção de usuários via boca a boca, fortalecimento de redes locais, referência técnica em saúde integrativa.
Inovações: Núcleo Farma como ponte entre farmácia corporativa e inovação comunitária; sistema de prontuário comunitário digital e físico; modelo replicável de MTCI em áreas de baixa renda; ferramentas de autocuidado de baixo custo; estratégias de expansão via Farol LAB.
Aprendizados: parcerias comunitárias de confiança são essenciais; usuários buscam cuidado preventivo; adaptações culturais aumentam eficácia e adesão; intervenções de baixo custo podem gerar impactos significativos.
Estabelecer alianças transparentes com atores comunitários
Treinar equipes multidisciplinares integrando conhecimentos tradicionais e convencionais
Formalizar colaborações com autoridades de saúde (MoUs com SUS)
Documentar protocolos para replicação
Combinar métricas quantitativas e narrativas
Evitar dependência de doações; usar receitas para sustentabilidade
Expandir modelo para outras áreas urbanas via Farol LAB
Desenvolver programas nacionais de treinamento em saúde integrativa
Integrar ferramentas digitais e IA para monitoramento e promoção da saúde
Estratégia de Sustentabilidade
Financiamento híbrido: 1% do lucro líquido anual da RD Saúde + 2% da receita de produtos NATZ
Aproveitamento da rede de farmácias da RD Saúde para infraestrutura e logística
Alinhamento com políticas nacionais que reconhecem práticas integrativas
Construção progressiva de autonomia comunitária e capacitação
Farol is a corporate social business launched in 2023 by RD Saúde, Brazil's largest pharmacy chain, to address persistent health inequities in urban peripheries through an integrative and community-based care model. Situated in Capão Redondo, in the South Zone of São Paulo, Farol serves the communities of Jardim Lídia and Jardim Maracá—areas marked by significant social vulnerability and limited access to healthcare services.
As a social impact business, Farol blends entrepreneurial strategy with a social mission: generating positive outcomes for society while ensuring financial sustainability. Rather than operating solely on philanthropic resources, it adopts a hybrid funding model that reinvests profits to sustain and expand its operations.
Objectives:
The project seeks to:
Improve access to integrative and complementary health practices for underserved populations.
Develop a replicable model of community-based healthcare that combines traditional knowledge with pharmaceutical expertise.
Strengthen territorial health networks in collaboration with Brazil's Unified Health System (SUS).
Chronological Development:
2019: Strategic review at RD Saúde—commitment to a healthier society.
2020: Introduction of social business concepts.
2021–2022: Feasibility studies and concept design.
2023: Strategic definition and early community engagement.
2024: Inauguration of Casa Farol, the physical care hub; launch of services.
2025 (Q1–Q2): Consolidation phase with systematic data collection and model refinement.
Materials and Methods:
The Farol model is structured around two main care lines—mental health and chronic pain management—delivered across four integrated axes:
Traditional, Complementary and Integrative Medicine (TCIM):
Includes individual and group activities like yoga, meditation, aromatherapy, phytotherapy, support groups, and educational workshops. All practices are aligned with WHO guidelines and recognized in Brazil’s public health policy (PNPIC/SUS).
Integrative Pharmacy (“Núcleo Farma”):
Merges pharmaceutical knowledge with traditional practices. Services include guidance on medicinal plants, over-the-counter medications, self-care tools (teas, foot baths), and development of in-pharmacy protocols integrating TCIM.
Community Engagement and Social Activation:
Builds trust through listening circles, school and health unit partnerships, and community leadership workshops. The strategy promotes social mobilization and knowledge exchange between traditional knowledge holders and health professionals.
Individual Care Journey:
Offers initial assessment, clinical evaluation by a multidisciplinary team, personalized care plans, and periodic follow-ups. Patients are then encouraged to transition into group-based activities and community health initiatives.
Participants:
The multidisciplinary team comprises naturopaths, social workers, pharmacists, nurses, and health educators. Services are implemented in partnership with Associação Monte Azul and local SUS professionals. The primary population served includes women, caregivers, and community leaders from target territories.
Key Challenges Addressed:
Lack of access to mental health care in peripheral areas
High prevalence of chronic pain with insufficient treatment options
Fragmentation between traditional community practices and formal health systems
Low public investment in health promotion and disease prevention
Structural barriers to adopting healthier lifestyles
Regulatory and cultural challenges in public-private partnerships
Outcomes (as of Q2 2025):
Quantitative Results:
3,211 participations in open group activities, directly benefiting 2,648 individuals
210 personalized care plans initiated, with a 75% adherence rate
Net Promoter Score (NPS): 97
Satisfaction: average score of 9.8/10
General activity occupancy: 54%
65% of participants reported improved quality of life (QoL)
83% of participants reported improved outcomes in mental health and/or pain management
Qualitative Evidence:
Spontaneous testimonials describing “life before and after Farol”
User retention driven by community word-of-mouth
Strengthened territorial care networks and local empowerment
Recognition as a technical reference in integrative health at the local level
Innovation Outcomes:
Establishment of the Núcleo Farma as a bridge between corporate pharmaceutical expertise and grassroots health innovation
Development of a digital and physical community-based health record system (prontuário)
Creation of a scalable public-private partnership model for TCIM in low-income areas
Integration of low-cost, high-impact self-care tools (e.g., aromatherapy kits, teas)
Ongoing design of national scaling strategies via Farol LAB
Lessons Learned:
Long-term, trust-based community partnerships are essential
Users often seek care for a problem but remain for the opportunity to promote well-being
Corporate social ventures can enable systemic innovation in public health
Preventive care and low-tech interventions can produce significant health impacts
Cultural adaptation of TCIM boosts both effectiveness and adherence
Build early and transparent alliances with community actors
Train multidisciplinary teams to integrate conventional and traditional knowledge
Establish formal collaborations with public health authorities (e.g., MoUs with SUS)
Document and share protocols to facilitate replication
Combine quantitative metrics with narrative-based evaluations
Avoid reliance on donations—allocate product revenue for sustainability (e.g., 2% from NATZ brand)
Scale model to other urban areas through Farol LAB initiative
Develop national training programs in integrative, community-based health
Advocate for broader TCIM inclusion in corporate social responsibility agendas
Integrate digital tools and AI to support service monitoring and health promotion
Sustainability Strategy:
Hybrid financing model combining 1% of RD Saúde’s annual net profit with 2% of NATZ product revenue
Leverage RD Saúde’s pharmacy network for infrastructure and logistics
Alignment with national health policies recognizing integrative practices
Progressive community ownership and capacity-building mechanisms