- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Belo Horizonte, população estimada em 2.501.576 (IBGE, 2018), é organizada em nove Regionais de Saúde com a atenção à saúde estruturada em Redes. A Atenção Primária de Saúde, coordenadora do cuidado, adota a Estratégia de Saúde da família como modelo estruturador da atenção. A Rede de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde é composta por 9 Unidades de Pronto-Atendimentos (UPAs) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, 9 hospitais públicos de urgências, Serviço de Atenção Domiciliar e Transporte Sanitário. em 2018, foram atendidos 634.389 usuários nas UPAs. Em situações de urgência, o tempo é um dos principais recursos para assegurar a assistência em tempo oportuno. o Projeto “Menos Espera, Mais Saúde”, em implantação nas UPAs, utiliza a metodologia lean e suas ferramentas para a organização dos processos de trabalho. Iniciado em janeiro de 2018 é prioridade do Planejamento Estratégico do Governo Municipal com meta de expansão para todas as UPAs de BH.
Objetivo geral: qualificar e agilizar o atendimento de urgência nas unidades de pronto atendimento de Belo Horizonte. Específicos: reduzir o tempo-resposta para o atendimento às urgências. Melhorar satisfação dos usuários e das equipes de saúde. O Menos Espera, Mais Saúde é estratégia de organização do fluxo de atendimento nas UPAs. Adotou-se o fast track/atendimento rápido, ferramenta da metodologia lean healthcare aplicada às urgências, para melhor gestão do tempo e dos recursos disponíveis. Utiliza-se o trabalho padronizado, gestão por metas, política da qualidade, 5S (organização), mapa de fluxo de valor, just in time produção exata de acordo com a demanda), gestão visual. A partir de diagnóstico operacional, elabora-se matriz de dados de entrada, passagem e saída dos pacientes atendidos na clínica médica, definindo-se com a equipe, planos de ação com indicadores para monitoramento de resultados. o Projeto é discutido junto aos colegiado de gerentes e conselhos de saúde.
Após a implantação do projeto nas UPAs Noroeste 2, UPA Leste e UPA Venda Nova no ano de 2018, foi verificado uma redução em 50% do tempo de espera entre a classificação de risco e o primeiro atendimento médico. Observou-se que o tempo médio entre a entrada do usuário e o primeiro atendimento médico, para aqueles classificados como verde, reduziu de 4h. e 15’ para 1h e 48’. o tempo entre a entrada e saída na unidade reduziu de 7h e 50’ para 3h e 25’. Para os usuários classificados como amarelo, o tempo para o primeiro atendimento médico reduziu de 1h e 29’ para 47’ e o tempo entre entrada e saída reduziu de 8h e 12’ para 2h e 54’. Destaca-se ainda a percepção de melhoria avaliada pelos usuários com a redução de conflitos. Desenvolvido de forma compartilhada com equipe de saúde da Unidade e integrado com a Atenção Primária, colegiado de gerentes, serviços de apoio logístico e conselhos de saúde, o projeto demandou ajustes e adequações de áreas físicas, repactuações de acesso e de fluxos, padronização de protocolos e treinamentos. Os impactos observados, redução do tempo-resposta, percepção positiva dos usuários e trabalhadores e integração da Rede fortalecem a diretriz de implementação em todas as UPAs de BH.
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