A unidade móvel de vacinas nas escolas municipais faz parte de uma parceria entre saúde e educação, que surgiu através da análise dos dados vacinais do município de São Leopoldo, onde verificamos que o público adolescente se encontrava com vacinas em atraso e cobertura baixa para vacinação contra covid-19, este fato reflete a ausência dos adolescentes nas unidades básicas de saúde e respectivamente nas salas de vacina. Diante deste nos reunimos para definir as escolas elencadas para projeto e criamos um cronograma de recebimento da unidade móvel em todas as escolas municipais de ensino fundamental. O projeto ocorreu da seguinte forma a unidade móvel de deslocava até a escola, alunos, pais e direção eram informados previamente, através de carta aos pais explicitando a ação e orientando trazer documentos e carteira de vacina neste dia, a unidade móvel ficava estacionada em frente a escola ou internamente no pátio, os alunos maiores puderam atualizar calendários sozinhos conforme liberação da escola por turma, já os menores foram acompanhados da professora ou do responsável pela criança até a unidade móvel de vacina. Durante este processo foram disponibilizadas as vacinas contra HPV, meningocócica acwy, tríplice viral, meningocócica c e vacina Pfizer pediátrica. Na execução do cronograma ao longo do projeto foram aplicadas 1133 doses de vacina, melhorando a cobertura vacinal deste publico infantil e protegendo das doenças imunopreveníveis, através desta ação podemos auxiliar os pais que por vezes não conseguem levar os filhos na sala de vacina.

As vacinas estiveram em foco total nos últimos dois anos devido a pandemia contra covid-19, nunca se ouviu ou se falou tanto em imunobiológico, com acesso à internet e informações rápidas e constantes, criou-se especialistas em vacinas, que são pessoas comuns sem formação na área da saúde, discutem, debatem e até orientam sobre as vacinas. Diante disso se criou muitas crenças erradas, assim como nasceu a dúvida em relação a confiança e eficácia das vacinas, com isso os movimentos antivacinas já existentes antes da pandemia ganharam mais força e auxiliaram na disseminação de notícias falsas, que contribuíram para redução das coberturas vacinais, aliadas ao medo das famílias em buscar as salas de vacina durante a pandemia. Os desafios das secretarias de saúde diante da baixas coberturas vacinais será a capacidade de fornecer meios de comunicações efetivas, investir em parcerias com outras secretarias como educação e assistência social e ampliar a oferta de salas e horários de vacinação.

Ampliar de horários das salas de vacina. Criar de casas da vacina destinada somente aos imunobiológicos com atendimento diferenciado, espaço para palestras e orientações aos pais que funcione aos finais de semana e feriados; • Instituir programa de vacinação escolar para oferta de vacinas nas escolas de educação infantil e ensino fundamental e médio; • Desenvolver instrumento de avaliação do calendário vacinal para escolas; • Realizar parceria com instituições sociais; • Retomar busca ativa de crianças faltosas; • Manter os estoques de vacinas adequados para demanda; • Manter os insumos de vacinas adequados para demanda.

O programa nacional de imunizações é um dos maiores do mundo, no atual cenário está em fase de fortalecimento, com intuito que voltar ao topo e seguir sendo exemplo para outros países. Mas para haver mudança no rumo das imunizações, será necessários que todas esferas do governo atuem juntas para combater as baixas coberturas vacinas, utilizando-se de todos recursos disponíveis e com investimento em divulgação, programas, capacitação e até mesmo estímulo para formar profissionais vacinadores. As autoridades devem estar atentas e aumentar a punição das pessoas e grupos que disseminam notícias falsas relacionadas as vacinas, somente com informações claras e seguras, campanhas e mídias que as vacinas retornaram ao patamar anterior. Estratégias municipais devem ser criativas e contínuas visando sua população considerando suas particularidades e necessidades. Neste âmbito municipal o projeto de levar a vacinação até as escolas, se mostrou uma boa estratégia, pois não só aumentou cobertura para estes grupos, como fortalece a união entre saúde e educação, conscientiza os jovens da importância dos imunobiológicos e auxilia os pais que muitas vezes não tem disponibilidade para levar os filhos em horário comercial nas salas de vacina, visando ampliação deste projeto sugerimos vacinação nas escolas de educação infantil uma vez que nesta faixa etária se concentram maior número de vacinas a serem realizadas.

Principal

Karen Quevedo Carvalho Lopes

Coautores

Karen Quevedo Carvalho Lopes

A prática foi aplicada em

São Leopoldo

Rio Grande do Sul

Sul

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde

São Leopoldo, RS, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

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ideiasus@gmail.com

23 dez 2023

CADASTRO

08 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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