- Promoção da Saúde
Bruno Henrique da Silva Ramos
- 18 nov 2024
Trabalho realizado por conveniência, sendo composto por 32 (trinta e dois) participantes, incluindo pacientes adultos, de meia idade e idosos, de ambos os sexos, com idades que variaram entre 20 a 70 anos, com diferentes níveis de escolaridade, compondo uma amostra com níveis sociodemográficos distintos. Esses pacientes demandaram atendimento psicoterápico, no período de maio a dezembro de 2015, no Ambulatório de Saúde Mental Aristides Novis. Foram 3 (três) os critérios de inclusão: 1) pacientes novos encaminhados pela equipe de acolhimento ou pelos psiquiatras da unidade.
O ambulatório de Saúde Mental Aristides Novis, local onde foi desenvolvida a experiência aqui relatada, funciona como uma unidade de referência, na área de Saúde Mental, em Salvador, Bahia, Brasil. Tem como objetivo prestar assistência gratuita na área de Saúde Mental a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de segunda à sexta-feira, no horário das 7h às 17h. Visa oferecer atendimento a uma população de aproximadamente 290.000 habitantes, constituída por 36 bairros, em sua área de abrangência. Desenvolve um trabalho em equipe interdisciplinar, à época da experiência, composta de cinco agentes administrativos, duas assistentes sociais, uma enfermeira, um farmacêutico, uma fonoaudióloga, uma gerente, quatro psicólogas e quatro psiquiatras. Durante o período de maio a dezembro de 2015 as demandas ligadas às necessidades de saúde mental mais frequentemente relatadas, por alguns pacientes, e escutadas por uma psicóloga assistente estiveram relacionadas a cuidados emocionais, ao autocuidado e à necessidade de mudança diante de sintomas prevalentes relativos à depressão, medo, angústia, ansiedade, tensões, descontrole/desequilíbrio emocional, estresse, oscilação de humor, confusão mental, preocupação com os outros, entre outros. A partir da análise cuidadosa das demandas e das necessidades de saúde mental de 32 (trinta e dois pacientes) foi possível a definição do foco central da intervenção terapêutica, fazendo-se as escolhas de temas geradores, relacionados a partir de práticas coletivas em saúde mental, desenvolvidas anteriormente (Carneiro et. al., 2013) e que, por sua vez, mobilizam e aguçam o desejo de participação em grupos (Afonso, 2006).
As experiências construídas com o projeto Projeto de Terapia Integrada com a Meia Idade e Idosos (Proteimi), no Ambulatório de Saúde Mental Aristides Novis, com 4 (quatro) grupos de psicoterapia, revelaram a importância de ser e conviver em grupo, podendo ser sentidas como vias para caminhos de encontro, mudança e transformação. Foi possível verificar a promoção da saúde mental com a construção de vínculos solidários, a valorização das experiências de vida dos participantes, o resgate da identidade, a restauração da autoestima e da confiança em si, ampliando, portanto, a percepção dos problemas e possibilidades de resoluções, além da melhoria da relação consigo próprio, com o outro e com o ambiente. Entre os diferenciais do projeto Proteimi, pode-se realçar alguns de seus propósitos, em sintonia com Merhy (1997), Lima (2005), Barreto, A. (2008) e Pessini.
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