- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Finalidade da experiência:
A população de Rio do Sul é atendida por 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 4 extensões que atuam como Estratégias Saúde da Família (ESF), estas contam com o apoio de uma equipe de Nasf. O Nasf foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. No desenvolvimento das ações do Nasf em Rio do Sul sentiu-se a necessidade de aprimorar o trabalho em equipe e buscar ações para o sistema de guias de referência e contrarreferência, diminuir os encaminhamentos consecutivos, evitar a desresponsabilização e a transferência de pacientes que deviam ser preferencialmente cuidados em seu território, sem que haja a diluição de responsabilidades entre os profissionais envolvidos, ou seja, fazer um NASF atuante em sua totalidade. Visando estas questões, analisou-se as bibliografias que tratam de Nasf e observou-se menções ao matriciamento no entanto percebeu-se pouca compreensão sobre o termo porem sabia-se da necessidade de usar esta ferramenta, a partir de estudos mais amplos como da Política Nacional de Humanização – PNH, o Caderno de Atenção Básica do Nasf e o guia prático de matriciamento em saúde mental começou-se a utilizar e a aperfeiçoar esta ferramenta no processo de trabalho. Diante disso entende-se o matriciamento como um suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações, sendo uma ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda a realidade dessas equipes. O apoio matricial facilita a vinculação do usuário aos serviços de saúde, sem que haja a diluição de responsabilidades, pois os casos são compartilhados no momento das reuniões periódicas de equipe, da discussão de casos, da definição de linhas de intervenção e de projetos terapêuticos. Pensando no processo saúde/doença e intervenção como algo complexo e dinâmico, torna-se imprescindível a participação do Nasf nos espaços de planejamento e organização da UBS reuniões gerais, reuniões de equipe, discussões de casos/estratégias, articulação com a comunidade e o conhecimento do território a partir das informações privilegiadas das UBS.
A ferramenta do matriciamento mostra-se eficaz pois atinge os objetivos propostos gerando um reflexo positivo para as equipes das UBS, do Nasf e da comunidade. Destaca-se a importância do material bibliográfico disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Considerando as finalidades deste processo de trabalho e analisando os resultados, o matriciamento constitui-se numa ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda a realidade dessas equipes e comunidades. É perceptível esta mudança após a implantação do projeto, sendo hoje uma ferramenta imprescindível para o Nasf.
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