A nova forma de arranjo organizacional implementado no município de Moju (PA) possibilitou uma melhor gestão do trabalho através da integração das equipes do Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II com as equipes de Atenção Básica e equipe do Nasf. Essas ações de matriciamento propiciaram uma diminuição da demanda de usuários de saúde mental ao CAPS II, pois as equipes de Atenção Básica abraçaram a causa. O que fomentou uma discussão ampliada, qualificada, multiprofissional e resolutiva em todos os pontos da ação terapêutica. Onde o CAPS é o dispositivo estratégico de desenvolvimento da política de saúde mental, e com apoio da atenção básica, a garantia do acesso é significativa, assim permitindo a inclusão social e a garantia dos direitos e cidadania desses usuários e suas famílias ao Sistema Único de Saúde.
Segundo Chiaverini (2011), apoio matricial ou matriciamento é compreendido com um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. Sendo um instrumento de organização do serviço e do cuidado fundamental para a construção de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS), que de acordo com a Portaria GM/MS nº 4.279/2010, estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O processo de educação permanente trouxe sensibilidade aos profissionais de saúde e ativou a troca de conhecimentos entre as equipes de atenção básica, fortaleceu as orientações e intervenções compartilhadas ao usuário do programa de saúde mental e garantiu a expansão dos serviços do programa de saúde mental na Rede de Atenção Básica municipal. A descentralização dessas ações de saúde mental possibilitou um acesso mais digno ao usuário, além de estruturar e buscar a continua implementação da rede de atenção psicossocial no município de Moju (PA).
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