Olá,

Visitante

Manejo na redução do uso de psicofármacos através de um relato de intoxicação por benzodiazepínicos

APRESENTAÇÃO
O uso constante de benzodiazepínicos (BZD) tem sido objeto de estudos devido ao aumento do seu consumo nos últimos anos, que pode estar relacionado com o estresse cotidiano, crescimento dos casos de ansiedade e distúrbios do sono. Esses problemas contribuíram para aumentar a busca por medicamentos que tratem esses sintomas. Esse uso frequente dos BZD, desencadeou uma grande preocupação para a saúde pública, devido a dependência química e suas consequências, dentre elas, efeitos colaterais indesejáveis, como tolerância, dependência, abstinência e problemas cognitivos. A tolerância está relacionada a administração repetida por longos períodos de tempo, a abstinência refere-se ao surgimento de novos sinais e sintomas que aparecem após a redução ou a descontinuação do uso de BZD, enquanto a dependência trata-se de uma doença, que envolve fatores biológicos, genéticos, sociais, psicológicos. Recentemente, no território da comunidade São Rafael, localizada no município de João Pessoa, aconteceu uma intoxicação por BZD, desencadeada pela ingestão de uma dose superior de outro BZD, o que levou os profissionais da unidade de saúde a intensificarem interconsultas, com o intuito de reduzirem o uso indiscriminado de psicofármacos pela comunidade.

OBJETIVO
Relatar um caso de intoxicação por BZD no território e a experiência da Equipe de Saúde da Família de João Pessoa, vivenciada por meio de interconsultas e estratégias para a redução no uso de psicofármacos pela comunidade. Conscientizar a população sobre o uso indiscriminado dos psicofármacos.

Trata-se de um relato de experiência, onde a partir de um caso de intoxicação por BZD, foram intensificadas estratégias e interconsultas para o manejo e diminuição no uso de psicofármacos. A intoxicação se deu da seguinte forma: uma usuária da unidade de saúde utiliza há 20 anos o diazepam 10 mg e seu filho, usa o alprazolam 2 mg. Ao acharem que se tratavam do mesmo medicamento, a mãe ingeriu 5 comprimidos de alprazolam 2 mg, para chegar na mesma dose de 10 mg. Imediamente ela apresentou sintomas como, paralisia facial, micção e desmaio. Foi levada para a UPA, onde aplicaram o antídoto flumazenil e seus sentidos foram retomados, posteriormente, foi encaminhada para cuidados na unidade de saúde. Nesse sentido, os profissionais da unidade sentiram a necessidade de tornarem rotina interconsultas entre farmacêutica, médica, enfermeira e fonoaudióloga a fim de disseminarem informações constantes sobre os riscos do uso prolongado dessa classe de medicamentos e os possíveis riscos de intoxicação com a associação com outros medicamentos.

As interconsultas são realizadas de duas formas, tanto no consultório médico como também no ambiente da farmácia. São realizadas anamnese e diversas orientações sobre uso racional de medicamentos, riscos do uso prolongado de BZD, bem como o compartilhamento deles. Com o caso relatado observa-se que os usuários de medicamentos psicoativos não possuem informações adequadas sobre os efeitos, riscos, reações adversas, interações farmacológicas dos benzodiazepínicos, e sobre os efeitos deletérios que podem acarretar para saúde do usuário. Através das interconsultas foi observada a necessidade de orientar os usuários da unidade sobre a necessidade do uso dessa classe de medicamentos, bem como as consequências à saúde com o seu uso indiscriminado. Também foi observada a necessidade de realização de campanhas educativas com os usuários e a equipe de saúde sobre os medicamentos psicoativos e os riscos que podem acarretar a saúde.

Sugere-se uma programação quinzenal para a realização de campanhas educativas a respeito do tema e agendamento para as interconsultas, visto que necessita da presença dos profissionais de saúde que possam orientar sobre o uso racional dos benzodiazepínicos.

Principal

Nathália Raíssa Gomes de Oliveira

nathalia_raissa14@hotmail.com

Farmacêutica

Coautores

Nathália Raíssa Gomes de Oliveira Ingrid Dantas Vasconcelos da Silva Carolina Carvalho Nogueira Alves Dayanne Marcelle Guedes Ferreira

A prática foi aplicada em

Todos os Municípios (AL)

Todos os Municípios (BA)

Todos os Municípios (CE)

Todos os Municípios (MA)

João Pessoa

Todos os Municípios (PE)

Todos os Municípios (PI)

Todos os Municípios (RN)

Todos os Municípios (SE)

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

USF São Rafael - Rua Arquivista Jonathas Carécas - Castelo Branco, João Pessoa - PB, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Nathália Raíssa Gomes de Oliveira

Conta vinculada

A prática foi cadastrada em

15 abr 2024

e atualizada em

15 abr 2024

Início da Execução

20/02/2024

Fim da Execução

Condição da prática

Andamento

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

Você pode se interessar também

Práticas
Aperfeiçoamento e segurança: impacto do trabalho multiprofissional na farmácia básica de Queimadas/PB
Paraíba
Práticas
Paciente protagonista de sua terapia: o cuidado farmacêutico com pacientes atendidos no CAPS de Pilar (PB)
Paraíba
Práticas
Medicamento não é lixo! Promoção do descarte ideal de medicamentos na Farmácia Básica de Boa Vista-PB
Paraíba
Práticas
Implantação de farmácias vivas nas unidades de saúde do município de Campinas (SP)
São Paulo
Práticas
Assistência Farmacêutica – Judicialização
Santa Catarina
Práticas
Implementação de serviços farmacêuticos a pacientes com asma em pronto atendimentos de Porto Alegre
Rio Grande do Sul
1 / 6123456