Levar Os Imunizantes para Perto do Usuário e Garantir a Vacinação: Desafios da Descentralização do Serviço no Município de Curralinho Pará

O Território Paraense é grande e vasto e com peculiaridades próprias, quando falamos de Região Marajoara é mais especifica ainda, apresenta inúmeras dificuldades históricas e geográficas que comprometem a eficácia no serviço da imunização, influenciando nos indicadores de saúde e consequentemente contribuindo negativamente na eficiência aos princípios preconizados pelo SUS. Com base a necessidade de mudanças, a rede de Assistência Municipal vem lançando mão de estratégias que visem, na prática, essa oferta de vacinação nas localidades rurais, com cronograma de visitas periódicas, articulação com as equipes de saúde locais, informação as comunidades e planejamento com as escolas para servir como ponto de apoio, um trabalho que envolve parcerias e uma equipe multiprofissional. Nesse foco o município vem ofertando os serviços de imunização nos quatros grandes rios: Canaticú, Piriá, Mutuacá e Guajará, que o banham, todos com numerosas comunidades, totalizando em tordo de 60% dos habitantes de 35.000 que estima o IBGE. Por se tratar de um processo, o trabalho de descentralização da imunização municipal passou e passa por várias etapas nesse avanço contínuo, desde de primeiramente perceber que os índices de coberturas vacinais estavam deficientes – baixos, não alcançando as metas do PQAVS, e que possivelmente a dificuldade no acesso estaria diretamente ligada a essa baixa cobertura, já que boa parte das comunidades são rurais, e que as unidades de saúde que prestam suporte a elas não possuíam sala de vacina em funcionamento, assim teriam que vir até a cidade para receber a vacinação. Outro ponto importante, foi evidenciar que a mão de obra técnica não estava capacitada para trabalhar com os imunizantes, o que carecia de treinamento e aperfeiçoamento. Para colocar em prática todo o planejamento das ações, requer recurso e para isso um dos pontos primordiais foi sensibilizar a gestão e garantir que todo o investimento era e é preciso. Quanto a execução das ações também é necessário uma boa mobilização das comunidades e garantir que laços de confiança sejam estreitados para que na continuidade do processo tenha vínculo estabelecido, foi assim que no decorrer de cada mês evidenciava-se a procura dos mesmos rostos, das mesmas mãezinhas que se sentiam acolhidas e seguras de levam seus filhos para vacinar, perceptível também foi constatar que, muitas vezes, as mães não levavam seus filhos para vacinar, não por falta de interesse, mas por questões financeiras e dificuldade no acesso. Gratificante nesse processo de resultados era e é ver os cartões de vacina se iniciarem, completarem e reforçarem em tempo oportuno para cada público de vacinação, assim como perceber que vários públicos não somente crianças, também faziam e fazem procuração da vacinação, tornando o dia de vacinar diferenciado, um dia de se auto cuidar, aprender mais de si e perceber que eram e são vistos e importantes para a sociedade. Nessa perspectiva, se fortalece o direito da cidadania, com participação ativa da rede de saúde, educação, comunidade, representatividade religiosa e política. Tudo isso constatado pela supervisão permanente das coordenações, gestão e apoio das comunidades em um trabalho que deve ser continuado.

Identificar e apontar os problemas e desafios mais relevantes para o aumento das coberturas vacinais no município de Curralinho Pará, foi e é um ponto constante de avaliação e supervisão, pois os mesmos precisam ser levantados e sanados para que obtenha melhores coberturas vacinais. Os Problemas e desafios mais relevantes vão ser apontados a seguir: • Perceber que os índices de coberturas vacinais estavam deficientes – baixos, não alcançando as metas do Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde – PQAVS, este é um trabalho que deve ser avaliado mensalmente, e para isso, a vigilância deve estar ativa, em constante avaliação e contínua comunicação com suas equipes. Assim, este é um desafio constante nesse processo de monitoramento das ações que requer, muitas vezes, mudanças no processo de trabalho para que flua de forma adequada e com êxito; • Centralização das salas de vacinas no Polo da cidade, dificultando o acesso, levando a baixa coberturas vacinais, já que boa parte das comunidades são rurais, e que as unidades de saúde que prestam suporte a elas não possuíam sala de vacina em funcionamento; • Mão de obra técnica não capacitada para trabalhar com os imunobiológicos, carecendo de treinamento e aperfeiçoamento; • Sensibilizar a gestão e garantir que os investimentos necessários sejam ofertados para a execução das ações de imunizações rurais; • Mobilização das comunidades e estreitamento dos laços de confiança entre usuário e serviços de saúde no processo de imunização rural; • Continuidade no serviço de imunização para que as vistas rurais efetivamente sejam executadas mensalmente e as clientelas sejam assistidas.

Um dos maiores problemas para que as unidades de saúde rurais assumam e ofertem a imunização in loco de forma diária, está relacionada a energia elétrica deficiente, assim sanando essa problemática as unidades aos poucos receberiam condições que viessem melhorar os serviços de imunização e consequentemente aumentar as coberturas vacinais. Mas enquanto não há uma resolutividade na questão, o fortalecimento das ações hoje já prestadas, quanto levar os imunizantes para perto das comunidades vem garantindo o acesso as melhores coberturas vacinais e para isso é necessário de que se priorize o serviço de forma contínua e permanente.

Trabalhar com a rede de imunização é uma imensa responsabilidade, que requer dos atores envolvidos empenho, dedicação e incentivo, assim como remete um trabalho exitoso do Programa Nacional de imunização. Por isso os problemas e desafios levantados pelo município de Curralinho Pará devem ser sanados, e toda e qualquer intervenção para melhorias, como é a questão da descentralização do serviço para as zonas rurais, afim de garantir a vacinação das comunidades, devem ser apoiadas para que não apenas iniciem, mas tenham continuidade para refletir positividade nos indicadores de saúde, em um processo que vai além de vacinar, mas de garantir saúde e qualidade de vida as populações rurais e tornar o dia de vacinação um dia de se auto cuidar e perceber sua importância como ser humano e cidadão digno de direitos e também de deveres.

Principal

DANIELI DO SOCORRO VEIGA MATOS

Coautores

Adivaldo Borges da Silva, Gabriel Nohá Carvalho Fonseca, Geovan Macêdo Martins , Heloisa Cristina Siqueira Castilho, José Raimundo Farias de Moraes, Joelma Duarte Felipe, Layse Santana de Figueredo , Maria Alves Borges, Marcia Amaral de Moraes Gonzales, , Nathasha Kelly Dias Miranda, Rosemeire Pinto Navegante , Walquíria Leão

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23 dez 2023

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