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Jardim de Angicos/RN no enfrentamento contra o vetor Aedes Aegypti: medidas e possibilidade de controle da Dengue

FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA: Tem a finalidade de apresentar as experiências de campo vivenciadas pela equipe e coordenação das endemias na cidade de Jardim de Angicos /RN para o controle e enfrentamento do vetor Aedes Aegypti. DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: Os métodos utilizados para a o desenvolvimento da presente pesquisa, foram: a revisão bibliográfica sobre o Aedes Aegypti, e a analise dos dados coletados sobre o vetor no ano de 2013. INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS:OBSERVAÇÕES/AVALIAÇÃO/MONITORAMENTO: Ao longo dos últimos anos os governos em suas três esferas e seus respectivos colaboradores vêm tentando buscar meios que controlem a proliferação do referido vetor. Na cidade de Jardim de Angicos/RN de 2007 a 2012 (6 anos) o setor de endemias se encontrou paralisada, ou executando suas tarefas de forma não eficiente/eficaz para os devidos tratos necessários para controle da dengue, assim, não havendo qualquer registro concreto de ações e/ou atividades efetivas que objetivasse o controle da proliferação do Aedes aegypti. Já em 2013 com a normalização das atividades mediante uma nova gestão. Buscou-se na normalização das atividades em 2013, o uso dos tratos básicos para a realização das atividades, como a eliminação de criadouros e/ou possíveis criadouros, o uso de larvicida, entre outros. Ou seja, o município passou a trabalhar na realização de ações no controle mecânico, biológico e químico. Ao final do 1º ciclo notamos um índice elevadíssimo de infestação predial (DENGUE, 2001), de modo, a elaborar estratégias mais eficientes para atender a preconização do Ministério da Saúde que estabelece que o índice de infestação predial inferior a 1%. Contudo, no inicio do primeiro ciclo no ano de 2013 o índice de infestação predial apresentando aproximadamente 21,92% se faz necessário à busca e o desenvolvimento de técnicas que possibilitem efetivamente a diminuição do índice, percebendo como no uso de peixes larvófagos o caminho para a diminuição dos índices tão altos no inicio de 2013.

A dengue nos dias atuais pode ser considerada a mais importante arbovirose que incidem nos seres humanos na área urbana, deste modo, torna-se um dos sérios problemas de saúde pública brasileiro, em decorrência das mudanças climáticas, abastecimento de água irregular, uso indiscriminado de materiais descartáveis insolúveis no meio ambiente, etc. Ainda que as ações de controle ao longo dos últimos anos tenham se tornado mais eficientes/eficazes, a eliminação dos criadouros, ou possíveis criadouros de mosquito ainda é a principal ação do controle vetorial, embora, nem sempre seja possível evitar a infestação e disseminação do mosquito nos municípios. O trabalho apresentado por ora que traz por titulo “Jardim de Angicos – RN no enfrentamento contra o vetor Aedes Aegypti: medidas e possibilidade de controle da dengue”. Busca, na presente pesquisa, não somente, direcionar as discurssões aos aspectos assistenciais básicos para prevenção e controle do vetor, mas também a questão ambiental/vetorial. Para tanto, o referido trabalho busca por meio de um relato descritivo apresentar os dados colhidos no ano de 2013 na cidade de Jardim de Angicos RN, e assim, compreender a partir do levantamento do índice predial (DENGUE, 2001) e as medidas preventivas adotadas pelos profissionais da saúde do referido município a diminuição de 97,1% do índice de infestação predial do inicio 1º ciclo (fevereiro de 2013) até o final do 7º ciclo (dezembro de 2013).

O índice de infestação predial utilizada inicialmente para calcular por zona de trabalho os índices de infestação “[…] [detecta em] cada grupo de aproximadamente 1.000 imóveis (zona) […] um índice de infestação de toda a área a cada dois meses, independentemente do tamanho da localidade” (DENGUE, 2001, p. 41).
Para o controle do vetor inicialmente utilizou-se do tratamento focal, sendo ele
[…] [A] aplicação de um produto larvicida nos depósitos positivos para formas imaturas de mosquitos, que não possam ser eliminados mecanicamente. No imóvel com um ou mais depósitos com formas imaturas, todos os depósitos com água que não puderem ser eliminados serão tratados. Em áreas infestadas bem delimitadas, desprovidas de fonte de abastecimento coletivo de água, o tratamento focal deve atingir todos os depósitos de água de consumo vulneráveis à oviposição do vetor (DENGUE, 2001 p. 53).
Ou seja, todos os depositos/recipiente que podem ser eliminados como: garrafas, tampas, latas, casca de ovo, deveriam ser eliminados, ou seja, os depósitos/recipientes que não poderiam ser eliminados como caixa d’água, tambores entre outros, foram tratados com o larvicida (diflubenzuron) para assim estirpar o desenvolvimento do vetor.
Outra medida utilizada para o controle do vetor foi o tratamento biológico, sendo este,
O controle biológico existe na natureza, reduzindo naturalmente a população de mosquitos através da predação, do parasitismo, da competição e de agentes patógenos que produzem enfermidades e toxinas. Atualmente, existem pesquisas no sentido de utilizar o controle biológico, que teria a grande vantagem de minimizar os danos ambientais que os inseticidas comuns podem causar. (DENGUE, 2001, p. 66)
No caso do Aedes aegypti, no município de Jardim de Angicos – RN utilizou-se do peixe larvófago, conhecido popularmente como “piaba” para o combate do vetor. As piabas foram capturadas em açudes do próprio município, e guardadas em uma cisterna, localizada na atual sede da Secretaria de Saúde do Município. Levando em consideração o alto índice de infestação identificado no 1º ciclo, a partir do 2º ciclo se utilizou do “piabamento” em tanques, tambor, e outros depósitos baixos, na tentativa de diminuir o índice de infestação. Nos recipiente de água alto – caixa d’água, por exemplo, se utilizou do larvicida – diflubenzuron; com as presentes medidas notamos ao fim dos 6 (seis) ciclos posteriores uma diminuição significativa na coleta e controle do vetor, como podemos visualizar na tabela anterior, diminuído mais de 97% de fevereiro de 2013 ate dezembro do mesmo ano.

O uso do piabamento pode ser inserido em qualquer cidade, e em qualquer condição climática. A piaba se adapta o meio fazendo o papel de predador do mosquito da dengue.O seu uso indiferente do espaço não apresenta – segundo acompanhamento realizado na cidade de Jardim de Angicos/RN, prejuízos ou impactos ao meio ambiente.Concluímos para os devidos fins que o índice de infestação predial levantado na cidade de Jardim de Angicos no ano de 2013, se apresentou com dados altíssimos, sendo, necessárias ações estritamente diretivas para controlar o vetor. Usando ações de controle mecânicos, biológicos e químicos.Destacando, o uso do piabamento, a partir do 2º ciclo como uma medida de controle biológico, conseguindo reduzir em mais de 97% do índice de infestação, mais é claro que só é possível ter este resultado aliado aos outros tratos (mecânico e químico). E ainda, levando em consideração a parte da conscientização da população para os cuidados mínimos necessários com dos seus quintais.

Principal

Iranilson Pereira de Melo; Cristina Baracho

cristinabaracho@hotmail.com.br

Enfermeira e Educador em Saúde de Jardim de Angicos

Coautores

Cristina Baracho Iranilson Pereira de Melo Ana Paula de Lima Silva Suely Fonseca Bezerra

A prática foi aplicada em

Jardim de Angicos

Rio Grande do Norte

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde de Jardim de Angicos

Rua José Inácio Bezerra nº 10- Centro- Cep: 59544-000

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Cristina Baracho

Conta vinculada

A prática foi cadastrada em

02 jun 2023

e atualizada em

13 mar 2024

Início da Execução

05/02/2013

Fim da Execução

14/07/2014

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

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