O presente trabalho trata-se de um estudo de caso ocorrido no município de Canguaretama (RN), no período de fevereiro a agosto de 2018, no bairro da Lagoa de São João. A raiva é considerada um problema de saúde pública conceituada como antropozoonose viral que provoca uma encefalite aguda e letal, causada pelo vírus rábico, pertencente á família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, de características neurotrópicas, sendo esta patologia considerada uma epizootia, definida assim como animal ou grupo de animais encontrados doentes ou mortos, incluindo ossadas, sem causa definida, que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos. Considerando a alta letalidade da raiva, de aproximadamente 100%, tendo em vista a relevância e a magnitude deste agravo para a saúde pública, bem como da importância do seguimento do protocolo para profilaxia antirrábica, observou-se a necessidade de investigação e analise do caso para ampliação das ações em saúde.
Objetivo geral: descrever um caso de contato indireto entre animal e humano com morcego portador de raiva em zona urbana no município de Canguaretama (RN), no ano de 2018. Específicos: descrever o caso de contato canino com o morcego portador do vírus da raiva. Estudo de caso sobre investigação de epizootia, em bairro da zona urbana do município de Canguaretama, que ocorreu no dia 19 de fevereiro de 2018 e teve sua conclusão no mês de agosto do mesmo ano, após período de observação, abrangendo as etapas de notificação, investigação, tratamento, acompanhamento e encerramento do caso, ocorrendo no núcleo familiar incluindo canino de estimação expostos ao contato com o animal infectado. Investigação de caso com entrevista domiciliar, através da ficha de notificação e epizootia do Sinan. Tendo por base, a Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, referente à consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde.
O animal foi capturado inteiro, e encaminhado no dia 20 de fevereiro, ao Lacen, em Natal, juntamente com o Formulário de Remessa de Material para Diagnóstico de Raiva. Em seguida, preencheu-se o formulário do Sinan, ficha de notificação/investigação de epizootia e o formulário de vigilância das agressões provocadas por quirópteros. como seguimento do caso, foram tomadas as medidas necessárias para envio do morcego, profilaxia no cachorro e na vítima, e as ações de educação em saúde na localidade, sendo a família acompanhada por um período de seis meses, conforme recomenda o protocolo. No dia 10 de abril, saiu o resultado do exame positivo para Raiva. O animal contactante e a adolescente encontram-se saudáveis. Podemos inferir que na investigação foi realizada uma reunião entre a vigilância em saúde, atenção básica e agentes de combate às endemias para discussão do caso, e em seguida de uma ação casa a casa pelo bairro, onde houve distribuição de material educativo sobre a conduta em relação a morcegos e o risco da Raiva, atentando a população sobre as epizootias, avaliação médica para todos os casos, e trabalho intensivo de educação em saúde, entendendo assim, que precisamos falar mais sobre Raiva.
Rua José Maranhão, 171 - Centro, Canguaretama - RN, Brasil
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