Integrando saberes do oriente e do ocidente na construção de uma terapêutica sistêmica interespiritual no SUS: um Relato de Experiência no NPICS Brasil

Resumo: O presente relato de experiência descreve a trajetória de integração entre saberes orientais e ocidentais no campo das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), articuladas com a Justiça Restaurativa e com princípios de espiritualidade cristã no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas atividades realizadas pelo NPICS Brasil, núcleo fundado em Santa Cruz Cabrália/BA. Através de uma abordagem interespiritual, interreligiosa e interdisciplinar, são descritas experiências terapêuticas que envolvem a escuta sensível, a atenção plena, a constelação familiar, florais, imposição de mãos, além de movimentos comunitários de base solidária. O trabalho reconhece a importância de autores como Thich Nhat Hanh, Dalai Lama, Masaru Emoto, Kitarō Nishida, D. T. Suzuki e Shoma Morita, em diálogo com líderes espirituais e estudiosos como David A. Bednar, Gerrit Gong, Russell M. Nelson e Richard N. Christensen. O texto propõe que a alta percepção sensorial e a abertura interespiritual são caminhos legítimos para o cuidado integral do ser humano e para a promoção da saúde na perspectiva da integralidade.
Palavras-chave: Saúde Integral. Espiritualidade. Práticas Integrativas. Constelação Familiar. SUS. Justiça Restaurativa. Interespiritualidade.
Abstract: This experience report describes the integration trajectory between Eastern and Western wisdom in the field of Integrative and Complementary Health Practices (PICS), in articulation with Restorative Justice and Christian spirituality principles within the Brazilian Unified Health System (SUS), especially through activities developed by NPICS Brasil, a nucleus founded in Santa Cruz Cabrália/BA. Through an interspiritual, interreligious, and interdisciplinary approach, therapeutic experiences are described involving mindful listening, family constellation, floral remedies, laying on of hands, and community movements of solidarity. The work highlights the importance of authors such as Thich Nhat Hanh, Dalai Lama, Masaru Emoto, Kitarō Nishida, D. T. Suzuki, and Shoma Morita, in dialogue with spiritual leaders and scholars like David A. Bednar, Gerrit Gong, Russell M. Nelson, and Richard N. Christensen. The text suggests that high sensory perception and interspiritual openness are legitimate paths to holistic human care and health promotion from an integrative perspective.
Keywords: Holistic Health. Spirituality. Integrative Practices. Family Constellation. SUS. Restorative Justice. Interspirituality.

Introdução

Este trabalho nasce de uma trajetória viva, espiritual e comunitária, enraizada no movimento de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), da Justiça Restaurativa e da Educação Popular em Saúde, a partir da vivência direta no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Poder Judiciário, em Santa Cruz Cabrália/Bahia. Ao longo dos últimos anos, atuando como enfermeiro, professor e terapeuta, envolvi-me na formação e no acolhimento de voluntários e cuidadores, em projetos que partiram de pequenos grupos comunitários — os chamados “clubinhos solidários” — e que hoje se desdobram em atividades reconhecidas por órgãos oficiais, como prefeituras, fóruns e centros de mediação.

Esse percurso foi forjado por meio da escuta ativa e da reverência às múltiplas cosmovisões. Desde o princípio, adotei a postura de aluno diante de cada colaborador voluntário, terapeuta ou mestre popular que cruzou meu caminho, reconhecendo a sabedoria presente em tradições do Oriente e do Ocidente, e promovendo o diálogo entre diferentes formas de cuidar.

Mais do que uma compilação de técnicas, este relato é uma síntese espiritual e científica, construída com base em experiências vividas, registros clínicos e percepções sensoriais profundas. Nele se entrelaçam práticas como imposição de mãos, constelação familiar, florais, auriculoterapia, meditação e escuta fenomenológica, todas acompanhadas de uma escuta sensível aos sinais do corpo e da alma.

Este texto também carrega uma motivação pessoal: sou um homem de fé, frequentador do Templo e ativista da liberdade religiosa, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Acredito na revelação contínua, nos dons espirituais e na alta percepção sensorial como recursos legítimos de cuidado e orientação. Cito com gratidão autores orientais como Thich Nhat Hanh, Tenzin Gyatso e Masaru Emoto, mas essencialmente reverencio líderes e cientistas que moldaram minha formação espiritual, como David A. Bednar, Gerrit W. Gong, Russell M. Nelson e Richard N. Christensen — este último, engenheiro nuclear e ex-professor da Universidade Stanford, foi quem mais me ensinou sobre o plano de salvação e os níveis da fé.

Assim, este trabalho propõe uma ponte entre mundos: entre ciência e espiritualidade, entre oriente e ocidente, entre tradição popular e saber acadêmico, entre a ordem do amor e a justiça restauradora. Sua intenção não é impor verdades, mas testemunhar um caminho: aquele onde a fé, a compaixão e a escuta se tornam tecnologias da alma.

Marco Teórico: entre ciência, espiritualidade e alta percepção sensorial

Este marco teórico se constrói na interseção entre espiritualidade, saúde integrativa e fenomenologia clínica. Está enraizado na experiência de escuta sensível e na convivência com saberes de diversas matrizes filosóficas, religiosas e científicas. A alta percepção sensorial, neste contexto, é compreendida como uma capacidade humana desenvolvida por meio da presença, da contemplação, da fé e do compromisso com o cuidado profundo do outro — corpo, mente e espírito.

Autores do Oriente, como Thich Nhat Hanh e Tenzin Gyatso (o 14º Dalai Lama), nos ensinam sobre a importância da atenção plena, da compaixão e da presença como práticas de cura. A meditação, enquanto ferramenta terapêutica, transcende o campo religioso e se apresenta como instrumento clínico legítimo de autocuidado e escuta. Masaru Emoto, por sua vez, apresenta uma leitura sensível da água e de sua capacidade de responder à vibração das palavras e sentimentos humanos, aproximando ciência e espiritualidade de forma experimental.

Do lado Ocidental, autores como Carl Gustav Jung e Viktor Frankl fundamentam nossa compreensão da alma humana e da necessidade de sentido diante da dor e do sofrimento. Jung abriu as portas para a linguagem simbólica, os arquétipos e a sincronicidade — conceitos que dialogam profundamente com as constelações familiares de Bert Hellinger, outro pilar desta abordagem. Já Frankl, com sua logoterapia, nos lembra que mesmo nas situações mais adversas, o ser humano é capaz de transcender, se encontrar um “porquê” para continuar.

Na interface entre espiritualidade e ciência, destacam-se autores contemporâneos como David A. Bednar e Gerrit W. Gong, líderes eclesiásticos que abordam dons espirituais e revelação pessoal com profundidade doutrinária e sabedoria prática. Suas palavras alimentam o entendimento de que a espiritualidade é também uma via de alta sensibilidade à dor alheia e de intuição clínica.

Cito com reverência Russell M. Nelson, cirurgião cardíaco e atual profeta de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cuja vida une ciência médica de ponta e ministério espiritual. Foi ele quem, em alguns de meus momentos mais difíceis, me ensinou sobre o poder da revelação pessoal, da escuta espiritual e da fé como tecnologia de cura.

Por fim, minha compreensão sobre física, fé e eternidade foi profundamente impactada por Richard N. Christensen, engenheiro nuclear, Ph.D. em Física, Professor da Universidade de Stanford e meu ex-Presidente de Missão. Com ele aprendi que há uma ponte entre os elementos do universo e o Plano de Salvação, e que a verdadeira ciência é aquela que reconhece as leis eternas. Ele me ensinou sobre os níveis da fé, o mundo espiritual e a conexão entre inteligência e luz — conceitos que me orientam, até hoje, no exercício clínico e espiritual do cuidado.

Esse arcabouço teórico, portanto, reconhece a integralidade do ser e a complementaridade entre práticas tradicionais, saberes científicos e dons espirituais. É uma proposta epistemológica de integração, que honra os mestres e líderes que me ensinaram, e que propõe uma escuta do mundo que vai além dos sentidos comuns, entrando no campo da fé, da intuição e da presença.


Metodologia
Este trabalho assume a forma de relato de experiência ampliado com análise reflexiva, baseado em uma trajetória vivida entre os anos de 2017 e 2025 no município de Santa Cruz Cabrália, Bahia, através do Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Brasil (Npics Brasil), sob minha coordenação e atuação direta como enfermeiro, terapeuta, professor e missionário voluntário.

A metodologia utilizada é qualitativa, descritiva e fenomenológica, fundamentada em observações sistemáticas, registros de campo, estudos de caso, interações clínicas, relatos espontâneos de usuários e profissionais envolvidos, bem como na análise reflexiva e sensível dos fenômenos espirituais, sociais, subjetivos e relacionais observados ao longo dos processos terapêuticos e comunitários.

Os dados foram coletados a partir de diversas fontes, entre elas:

Registros eletrônicos integrativos, elaborados especialmente para este projeto, com acompanhamento longitudinal de casos e anotações clínicas sistêmicas.

Registros de reuniões comunitárias e relatos de encontros terapêuticos em grupo, como as Rodas de Terapia Comunitária Integrativa, constelações familiares públicas, sessões de meditação guiada, imposição de mãos, florais de Bach, entre outras práticas.

Relatórios produzidos para a Justiça Restaurativa e para a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o CEJUSC local e o Fórum de Cabrália.

Arquivos sistêmicos pessoais e familiares inseridos na plataforma FamilySearch, que reúnem narrativas intergeracionais e histórias de vida relacionadas à saúde e à espiritualidade.

Transcrição integral da live “A Constelação Sistêmica enquanto Solução Interdisciplinar, Intercultural no contexto do SUS”, apresentada à equipe do Telessaúde Bahia (2023), cuja gravação encontra-se disponível para consulta pública.

Experiência pessoal de formação e ensino-aprendizagem com diversos facilitadores espiritualistas, líderes religiosos, autores e terapeutas, cuja influência é explicitada no marco teórico.

A análise dos dados segue uma abordagem hermenêutica e fenomenológica, inspirada em Paul Ricoeur e Maurice Merleau-Ponty, com foco na interpretação dos sentidos emergentes nos encontros humanos, nas manifestações simbólicas e nos padrões sistêmicos de adoecimento e cura.

A trajetória pessoal é parte da metodologia, pois o pesquisador é também sujeito do processo investigativo, elemento ativo na produção do conhecimento por meio da escuta empática, da sensibilidade espiritual e do compromisso com o cuidado integral. A subjetividade, neste caso, é assumida como instrumento epistemológico válido e necessário.

Resultados e Discussão
Os resultados observados ao longo da trajetória do NPICS Brasil entre 2017 e 2025 evidenciam que a articulação entre práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), justiça restaurativa, espiritualidade e educação popular foi capaz de produzir transformações concretas nos contextos clínico, comunitário, institucional e espiritual.

1. Fortalecimento do cuidado com os cuidadores

O projeto de expansão do cuidado aos cuidadores, entre 2019 e 2022, mobilizou profissionais de diversas áreas, especialmente da Atenção Básica, Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), CAPS, CRAS, CREAS e escolas públicas. Ao oferecer práticas como Terapia Comunitária Integrativa, Constelação Familiar Sistêmica, Auriculoterapia, Shiatsu, Meditação, e Imposição de Mãos, o projeto proporcionou alívio de sintomas de estresse, depressão, ansiedade e síndrome de burnout.

As rodas de conversa e os atendimentos individuais revelaram melhora nos relacionamentos interpessoais e intrafamiliares, maior senso de propósito nos profissionais e fortalecimento da escuta ativa como ferramenta terapêutica e organizacional.

2. Criação de um ecossistema comunitário de cuidado

A integração entre prefeitura, fórum, CEJUSC e rede de voluntários permitiu a constituição de um ambiente sistêmico de cuidado. Nesse ambiente, cada pessoa era considerada em sua totalidade – corpo, mente, alma, ancestralidade e missão de vida.

A escuta das narrativas pessoais e familiares, aliada à criação do prontuário eletrônico sistêmico e à inclusão de memórias no FamilySearch, permitiu que os usuários se reconectassem com suas histórias de origem, identificando padrões de adoecimento e cura, restaurando vínculos e resignificando experiências de trauma.

3. Inclusão do sagrado no cuidado em saúde

A espiritualidade foi respeitada e valorizada como componente essencial da saúde integral. Usuários de diferentes crenças e tradições foram acolhidos com equidade. Foram promovidos círculos de paz inter-religiosos, vivências com leitura das escrituras (Bíblia, Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios), abordagens terapêuticas utilizando a musicalidade, florais, imposição de mãos e práticas comunicativas e expressivas restaurativas com oração e silêncio sagrado.

A presença de líderes espirituais e religiosos nos espaços de cuidado fortaleceu a rede de apoio e aumentou a adesão aos tratamentos, por pessoas de diversas crenças, além de permitir a escuta de fenômenos espirituais com respeito e técnica.

4. Desenvolvimento da inteligência sistêmica

Ao longo dos anos, observou-se que os usuários, terapeutas e gestores que se envolveram nos processos passaram a desenvolver o que nomeamos de inteligência sistêmica – a capacidade de compreender a vida a partir das relações entrelaçadas entre gerações, organizações, dimensões do ser, camadas inconscientes e ordens do amor.

Essa inteligência se expressou em maior empatia, pacificação de conflitos, reconhecimento de exclusões, reverência às hierarquias familiares e institucionais, e profunda conexão com os próprios dons e propósitos.

Considerações Finais
Este trabalho apresenta uma trajetória viva e comprometida com o cuidado integral, nascida da escuta sensível de comunidades, da articulação entre diferentes saberes e da abertura ao sagrado. Desde os primeiros clubinhos de apoio comunitário até a constituição do NPICS Brasil como um programa de alcance interinstitucional, o que se observa é a construção de um novo paradigma de cuidado: interdisciplinar, intercultural, intergeracional e inter-religioso.

A prática cotidiana revelou que a verdadeira cura acontece quando há pertencimento, quando as histórias são honradas, quando a ancestralidade é reconhecida, e quando cada indivíduo pode ser visto como parte de algo maior – uma rede viva de relações que atravessa famílias, territórios, culturas e dimensões espirituais.

Como frequentador do Templo e ativista da liberdade religiosa, declaro neste trabalho meu respeito profundo por todas as tradições de fé e espiritualidade que contribuíram para este caminho. Ao citar autores do Oriente e do Ocidente, e ao integrar ciências da saúde com sabedorias ancestrais, reitero o princípio de que fé e razão não são opostas, mas podem se complementar de forma poderosa para o florescimento da vida.

Este relato de experiência se encerra com gratidão aos professores, facilitadores, voluntários e líderes que me ensinaram, em especial aqueles que me inspiraram com seu alto So. do discernimento ou também chamado de alta percepção sensorial: Russell M. Nelson, David A. Bednar, Gerrit W. Gong e meu eterno líder, Richard N. Christensen. A eles, minha honra, por representarem a união entre ciência, fé e compaixão.

Que este modelo possa inspirar outras regiões do Brasil e do mundo a ousarem escutar, cuidar e amar com profundidade, com simplicidade e com reverência.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, o Pai Eterno, e a Seu Filho Jesus Cristo, pelo dom da vida, pela inspiração contínua e pela direção segura em cada passo desta jornada. Minha fé é a raiz de todo este trabalho, e é a partir dela que floresce minha prática, meu servir e minha escuta.

Agradeço à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, por ser o espaço onde recebi minha formação espiritual e religiosa mais profunda, por meio de líderes sábios e inspirados que me ensinaram sobre o Plano de Salvação, os dons espirituais e a importância da revelação pessoal. Em especial, ao Presidente Russell M. Nelson, médico e profeta de nossos dias, e ao meu querido presidente de missão Richard N. Christensen, físico nuclear, cuja sabedoria e humildade me mostraram que a verdadeira ciência e a verdadeira fé caminham lado a lado.

Aos autores do Oriente e do Ocidente, mestres da alta percepção sensorial que me inspiraram a construir pontes entre mundos, linguagens e práticas. Em especial, a David A. Bednar, Gerrit W. Gong, cujas obras se tornaram guias na compreensão da espiritualidade como campo energético vivo e transformador.

Aos voluntários, terapeutas, professores e mestres das práticas integrativas e complementares que caminharam comigo ao longo dos anos, desde os primeiros clubinhos até os projetos em parceria com a Prefeitura de Santa Cruz Cabrália, o Fórum da Comarca, o Cejusc, e tantas instituições amigas.

À Juíza Tarcizia Fonseca, à Prefeitura Municipal, aos servidores, pacientes e alunos do SUS, e a toda equipe do NPICS Brasil, por acreditarem na potência de um cuidado que integra corpo, mente, espírito e comunidade.

A todos os que confiam neste trabalho e compartilham seus testemunhos, suas histórias, suas dores e curas – vocês são a verdadeira razão deste caminho.

Referências Bibliográficas
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Capítulo Final – Testemunho Sistêmico e Convite à Integração Espiritual

Este trabalho não é apenas uma compilação teórica ou um relato técnico-científico. Ele é um testemunho vivo de uma trajetória espiritual, comunitária e institucional que, passo a passo, foi sendo construída a muitas mãos e corações. É o reflexo de um movimento que honra a ancestralidade, respeita a diversidade de pensamentos e religiões, valoriza os saberes tradicionais e, sobretudo, promove a escuta sensível e o acolhimento integral do ser humano.

A minha vida, o meu chamado e a minha missão se consolidam neste momento em que posso integrar, em um mesmo texto, os ensinamentos que acolhi com respeito, de espiritualistas do Oriente e do Ocidente — com Apóstolos, Videntes e Reveladores como Russell M. Nelson, David A. Bednar, Gerrit Gong e também o Patriarca (ou Evangelista) Richard N. Christensen — com os saberes populares, comunitários, científicos e filosóficos aprendidos ao longo dos anos nas periferias, nas aldeias, nos assentamentos, nos tribunais, nos postos de saúde e, especialmente, de forma muito, muito sagrada, nos Templos, qie são A Casa do Senhor.

Minha espiritualidade é profundamente moldada pela minha fé em Jesus Cristo e por meu compromisso como frequentador do Templo e membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. É nesta fé que encontro força para acolher as dores da humanidade e servir com humildade. E é nessa caminhada que fui sendo moldado como enfermeiro, educador popular, terapeuta, facilitador de práticas integrativas e construtor de pontes entre mundos que, por séculos, foram vistos como separados.

Fico em paz e gratidão ao olhar para cada ciclo que se encerra. A cada etapa, pude me tornar não só professor, mas aluno — dos meus próprios pacientes, dos voluntários que acolhi, dos líderes comunitários, dos idosos, dos jovens, dos amigos e dos mestres de toda fé. Todos me ensinaram algo. E neste movimento de troca e respeito, nasceu o que hoje se consolida como um programa que integra ciência, fé, sensibilidade, justiça e cuidado.

Aos leitores, deixo um convite: que sigam acreditando na beleza do invisível, na potência da escuta, no valor da oração, na força da comunidade, na inteligência do corpo e na sabedoria do espírito. Que possamos seguir tecendo essa grande tapeçaria do cuidado integral, da cura verdadeira e da paz duradoura.

Com amor, fé e reverência,
Diego da Rosa Leal
Coordenador do Npics Brasil
Enfermeiro e Ativista da Liberdade Religiosa

Anexos
Anexo 1 – Transcrição da Live Telesaúde Bahia
Título: A Constelação Sistêmica enquanto solução interdisciplinar, intercultural no contexto do SUS
Autor: Diego da Rosa Leal
Disponível em vídeo: https://youtu.be/7In9cnTKHCs?si=O_t20dwRMSZwMF47
Arquivo da transcrição: FamilySearch – Artefato nº 221944580
Link: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/221944580

autor Principal

Diego da Rosa Leal

npicscabralia@gmail.com

Enfermeiro Terapeuta Sistêmico

Coautores

Autor: Diego da Rosa Leal – Enfermeiro, Professor, Terapeuta, Facilitador de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

A prática foi aplicada em

Santa Cruz Cabrália

Bahia

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Forum Jutahy Fonseca, Santa Cruz Cabrália - BA, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Diego da Rosa Leal

Conta vinculada

01 jul 2025

CADASTRO

01 jul 2025

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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