- Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
JACKSON VIEIRA ALVES
- 20 set 2024
Amapá
A 8ª Regional de Saúde do Paraná é composta por 27 municípios, sendo a grande maioria de pequeno porte. Possui uma característica peculiar de fronteira, que interfere diretamente nas ações e serviços de saúde da região. Além deste fato, a região se destaca pela capacidade de organização das estruturas de Atenção Básica, onde possui 97,3% de cobertura, bem como a estrutura de 77 salas de vacinas dentro da rede SUS. Este trabalho tem por objetivo apresentar as ações realizadas pelos municípios para alcançar e manter a cobertura vacinal da população. Destacamos a importância da articulação intersetorial dos gestores, organização das salas de vacina, bem como das campanhas de vacinação, mobilização das equipes na busca ativa e estratégias de monitoramento das cadernetas de vacinação. Destacamos ainda a importância do monitoramento do lançamento de dados nos sistemas de registro, sendo que houve uma perceptível melhora das metas vacinais, quando o monitoramento é realizado de maneira constante. Conclui-se então, que a articulação dos gestores, somado ao trabalho das equipes municipais e técnicos regionais, promovem a melhora da cobertura vacinal e garante saúde e proteção para toda a população.
– Mudança nos sistemas de informações para o registro das aplicações; – Período de Pandemia do Coronavírus; – Desinformação quando a eficácia dos imunobiológicos
Os gestores, juntamente com as coordenações e equipes de vacinação e técnicos da Regional de Saúde, observaram que a baixa cobertura vacinal necessitava de ações estratégicas para a melhoria dos indicadores de cobertura. Desta forma foram iniciadas algumas ações estratégicas: – Articulação intersetorial com as Secretarias Municipais de Educação para realizar busca ativa das crianças e acompanhamento da carteira de vacinação nas escolas; – Organização das salas de vacinas com pontos estratégicos e concentração de aplicação dos imunobiológicos em dias específicos para evitar o desperdício de doses; – Mobilização das equipes para realizar a busca ativa dos usuários e avaliação das cadernetas vacinais quando o usuário buscava outros serviços nas unidades de saúde; – Campanhas nas mídias municipais para combater as desinformações e defender a vacinação; Além das ações citadas acima, observou-se que alguns municípios que utilizavam o sistema e-SUS AB para o registro da aplicação das doses dos imunobiológicos conseguiram atingir as metas de cobertura vacinal. Com esta informação, foi iniciado o cruzamento das informações sobre os registros que haviam sido lançados no sistema próprio do município, porém não constavam nos relatórios de vacinação e estes foram informados novamente no e-SUS e por consequência houve o aumento da cobertura vacinal. Este cruzamento evidenciou que a baixa cobertura vacinal que existia na região era por não registro, divergente da ideia de não aplicação. No ano de 2021, somente 10 municípios utilizavam o sistema e-SUS e no último trimestre se iniciou uma mobilização para que os municípios passassem a registrar a aplicação da dose no sistema e-SUS. Com a mobilização para a utilização do e-SUS, atualmente são 19 municípios que utilizam o sistema. As estratégias adotadas pelos gestores da região, juntamente com os técnicos da Regional de Saúde, possibilitaram uma melhora na cobertura vacinal da região, principalmente quando trata-se da homogeneidade da vacina. A cobertura vacinal da região para a da BCG em 2019 era de 91,17% e em 2022 foi de 103,73%, sobre a Rotavírus Humano em 2019 era de 94,8% e em 2022 fechou em 97,69% . Quando a cobertura da Meningocócica C, a cobertura em 2019 foi de 96,25% e em 2022 foi de 101,21%. A Pentavalente teve a cobertura em 2019 de 83,92% e em 2022 de 99,11% e a Febre Amarela a cobertura foi de 87,63% em 2019 e 86,25% em 2022. Sobre o imunobiológico contra a Poliomielite, em 2019 a cobertura foi de 94,02% e em 2022 foi de 97,48%. A VTV (Vacina Tríplice Viral) passou de 95,36% em 2019 para 98,5% em 2022. A cobertura da vacinação contra Hepatite B, foi de 89,66% em 2019 para 98,18% em 2022, enquanto a cobertura da Hepatite A foi de 93,56% para 93,37% nos respectivos anos. Quando falamos de homogeneidade vacinal, para os imunobiológicos citados acima, em 2018 era de 90%, 2019 e 2020 de 50%, sendo que em 2022, obtivemos 80%.
A vacinação é uma das medidas mais importantes para prevenir doenças e proteger a saúde da população. Para que a cobertura vacinal seja atingida, são necessárias ações de acesso às vacinas, educação em saúde da população e campanhas de conscientização. Desta forma, como apresentado acima, os gestores da 8ª Região de Saúde do Paraná, juntamente com os técnicos regionais da SESA, realizaram ações articuladas e monitoramento constante dos registros das aplicações dos imunobiológicos, garantindo que as metas vacinais sejam alcançadas e garantindo saúde para a população. Os resultados apresentados enfatizam a importância do monitoramento e acompanhamento dos dados lançados nos sistemas e também a importância das ações propostas pelos gestores e equipes municipais.
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