Imuniza 8ª: Estratégias Articuladas para o Aumento da Cobertura Vacinal na 8ª Região de Saúde do Paraná

A 8ª Regional de Saúde do Paraná é composta por 27 municípios, sendo a grande maioria de pequeno porte. Possui uma característica peculiar de fronteira, que interfere diretamente nas ações e serviços de saúde da região. Além deste fato, a região se destaca pela capacidade de organização das estruturas de Atenção Básica, onde possui 97,3% de cobertura, bem como a estrutura de 77 salas de vacinas dentro da rede SUS. Este trabalho tem por objetivo apresentar as ações realizadas pelos municípios para alcançar e manter a cobertura vacinal da população. Destacamos a importância da articulação intersetorial dos gestores, organização das salas de vacina, bem como das campanhas de vacinação, mobilização das equipes na busca ativa e estratégias de monitoramento das cadernetas de vacinação. Destacamos ainda a importância do monitoramento do lançamento de dados nos sistemas de registro, sendo que houve uma perceptível melhora das metas vacinais, quando o monitoramento é realizado de maneira constante. Conclui-se então, que a articulação dos gestores, somado ao trabalho das equipes municipais e técnicos regionais, promovem a melhora da cobertura vacinal e garante saúde e proteção para toda a população.

– Mudança nos sistemas de informações para o registro das aplicações; – Período de Pandemia do Coronavírus; – Desinformação quando a eficácia dos imunobiológicos

Os gestores, juntamente com as coordenações e equipes de vacinação e técnicos da Regional de Saúde, observaram que a baixa cobertura vacinal necessitava de ações estratégicas para a melhoria dos indicadores de cobertura. Desta forma foram iniciadas algumas ações estratégicas: – Articulação intersetorial com as Secretarias Municipais de Educação para realizar busca ativa das crianças e acompanhamento da carteira de vacinação nas escolas; – Organização das salas de vacinas com pontos estratégicos e concentração de aplicação dos imunobiológicos em dias específicos para evitar o desperdício de doses; – Mobilização das equipes para realizar a busca ativa dos usuários e avaliação das cadernetas vacinais quando o usuário buscava outros serviços nas unidades de saúde; – Campanhas nas mídias municipais para combater as desinformações e defender a vacinação; Além das ações citadas acima, observou-se que alguns municípios que utilizavam o sistema e-SUS AB para o registro da aplicação das doses dos imunobiológicos conseguiram atingir as metas de cobertura vacinal. Com esta informação, foi iniciado o cruzamento das informações sobre os registros que haviam sido lançados no sistema próprio do município, porém não constavam nos relatórios de vacinação e estes foram informados novamente no e-SUS e por consequência houve o aumento da cobertura vacinal. Este cruzamento evidenciou que a baixa cobertura vacinal que existia na região era por não registro, divergente da ideia de não aplicação. No ano de 2021, somente 10 municípios utilizavam o sistema e-SUS e no último trimestre se iniciou uma mobilização para que os municípios passassem a registrar a aplicação da dose no sistema e-SUS. Com a mobilização para a utilização do e-SUS, atualmente são 19 municípios que utilizam o sistema. As estratégias adotadas pelos gestores da região, juntamente com os técnicos da Regional de Saúde, possibilitaram uma melhora na cobertura vacinal da região, principalmente quando trata-se da homogeneidade da vacina. A cobertura vacinal da região para a da BCG em 2019 era de 91,17% e em 2022 foi de 103,73%, sobre a Rotavírus Humano em 2019 era de 94,8% e em 2022 fechou em 97,69% . Quando a cobertura da Meningocócica C, a cobertura em 2019 foi de 96,25% e em 2022 foi de 101,21%. A Pentavalente teve a cobertura em 2019 de 83,92% e em 2022 de 99,11% e a Febre Amarela a cobertura foi de 87,63% em 2019 e 86,25% em 2022. Sobre o imunobiológico contra a Poliomielite, em 2019 a cobertura foi de 94,02% e em 2022 foi de 97,48%. A VTV (Vacina Tríplice Viral) passou de 95,36% em 2019 para 98,5% em 2022. A cobertura da vacinação contra Hepatite B, foi de 89,66% em 2019 para 98,18% em 2022, enquanto a cobertura da Hepatite A foi de 93,56% para 93,37% nos respectivos anos. Quando falamos de homogeneidade vacinal, para os imunobiológicos citados acima, em 2018 era de 90%, 2019 e 2020 de 50%, sendo que em 2022, obtivemos 80%.

A vacinação é uma das medidas mais importantes para prevenir doenças e proteger a saúde da população. Para que a cobertura vacinal seja atingida, são necessárias ações de acesso às vacinas, educação em saúde da população e campanhas de conscientização. Desta forma, como apresentado acima, os gestores da 8ª Região de Saúde do Paraná, juntamente com os técnicos regionais da SESA, realizaram ações articuladas e monitoramento constante dos registros das aplicações dos imunobiológicos, garantindo que as metas vacinais sejam alcançadas e garantindo saúde para a população. Os resultados apresentados enfatizam a importância do monitoramento e acompanhamento dos dados lançados nos sistemas e também a importância das ações propostas pelos gestores e equipes municipais.

Principal

Jonas Welter

Coautores

Jailine Bortolomedi, Dieyson Matiello Bugança, Liandra Maria Salles Storch, Jéssica Biavatti, Orasil Cezar Bueno, Cleusa Pinzon, Claudete Meurer, Leandro Legramanti, Eleandro de Oliveira, Manoel Brezolin, Amarildo Carneiro, Wagner Luiz Barella, Neiva de Lourdes Giordani Koerich Vanderleia Jacomini Faust, José Valdir Pereira Vilmar Bazanella, Angela Regina Garcia Caneppa, Cleci Pienon Bittencourt Andres, João Carlos dos Santos, Simone Dreher Pilz Spohr, Camila Regina Rodrigues, Luis Matei, Jane Ceccon Alves, Elton Pasqualli Nunes, Nádia Aparecida Zanella Vissoto, Nadiane Carla Schlosser

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23 dez 2023

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23 dez 2023

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