- Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Adriana Vargas
- 13 nov 2024
Práticas Integrativas e Complementares (PIC) é a designação que o Ministério da Saúde (MS) deu ao que se tem chamado na literatura científica internacional de Medicinas Alternativas e Complementares. Referem-se a um conjunto heterogêneo de práticas, produtos e saberes, agrupado pela característica comum de não pertencerem ao escopo dos saberes/práticas consagrados na medicina convencional. Em 2006 o Brasil oficializou essa recomendação, criando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC com ela legitimou expressamente as práticas da fitoterapia, da homeopatia, da medicina tradicional chinesa (MTC), medicina antroposófica e do termalismo social, mas também significou um impulso no reconhecimento e crescimento de todas as demais PIC no SUS. Além disso, é uma política que surgiu em conformidade com outras políticas públicas de saúde brasileiras, sendo, portanto, uma política de inclusão terapêutica aberta a outros saberes, o que pode favorecer a complementaridade e ampliar a variedade de opções para os cuidados em saúde. A auriculoterapia chinesa, além de utilizar os princípios da reflexologia, também relaciona o uso dos pontos auriculares aos fundamentos da MTC. Segundo essa teoria, os 12 meridianos (usados na acupuntura) chegam até as orelhas, de forma direta ou indireta. Assim, quando algum meridiano tem seu fluxo obstruído no corpo, aparecem pontos dolorosos na orelha, como uma reação reflexa do local obstruído. No município de Abaré-BA, essa prática se deu quando 2 profissionais do Nasf (fisioterapeuta e fonoaudióloga) e 1 enfermeira, se interessaram e se inscreveram no curso ofertado pelo MS, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, fizeram os 5 módulos EAD, no final houve 5h de aula presencial, onde foi esplanada a teoria e a prática. Logo após foi realizada uma reunião entre os profissionais que realizaram o curso e resolveram implantar esse tipo de PIC nas unidades básicas de saúde (UBS), o primeiro público alvo foram os profissionais de saúde, com o grupo cuidando do cuidador, grupos este criado pelo Nasf, que é composto por 8 profissões distintas, com o intuito de cuidar do profissional das UBS. O município é contemplado por 8 UBS, sendo 2 na sede a UBS Santo Antônio e a Nossa Senhora Aparecida, 1 indígena que fica localizada no distrito do Pambu a UBS Pambu, 2 no Ibó a UBS Irmã Dulce e a São José, 1 no Projeto Pedra Branca a UBS São Francisco,1 Icozeira a UBS Josino Soares e 1 no Umbuzeiro a UBS Umbuzeiro.
Objetivo geral: avaliar a efetividade da técnica da auriculoterapia na redução das queixas dos profissionais de saúde das unidades básicas.
A partir dessa experiência pode se compreender a importância da implantação das praticas integrativas e complementares (PICs) na atenção básica a exemplo da auriculoterapia na perspectiva da MTC, que amplia a abordagem no cotidiano de trabalho e passa a compor a caixa de ferramentas do profissional de saúde, bem como a sensibilização dos profissionais e gestores para se obter um quantitativo maior de profissionais capacitados para esta atuação.
Abaré, BA, Brasil
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