- Atenção Especializada e Hospitalar
Francisca Evelen Suelen Silva de Aguiar
- 21 set 2024
Amapá
A cobertura vacinal brasileira que, a partir da década de 1990, superava o estabelecido pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), tem estado abaixo da meta no Brasil e no mundo, caracterizando um declínio das coberturas vacinais na última década. Esse fenômeno foi potencializado com a pandemia da COVID-19 que contribuiu para o enfraquecimento das ações de imunização, corroborando para um estado de alerta sobre o retorno de afecções já erradicadas. Tais acontecimentos tem preocupado governos, agências de saúde internacionais e profissionais da área, quanto ao reaparecimento de algumas doenças imunopreveníveis. As razões para esse declínio podem estar relacionadas a diferentes fatores, desde o enfraquecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), à aspectos sociais e culturais e ao movimento antivacina. Este problema possui grande magnitude e é considerado pela OMS como uma das dez maiores ameaças à saúde global. Com o agravamento da diminuição da cobertura vacinal, estudos realizados apontam expressiva queda na imunização brasileira. Em comparação aos dados de anos anteriores, o período possuiu uma diminuição das doses aplicadas atingindo um percentual de pouco mais de 50% da população imunizada, o que obrigou o MS a prorrogar a campanha. Além disso, apenas a região Sul apresentou ligeiro aumento de sua cobertura vacinal nos últimos dois anos. Cunha Porã é uma cidade localizada no Oeste de Estado do Santa Catarina, com uma população estimada de 11150 habitantes, censo IBGE 2021. Possui no gerenciamento das ações de imunizações, profissionais da enfermagem conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), sendo a sala de vacina com equipe constituída por enfermeiro responsável e 03 técnicos de enfermagem capacitados como vacinadores e atuando em turnos de trabalho estendidos. O sinal de alerta sobre o panorama brasileiro de cobertura vacinal, trouxe em discussão ao munícipio de Cunha Porã, formas de contribuir para este panorama, buscando atingir as metas e propondo ações que diminuíssem a evasão vacinal e aumento das coberturas vacinais de sua população. Garantindo a obtenção da cobertura máxima preconizada. Cita-se como exemplo principal a Campanha Nacional da poliomielite e multivacinação, que aconteceu entre os dias 08/08/2022 e 30/09/2022, na qual o munícipio de Cunha Porã obteve a cobertura de 100% da população vacinada conforme preconizado pelo MS. O munícipio mobilizou diversas ações: Estratégias de Publicidade e Marketing, Estratégia de busca ativa, parceria com Agentes Comunitárias de Saúde, vacinação extramuro, Mobilização dos sábados Dia D, Programa Saúde na escola, Verificação das cadernetas de vacinação nas escolas, Declaração de vacinação para matrícula escolar. Tais ações garantiram uma cobertura de 100% e alavancaram a cobertura vacinal do munícipio, trazendo benefícios ao munícipio, macrorregião, estado e país. Em conclusão, é possível determinar que estratégias de vacinação, busca ativa, e a participação da equipe multiprofissional são importantes para a imunização e prevenção de doença já erradicadas, bem como para o enfrentamento e a superação das quedas observadas nas coberturas vacinais.
Com o agravamento da diminuição da cobertura vacinal, estudos realizados apontam expressiva queda na imunização brasileira. Em comparação aos dados de anos anteriores, o período possuiu uma diminuição das doses aplicadas atingindo um percentual de pouco mais de 50% da população imunizada, o que obrigou o MS a prorrogar a campanha. Além disso, apenas a região Sul apresentou ligeiro aumento de sua cobertura vacinal nos últimos dois anos. Este sinal de alerta, trouxe em discussão ao munícipio de Cunha Porã, formas de contribuir para este panorama nacional, buscando atingir as metas e propondo ações que diminuíssem a evasão vacinal e aumento das coberturas vacinais de sua população. Garantindo a obtenção da cobertura máxima preconizada. Os pontos mais relevantes destas ações foram a Conscientização da importância da imunização na população da tríade (pais, comunidade, profissionais de saúde/educação); Garantia de acesso a população com abrangência de horários e abertura das salas de vacinas nos sábados. E o comprometimento das equipes, tanto da saúde, quanto da educação em garantir a cobertura dos munícipes. A cerca dos desafios, frisa-se o difícil acesso a informações de qualidade e fidedignas, devido a disseminação de Fake News e hesitações vacinais, que culminam na resistência dos pais na realização de determinadas vacinas.
Devido ao êxito obtido com as estratégias realizadas no munícipio. Frisa-se a continuidade das mesmas, fortalecimento de estratégias de vacinação extramuro, com ênfase na parceria com a educação para promover a vacinação nas escolas, com a autorização dos pais e responsáveis. Garantindo a cobertura dos escolares menores de 17 anos. Garantir e efetivar a parceria com as Agentes comunitárias de saúde, de forma a aproveitar o vínculo destas com as famílias e aproximar com os profissionais da sala de vacina. Além da importância do fortalecimento das buscas ativas junto com a equipe. Alavancar ações de disseminação de experiências bem sucedidas para a macrorregião e a nível estadual, de forma a alavancar os índices de cobertura vacinal nestas regiões.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (2022) destaca que o engajamento da população é fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas, percebemos a importância do envolvimento, engajamento e preocupação da Secretaria de Educação e dos pais com nossas crianças e adolescentes. Em conclusão, é possível determinar que estratégias de vacinação, busca ativa, parcerias com secretarias, e a participação da equipe multiprofissional e comunidade são importantes para a imunização e prevenção de doença já erradicadas, bem como para o enfrentamento e a superação das quedas observadas nas coberturas vacinais. A efetivação das ações de imunização depende de vários fatores e dentre eles está a atuação da enfermeira na sala de vacinação como o fator principal para o planejamento, a organização, a execução e a avaliação das atividades relacionadas a imunização.
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