Nos últimos anos, vem ocorrendo um aumento significativo na incidência de gravidez na adolescência no Brasil e no Mundo. No ano de 2017, no município de Baixa Grande do Ribeiro, com população estimada de 11.375 hab. (IBGE/2017) apresentou 32,5% de casos de gravidez na adolescência. As taxas de gravidez na adolescência podem ser explicadas por diferentes causas. Dentre a complexidade de fatores de riscos para analisar essa questão, destacamos os aspectos socioeconômicos, assim como a diminuição global para idade média da menarca e da primeira relação sexual compõem um cenário de risco que contribui com esse índice. Para além dos fatores biológicos, a gravidez na adolescência deve ser abordada de modo subjetivo, compreendendo os aspectos emocionais e as relações sociais na vivência da mulher, suas reflexões sobre o presente e o futuro, a serem consideradas na construção do projeto de vida dos adolescentes. Faz-se necessário, portanto, promover a escuta e o apoio a essas adolescentes.

O seguinte projeto tem por objetivo geral reduzir o índice de gravidez na adolescência em Baixa Grande do Ribeiro (PI) e por objetivo especifico conhecer o perfil das gestantes adolescentes no município. O primeiro passo foi conhecer o perfil das gestantes adolescentes no município, para isso foi elaborado um instrumento para coleta de dados. No segundo passo, as gestantes foram convidadas a participar de uma roda de conversa com as equipes de saúde, nesse momento foram aplicados os formulários e logo em seguida iniciou-se o diálogo a respeito da gravidez na adolescência. As adolescentes então foram incentivadas a darem seu depoimento, aquelas que não se sentiam à vontade para falar, foram orientadas a escrever sobre o sentimento de viver a gravidez na adolescência e o que elas diriam para outras adolescentes. O terceiro passo foram as rodas de conversas realizadas durante o programa saúde na escola, tendo por base a pesquisa e o depoimento das adolescentes.

Na pesquisa prevaleceu as idades de 16 anos e 19 anos, ambos com 26,31%. 66% informaram renda inferior a 1 salário mínimo. 90% afirmaram que alguém da família também foi mãe adolescente, 69% moravam junto quando engravidaram, 55% não estudavam mais, 48% afirmaram que cabe a mulher prevenir a gravidez, enquanto somente 38% afirmaram que cabe a homens e mulheres. No que se refere às razões pela qual engravidou, apenas 4% falaram que foi devido à falta de informação, enquanto 59% relataram descuido. Quanto ao inicio da vida sexual, prevaleceu a idade de 16 anos com 31%. Após conhecimento do perfil e implementação do projeto, o índice de gravidez na adolescência, que era 32,5% no ano de 2017, passou a ser 27% no ano de 2018, com redução de 5,5%.Na tentativa de melhor entender a gravidez na adolescência, é importante focalizar o olhar sobre como as adolescentes compreendem o processo de gestar nessa fase de vida, para que possam ser buscadas estratégias coerentes com as necessidades desse público. Dessa forma, é primordial a inserção dos pais, de educadores e equipes de saúde em projetos integrados envolvendo setores de saúde, educação, acompanhando-as e estimulando-as a assumirem práticas sexuais seguras.

Principal

Gleiciane Lucena Paz Brasil

gleicilucena@hotmail.com

Coautores

Aline Guimarães da Costa, Cristina Leite da Silva, Jam Milla das Neves Ribeiro, Valeria Boson Castro

A prática foi aplicada em

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Baixa Grande do Ribeiro

Piauí

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Rua Sebastiao Leal, Baixa Grande do Ribeiro - PI, 64868-000, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Valéria Boson Castro

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

11 dez 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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